Lugar_RSI

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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Adicionando colunas ao TweetDeck


Isto não é um tutorial do TweetDeck. Mostra apenas como inserir colunas e foi feito para atender ao pedido de uma amiga. Pode servir também para você (eu aprendi enquanto compilava o texto). Clique na imagem para ampliar e maximize.
 

PS: Eu não vou apagar esta postagem, mas deveria já que a atual versão do TweetDeck é bastante amigável. O detalhe é o conceito de Grupos, que não existe mais, apenas Listas.

Algumas pessoas têm dificuldades com o TweedDeck no que diz respeito a adicionar colunas. Vamos ver isso juntos. Se você ainda não utiliza a versão 0.32.1, baixe-a para que possamos ter as mesmas referências.

Começando pelo começo, vamos definir nossas contas de Twitter: SETTINGS/ADD NEW ACCOUNT/ADD A TWITTER ACOUNT. Após fornecer Username e Password, clicar em VERIFY DETAILS. Repetir o processo se tiver outras contas. Concluir com SAVE SETTINGS.

Agora vamos para ADD COLUMN (+). Primeiro as colunas já definidas pelo TweetDeck, clicando em CORE. Normalmente, usamos as colunas All Friends e Mentions. Costumo acompanhar as Direct Message por e-mail ou na página do Twitter, bem como Favorites. Se tiver curiosidade pode adicionar New Followers ou TweetDeck Recommends. Essas colunas apresentam o avatar e a Bio do usuário. Quem não possui uma Bio fica altamente prejudicado. Qualquer coluna pode ser removida clicando-se no alto à direita em (X) e confirmando em DELETE COLUMN.

ADD COLUMN (+), de novo. Agora vamos clicar em GROUPS / LISTS. Se seu Twitter já possui listas elas aparecerão ao lado. É só ir clicando e elas serão adicionadas. Se quiser criar um GRUPO clique em NEW LIST e escreva o nome do Grupo (Name your new group); se quiser, escreva uma descrição e escolha se o grupo é PRIVADO ou PÚBLICO. Vamos agora incluir os membros do Grupo clicando em Add group members. Abre-se uma relação de seguidos que devem ser movidos para a direita. Selecione o Seguido. Clique nele e depois na dupla seta para a direita. Os Seguidos vão sendo transferidos para a direita. Quando terminar vá em SAVE LIST. Em seguida clique em COMPLETED! GO AND VIEW YOUR LIST COLUMN.

Os Grupos ou Listas incluídos em uma coluna podem ser editados e, assim, serem alterados ou eliminados. Para simplesmente remover a coluna já vimos como se faz.

Se persistir alguma dúvida vamos tentar responder lá em http://twitter.com/LLSi

Pelo dia dos Mestres


Haroldo P. Barboza *

Um dia basta?

Basicamente cada categoria tem seu dia no calendário cívico. Policiais, motoristas, médicos e professores (entre outros tantos) são lembrados pela sua importante participação na cadeia produtiva deste país. O “seu dia” deveria ser motivo de festa e alegria. No entanto, serve para lembrar com tristeza os demais 364 dias do quanto são relegados e humilhados por normas que não reconhecem os valores que agregam à sociedade. No dia do Professor, cabe-nos uma breve meditação sobre as penúrias que nossa classe desfruta.

Prezados Mestres do Brasil!

Temos plena consciência de que esta laboriosa classe exerce preponderante papel dentro de nossa sociedade. E esta, neste momento da história, encontra-se perigosamente adoentada e sem um remédio imediato para recuperação de sua dignidade esgarçada por sucessivas “normas” educacionais que a cada governo reduz sua importância (e salário) enquanto aumenta a liberdade (falta de respeito) dos alunos.

Atravessamos um período conturbado onde todas as áreas sociais (em todas as esferas) encontram-se abandonadas pelas autoridades e trazendo enormes transtornos a todos nós. Torna-se desnecessário ilustrar cada carência que compromete nossa qualidade de vida cotidiana dentro de nosso imenso e maltratado território. Certamente vocês se defrontam com várias delas ao longo do dia. É angustiante, desgastante, intrigante e revoltante.

