Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Você confia na urna-E?



Publico mais uma vez um artigo de Haroldo Barboza, amigo de longa data. Ele tem uma urna eletrônica atravessada na garganta...

No decorrer de março de 2012, o prezado amigo Ricardo Boechat (Band FM) declarou (de boa fé) que acreditava que o sistema de apuração de votos no Brasil é um dos “mais seguros” do mundo.

Tal declaração partindo de um conceituado comunicador de alto gabarito como este, deixa grande parte da população tranquila quanto a este processo, acreditando que alguma coisa boa nossos governantes produzem a ponto de nos deixar orgulhosos dos dirigentes que “escolhemos” para dirigir nosso país! O povo certamente transformará a declaração “mais seguros” em algo perto de 99%.

Claro que é um índice excelente para qualquer linha produtiva. Para qualquer área de prestação de serviços.
Até mesmo na área de saúde! Sabemos que o imponderável entra em todas estas áreas com seu 1% para nos impedir de chegarmos à perfeição. De certa forma isto é bom porque nos mantém evoluindo em busca da melhoria.

Mas não é um índice aceitável num processo de escolha de pessoas que vão definir Leis que manipulam os impostos extorsivos que pagamos. Imagine uma indústria produzindo latas 99% vedadas. Pelo 1% não garantido, entrarão milhares de micróbios nocivos. Tal processo eleitoral, que tem grandes cabeças para elaborá-lo, máquinas poderosas para ajudar estas mentes e tempo bastante para testar as situações PREVISÍVEIS, tem de ser 100% eficaz. E o custo da DEMOCRACIA não tem preço!

Eu trabalhei por 32 anos na área de Informática e garanto que existem diversas possibilidades de fraudar o processo e por isto o mesmo não é 100% seguro. Existem dezenas de chances de manipulação do processo em vários pontos do circuito.

A desconfiança aumenta pelas atitudes que o envolvem. Vejamos algumas.

- O TSE elabora as normas, executa o processo, efetua a contagem, recebe as denúncias, efetua as “auditagens”, “julga” seus erros e define as “penalidades”. Nenhuma entidade externa confere nenhuma destas etapas. Até hoje o caso das “urnas de Alagoas” (2006) não teve esclarecimento público convincente. Fora outras suspeitas em localidades menos votadas.

- O voto não se materializa. Não existe forma de se conferir se o total apresentado por cada urna é igual ao conteúdo “registrado” num histórico. Algo barato de se implantar. Ele se volatiliza. Imagine se o governo aceitaria que as empresas informassem seus ganhos anuais na declaração do IR e não tivessem as notas fiscais, recibos e faturas para comprovar esta contabilidade. O fato de a contagem terminar no mesmo dia apenas deixa a população “encantada” com o processo por não ver a sujeira de cédulas espalhadas no local da apuração. Pergunte à LIESA se ela confia e aceita este processo virtual para definir os vencedores do Carnaval!

- Países de alto grau de politização do povo não utilizam o formato aqui imposto.

- Países tidos como menos gabaritados e conhecidos com atravessadores de produtos “piratas” também não aceitam este processo.

- O TSE não permite que testes de violação das urnas sejam efetuados conforme proposta do Engenheiro Amilcar Brunazo Filho (www.votoseguro.org) que deseja conferir a confiabilidade do processo. Inclusive ele editou um livro explicando as possibilidades e formas de prática de fraudes.

- O TSE não esclarece ao eleitor a possibilidade dele votar NULO, que é um direito do eleitor não satisfeito com o “menu” de aproveitadores que participam do “circo”.

- Os partidos não habilitam seus fiscais na área de Informática para efetuarem as vistorias adequadas. Tendo ar refrigerado, lanche e transporte, eles dão OK ao andamento do processo e validam os resultados. Depois não reclamam do resultado pois se aproveitarão do mesmo sistema “seguro” quando estiverem no poder, dentro do rodízio que definem nos porões da podridão.

Em função do resumo acima exposto, sugeri que o grupo BAND efetue um contato com o Dr. Amilcar e lhe ofereça espaço (20 minutos por semana durante os próximos dois meses + uma reportagem de uma semana na TV BAND) para que este processo seja mais bem compreendido pelos que atualmente apenas participam para validar algumas “farsas” que não espelham a vontade correta de quem votou.

Não confundir processo seguro com má escolha do eleitor. Isto nenhum processo pode impedir. Isto requer um projeto que deve começar nas escolas básicas (e seguir nas demais) que atualmente não possuem estrutura para tal por falta de pressão popular.

A vergonha da mulher

Lembro de todas as minhas professoras. A primeira, das primeiras letras e números, foi a D. Ernésia, a segunda, D. Rodi. Depois D. Celi, D. Clara e D. Maria Luísa. A D. Clara, na quarta série, fez quase toda a turma repetir. Estranhamente não me lembro do nome da professora da quinta série. Naquela época os alunos que concluiam a quarta série já procuravam os cursos de férias dos ginásios. Era a admissão garantida para o primeiro ano ginasial. Pagou, passou. Até uma garota que foi reprovada comigo na quarta série, não quis nem saber, apresentou-se, pagou e passou. Deve ter sido uma péssima aluna. 

E eu fiz a quinta série. Entrei no curso ginasial arrebentando. Era um dos primeiros alunos da classe. Mas a professora da quinta série, não lembro dela. Essa época era, mal comparando, como a face oculta da Lua. Dizem que lá habitam estranhos seres. Daqui não dá pra ver. Mas existem teorias...

Não obstante, a memória seletiva filtrou algumas passagens. Eu sentava na primeira fila com o Edson. Atrás sentavam a Dalila e a Nadir. Os quatro conversavam quase o tempo todo. Eu ficava surpreso porque a professora não dava esporro na gente. No início as conversas eram inocentes. As moças tinham uma linguagem, não sei se era a do "Pê" ou do "R". Eu e o Edson falávamos de trás pra frente: "Iav ramot on uc". Era uma festa. 

A coisa extrapolou. Certo dia a Nadir me chamou para ir no banheiro. Não sei se fiquei com medo de ser flagrado ou se fiquei com medo de encarar a garotinha (tradução: babaca). Acho que foi a segunda hipótese. Ela deveria ter 11 ou 12 anos. Certo dia me perguntou: Qual a vergonha da mulher? Sei lá, respondi... Qual é? Ela respondeu candidamente: são os peitos...
Mandei de pronto: então você não tem vergonha nenhuma.
Ela subiu o agasalho e espremeu a blusa contra o corpo, dizendo: ah, é?, olha aqui!
E sobressaiu um promontório, um peitinho virginal, menor que um pirulito. Não me pareceu que ela tivesse vergonha alguma, peito até podia ter.

Passaram-se sessenta anos. As mulheres perderam a vergonha, ostentam peitos turbinados. Algumas, antes despeitadas, alegam a busca da auto estima. Outras querem mais é verem os homens babarem.

Qual é mesmo a vergonha da mulher? Sabe que você tem a bunda muita feia?