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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

O pega-ladrão do Haddad

- Enteindem?

Ali pelos meus 10 anos de idade a rua Olinda, em seus 200 metros de extensão, poderia ter no máximo umas 10 a 15 casas. Atualmente tem mais de 50, uma grande cabeça de porco, sem nenhum controle por parte da municipalidade. E aquelas casas não possuiam marcador individual de luz. O relógio "comunitário" ficava em uma cabine na parte alta da rua, fazendo esquina com a rua João Pessoa.

Quando a gurizada descobriu, virou festa. Íamos lá, à noite, para fazer "sabotagem", desligar o relógio e deixar tudo às escuras. O chefe da quadrilha, que não precisa temer o Lewandowski, era o Gilson, o mais velho, que poderia ter 13 ou 14 anos.

Mas certa noite deu problema. Um morador teve a paciência de ficar pelos arredores à espera dos infantis sabotadores. Quando a malta chegou perto do relógio ele gritou:
- Então são vocês...

E foi criança correndo para tudo que era lado, menos o Gilson, o cabeça do bando, que com ar de deboche gritava para os amiguinhos:
- Corram, "pulhecos"! Vieram aqui desligar o relógio, agora corram, seus safados!

Mas que cara-de-pau! Me lembra de um certo ex-presidente que dizia que o mensalão nunca existiu, muito embora muitos digam que ele seria o chefe.

Resumindo, essa é a técnica pega-ladrão. O criminoso tenta ludibriar seus perseguidores fazendo-se passar por um deles. Foi por isso que José Serra disse que Fernando Haddad faz o jogo do pega-ladrão.

Para encerrar, imaginem o Pelé repetindo seu bordão mais popular: - "Entendem"?

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