Especificamente aqui, temos consciência das dificuldades que vocês (meus colegas) enfrentam (até mesmo na área privada) para desenvolver um trabalho pleno para atender nossos herdeiros: falta de material (inclusive higiênico), ambientes sem manutenção correta (quedas de quadros, cadeiras, janelas, reboco), salários indignos (congelados, ao contrário das tarifas), desrespeito dos alunos (protegidos por estranhos estatutos), diretrizes confusas e em muitas vezes, falta de apoio gerencial superior. Estamos perdendo o espaço de formadores de opinião para a boa formação do jovem cidadão que troca suas palavras (assim como a dos líderes religiosos) pelo ruído das armas que angustiam nossas famílias.

Situação desconfortável que vocês (principalmente mulheres ainda discriminadas pelo sistema machista mundial) enfrentam com bravura por mais de 20 anos. Coragem que nasce do amor que possuem pela digna profissão e pelo recebimento de carinho por algumas doces crianças. E ainda precisam aturar alguns pais distantes que só comparecem ao colégio quando são chamados para explicar o mau comportamento dos filhos ocasionado por uma orientação familiar deficiente. Ou para reclamar de uma unha quebrada do filho que caiu da cadeira.

Temos a perfeita noção do quanto é difícil lutar para incutir algo de útil na mente de nossos herdeiros, numa época em que eles são massacrados pela mídia que invade nossos lares (tv e Internet) sem nenhum critério de respeito aos valores morais, familiares e religiosos. Até porque esta conduta não interessa aos vermes que se encastelaram no poder e lucram com o caos moral que nos envolve e que nossa inércia não tem forças para combater com a valentia necessária. Os (e as) chefes de família passam o dia correndo atrás do sustento e deixam seus filhos sem apoio familiar, sendo contaminados pelo cenário de sujeira, imoralidade e abandono que circundam as soleiras de nossas casas.

Nós e outras categorias já esgotamos nossas paciências com este quadro que oprime nossas famílias e que tende a se eternizar se não mudarmos nosso comportamento aparentemente acomodado nestes últimos anos. Não basta ficarmos indignados diante da mídia “amestrada” com as medidas editadas freqüentemente e que basicamente beneficiam os poderosos grupos que ditam as regras em nossa terra. Pela lucidez que temos a felicidade de possuir, precisamos esclarecer com convicção aos que se relacionam conosco diariamente. Precisamos nadar mesmo que em direção oposta das ondas maléficas.

Afinal de CONTAS, não somos nós que as pagamos? Então temos direito de definir nossas necessidades e anseios. Algo que líderes governamentais jamais nos permitiram realizar. Nossos atuais “representantes” públicos pisaram nas procurações que lhes concedemos através do voto. Suas fotos freqüentam as páginas policiais dos jornais.

Pelo fato de não fazermos parte de nenhum partido político nem de alguma entidade relacionada a qualquer um deles (muitos não honram suas próprias siglas), convidamos vocês para uma reflexão que nos possa fornecer uma luz dentro da treva cívica que nos envolve. Reúna seus pares e idealizem uma forma de combate que possa ser disseminada entre seus alunos para salvar esta terra que será deles em breve.

Nas eleições municipais podemos iniciar a urgente faxina dentro da “casa do povo” de cada município antes que a lama que brota dos palácios governamentais penetre em nossos lares em grande escala. Em doses homeopáticas ela já pinga através da falta de censura oficial e familiar que libera as telas de LCD sem nenhum critério.

Precisamos engajar nesta empreitada os jovens que nos cercam, pois em síntese, é para eles que ainda mantemos este país erguido (ainda que cambaleante). Quando mudarmos de plano existencial, desejamos que eles se lembrem de nós com orgulho, pelo legado positivo que deixaremos para eles.

Numa coisa estamos alinhados em pensamento: votar nos “mesmos” (e seus herdeiros) que poluem o cenário político desde o início da década de 80 certamente não vai amenizar nossos problemas. Quanto mais resolvê-los!

Temos a total certeza que a classe dos Professores carrega na alma o orgulho de ver SUA pátria crescendo e sabendo que sua atuação é a de maior peso nesta batalha onde a poderosa arma que derruba a ignorância brota de seu espírito valente: a palavra.

Nota 1: este texto foi enviado no início de março de 2008 a quase 20 entidades relacionadas com os docentes do país. Nenhuma resposta (contra ou a favor) foi devolvida. Silêncio total. Tudo está contaminado e anestesiado ou ainda existe um fio de esperança? O tal túnel já desabou inteiramente? E a luz que existia dentro dele ainda tremula no poço de vergonha que habitamos?

Nota 2: em linhas gerais, este “chamado” pode ser adaptado e enviado a outras categorias profissionais que igualmente estão sendo menosprezadas e desvalorizadas pelas políticas trabalhistas e sociais em voga em todas as esferas. Pelo menos para testar se estão “satisfeitas” com o atual cenário ou ainda possuem forças para lutar por sua dignidade, honrar sua tradição e passar um belo exemplo aos seus herdeiros.

* Haroldo P. Barboza - RJ/Vila Isabel
Matemática (infantil) / Informática (adulto)
Autor do livro: Brinque e cresça feliz.

Grades protetoras


Onde está o livro das crônicas de Haroldo Barboza? Pergunto porque sei que ele produz incessantemente, sobre vários assuntos, sobre cada matéria, quando sua função de observador crítico o pressiona por respostas elucidativas. Sim, porque ele não se compraz apenas em apontar as feridas da sociedade; suas possíveis soluções sempre são oferecidas.

Mas eu me surpreendi com a última produção do Haroldo; porque ele está invadindo a seara de grandes mestres, exercendo um ofício de futurologia. Eu conheço várias obras de Aldous Huxley, sendo Admirável Mundo Novo uma das mais importantes; de H. G. Wells conheço pouco, com destaque para A Guerra dos Mundos e A Máquina do Tempo; de Isaac Azimov nada li mas sei que é um grande escritor de ficção científica, sendo Nightfall uma de suas melhores histórias.

E agora o Haroldo nos leva até o planalto central, avançando meio século no tempo, nos abrindo uma perspectiva de progresso para nossos herdeiros. Ele não se ilude com soluções imediatas para a degradação moral que atravessamos em todos os níveis. E se a ciência não puder melhorar os administradores que temos, pelo menos proverá meios para poder lhes estabelecer limites apropriados. Vamos conhecer isso?


Haroldo P. Barboza

Afonso, 6 anos, curioso, puxou a mão do pai e lhe perguntou:
- Paiê! Todos estes prédios de Esquesópolis (lugar onde o Povo esquece tudo com facilidade) foram construídos no século XX?

- Sim, filhote. Em 2 meses vamos completar 98 anos da transferência da Capital para cá! Antes, a capital era lá no Sudeste. A mudança foi para alguns elementos ganharem dinheiro com a súbita valorização das terras do planalto central e para os “legisladores” ficarem longe das pressões dos habitantes lúcidos que combatiam a safadeza geral.

- Tem um bocado de coisa bonita por aqui, hein! Muito verde e pouca poluição. Se bem que a vovó me disse que nos primeiros 10 anos não tinha semáforos nas esquinas. Agora tem até favela em volta da capital.

- Estes pobres são herdeiros de uma geração de operários enganados que foram trazidos para construir as suntuosas edificações e depois foram largados à sorte e enxotados para as beiradas do perímetro central.

Os olhos espertos do garoto devoravam a paisagem com prazer. Os viadutos entrelaçados o deixavam maravilhado. Por ser Domingo, seu pai chegou a parar o carro em cima de um deles e colocou Afonso sentado no parapeito ainda não aquecido pelo Sol das 9 horas.

- Paiê! Por que aqueles 2 prédios parecendo duas metades de laranja com duas torres no meio estão cercados de grades? É para não entrar ladrões ali? Por que as grades são novas?

- Há 4 anos, o Povo estava cansado das trambicagens que a maioria dos Defuntados e Sentadores realizavam em benefício próprio, em detrimento dos serviços básicos. Então, um deles (distraidamente) enviou um projeto à Câmara, propondo que todo sujeito que fosse eleito, no dia da posse, receberia uma pulseira eletrônica contendo seu CPF e o código de sua conta bancária, bem como o valor máximo a ser depositado nela mensalmente, isto é, seu salário. Valores acima deste, só com alvará da Justiça. Com isto, ele pretendia provar que a partir daquela legislatura, os representantes do Povo deixariam de receber propinas por votarem leis em benefício de grandes grupos danosos à sociedade.

- Esta lei foi aceita, paiê?

- Acredite se quiser: foi! Creio que estavam bêbados no dia da votação dela, em função da seleção nacional ter vencido o campeonato mundial de “tiro ao pobre”.

- E se o Palerma elementar tivesse contas espalhadas por outros bancos?

- Esta pulseira estava conectada a todos os bancos via GPS. Pelo número de inscrição no Mistério da Fazendinha, cada vez que o incauto abria uma conta, ela era automaticamente cadastrada na memória da pulseira com bateria iônica que dura 8 anos.

- E se o pilantra perder a pulseira?

- Ela é chumbada no pulso do elemento. Só sai com maçarico a laser, que só existe na Suécia. A operação demora 45 minutos. Quando ele é usado, uma câmera de TV é acionada e todo o País assiste ao evento. Se ele perder o braço num acidente, chumbam outra em outro membro. E até no pescoço, se precisar. Se o “parasita” conseguir retirá-la sem a senha adequada, soa alarme na Fazendinha e ele passa a ser procurado como fugitivo da Lei.

- Parece que esta pulseira é esperta mesmo, paiê! E se entrar um valor alto na conta bancária do elemento dono da mesma?

- Soa um alarme na delegacia mais próxima e uma viatura recolhe o incauto numa cela para que ele aguarde o julgamento sumário feito por um júri popular, que efetua uma breve mas honesta investigação sobre o valor depositado. Sendo de origem suspeita, o agraciado tem este valor descontado em prol do S.A.C.E. e o culpado fica preso por 2 anos.

- O que é S.A.C.E.?

- Sociedade de Apoio Cultural ao Eleitor. O mais temido órgão por parte destes que não sabem honrar o mandato que o Povo lhes concedeu.

- Desde que este esquema foi implantado muitas pessoas foram presas?

- Você nem imagina! As delegacias ficaram saturadas, sem espaço para abrigar novos detentos. Por isto gradearam este complexo arquitetônico que você está vendo. Não foi para evitar a entrada de ladrões, mas sim, a saída! Já ficam presos aí mesmo!


Nossa sociedade é um colosso. Sobrevive no fundo do poço.
Referendo de sucesso será o que propuser expurgo no Congresso.
Haroldo P. Barboza - RJ/Vila Isabel
Matemática (infantil) / Informática (adulto)
Autor do livro: Brinque e cresça feliz.

O complexo de Jeca Tatu


O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Euclides da Cunha vê na mistura de raças um retrocesso; o mestiço - mulato, mameluco ou cafuzo - não tem a altitude intelectual dos ancestrais superiores. A diferença do sertanejo brasileiro é o seu isolamente no interior do país livrando-se de ser corrompido etnicamente com as aberrações e vícios dos meios mais adiantados.

Essa visão do sertanejo por parte de Euclides tem alguma coisa a ver com o caboclismo de José de Alencar, Gonçalves Dias e outros. Em sentido contrário veio Monteiro Lobato com seu Jeca Tatu, sinônimo de caipira, homem do interior. "Este funesto parasita da terra é o caboclo, espécie de homem baldio, semi-nômade, inadaptável à civilização..."

A polêmica é grande, os saudosistas ficam indignados. Mas Rui Barbosa também se refere a Jeca Tatu, "símbolo de preguiça e fatalismo, de sonolência e imprevisão, de esterilidade e tristeza, de subserviência e embotamento". Monteiro Lobato, na quarta edição do seu livro Urupês, se penitencia: "Eu ignorava que eras assim, meu caro Jeca, por motivo de doenças tremendas. Está provado que tens no sangue e nas tripas todo um jardim zoológico da pior espécie. É essa bicharia cruel que te faz papudo, feio, molenga, inerte".

"Um país com dois terços de seu povo ocupados em pôr ovos alheios".

Mas isso foi há algum tempo. A Saúde agora está "quase perfeita".


Semana passada, viajando, abandonei a estrada principal e fui por um caminho alternativo. Dei carona a duas mulheres, mãe e filha, a mãe, bem idosa. Já tinham caminhado 5 km desde sua casa e iam para Paty do Alferes, 15 km à frente. Iam a uma igreja católica em busca de uma bolsa de compras.

- Como vocês irão voltar? Aqui passa ônibus?, perguntei.
- Vamos voltar de carona. Não temos dinheiro para o ônibus.
Perguntei qual a plantação que tinham no sítio. Responderam que era uma horta. Fiquei imaginando o tipo de horta. Teriam feijão, milho, mamoeiros, bananeiras, aipim? Teriam algumas galinhas? Achei que não haveria nada disso e provavelmente as duas teriam complexo de Jeca Tatu, o indolente que fica pitando seu cigarro de palha à porta da maloca.

- E quando vocês têm problema de saúde?
Nesse caso iam a Andrade Pinto, um pequeno povoado distante 2 km, em sentido contrário. Mas no Posto de Saúde quase nunca haviam remédios para dar. Lá não se resolvia nem uma gripe, disseram.

Nesse dia eu estava meio pachorrento, pouco palrador, e nem me ocorreu perguntar em quais políticos votavam. Vocês sabem, esse pessoal sempre vota, por uma questão de gratidão. Perguntei também se não tinham o Bolsa-Família. Disseram-me que haviam pedido mas que o cartão ainda não tinha chegado. E eu fiquei pensando na propaganda do governo: "Brasil, um país de todos". Por certo não dessas duas brasileiras.

A dieta dos franceses


Este texto está na internet, não sei a autoria. Recebi por e-mail.
O Dr. Will Clower, médico neurofisiologista, desenvolveu, durante sua estada de dois anos no Institute of Cognitive Science, em Lyon, na França, um plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta e, ainda assim, emagrecer com saúde, como os franceses. "Descobri que os franceses violam todas as regras alimentares que estipulamos para nós. E, apesar de seus cremes, queijos, manteigas e pães, a taxa de obesidade na França é de apenas 11,3% da população, segundo pesquisa realizada em 2005 pela Internacional Obesity Task Force.

O programa de emagrecimento saudável é baseado em quatro grandes princípios básicos: comer alimentos de verdade, aprender a comer, reduzir a quantidade de comida e ser ativo, sem necessariamente se exercitar. "Em uma volta pelo supermercado fiquei impressionado com os laticínios.Onde estavam os produtos light? "

Segundo o médico, estamos inundados de alimentos artificiais - açúcares sintéticos, gorduras sintéticas e produtos alimentícios artificiais. Falta-nos reaprender o que é comida de verdade, já que é a ingestão dela que proporciona ao corpo a nutrição na forma de que ele necessita. Clower afirma que em vez de estimular a ingestão de novas substâncias químicas para enganar o organismo, o programa mostra por que alimentos de verdade funcionam em favor do corpo. "Temos que reaprender o que é comida de verdade. Alimentos de verdade são os produtos naturais, que podem ser encontrados em um texto de biologia e que normalmente fazem parte da cadeia alimentar. Refrigerantes não dão em árvore, margarina é uma invenção, e os corantes, conservantes e estabilizantes que aumentam a vida do produto não foram feitos para o nosso corpo", defende.

Em sua observação dos costumes alimentares franceses, o médico descobriu que os franceses não comem alimentos processados, não evitam gorduras, chocolates e nem carboidratos, não tomam suplementos alimentares, não se abstêm do vinho no almoço e no jantar e não comem com pressa. Ao adotar os hábitos franceses, ele e a mulher emagreceram onze e cinco quilos, respectivamente. - Em uma volta pelo supermercado, fiquei impressionado com os laticínios - fileiras e fileiras de queijos, uma geladeira inteira só pra iogurtes e queijos frescos... Onde estavam os produtos lights?

Entre outras dicas, Clower prescreve uma limpa na despensa e na geladeira, com o auxílio de que se deve ter em casa, fala sobre os benefícios da cerveja e do vinho, com moderação, é claro, da importância de se passar mais tempo à mesa, usufruindo do sabor da comida e de como isso auxilia a diminuir o tamanho das porções, e da necessidade de se manter ativo. Os resultados, garante ele, surgem em seguida.

Plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta
1 - Comer devagar. Comer muito rápido faz comer mais. O estômago demora cerca de 20 minutos para mandar um sinal para o cérebro. Comendo devagar, o cérebro tem tempo de receber a mensagem de que seu corpo está satisfeito.
2 - Garfadas menores..O paladar está na superfície da língua. Se a sua boca está cheia de comida, você nem sente o gosto.
3 - Concentre-se na comida. Comer em frente à TV ou no carro faz o momento se tornar irrelevante. A falta de atenção faz com que se coma demais.
4 - Apóie o garfo no prato. Se ainda tem comida na sua boca, coloque o garfo no prato. Não o encha novamente até que tenha engolido.
5 - Sirva a comida em pratos pequenos. Isso resolve dois problemas de uma só vez: o de lavar a louça e o fato de você comer com os olhos.
6 - Comida sem gordura engorda. Comidas sem gordura não satisfazem e contêm mais açúcares.
7 - Se não for comida, não coma. Nosso corpo sabe o que é comida de verdade: carnes, frutas, verduras. Invenções como coca-cola causam problemas de saúde e de sobrepeso.
8 - Coma em etapas. Coma a salada primeiro. Isso ajuda a ganhar tempo à mesa e previne que você coma rápido e em grande quantidade.
9 - Gordura é necessária na dieta. Seu corpo e cérebro necessitam de gordura para serem saudáveis. Você come uma quantidade normal de gordura quando come alimentos de verdade, como manteiga, azeite, ovos, castanhas e queijos.
10 - Alta qualidade da comida leva a comer menos quantidade.

Alimentos que se deve ter em casa:
Peixes (salmão, sardinha, atum)
Grãos (granola, aveia, arroz)
Hortaliças (feijões, cebola, batata, abóbora, tomate)
Óleos e vinagres (azeite de oliva, óleo 100% vegetal, vinagre)
Produtos de padaria (farinha, ervas, temperos, açúcar branco ou mascavo, pimenta, sal)
Lanches (frutas desidratadas, biscoitos não-hidrogenados, nozes, azeitona)
Condimentos (mostarda, maionese de verdade)
Lacticínios (manteiga, queijo, ovos, leite, iogurte)
Bebidas (café, cerveja, suco de fruta, chá, água, vinho)

**O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UM REFRIGERANTE**
Base 1 lata padrão

Primeiros 10 minutos:
10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente.
O doce extremo só não faz você vomitar imediatamente porque o ácido fosfórico corta o gosto.

20 minutos:
O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina.
O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura.
(É muito para este momento em particular.)

40 minutos:
A absorção de cafeína está completa.
Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente.
Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.

45 minutos:
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo.
(Fisicamente, funciona como com a heroína.)

50 minutos:
O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo.
As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina.

60 minutos:
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina.
Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, os quais seus ossos precisariam.
Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar..
Ficará irritadiço.
Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas que farão falta ao seu organismo.
Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere sua ingestão!
Prefira sucos naturais!!! Em sendo possível, dê preferência por aqueles que se vê as frutas (de boa procedência) sendo preparadas. Seu corpo agradece!*

Esta não é uma campanha para prejudicar a venda deste ou daquele refrigerante, mas sim, uma Campanha pela Saúde; sua e do seu bolso, que deixará de comprar muitos remédios....

Coisas da Mamãe

Você abre e-mails contendo PPS? E se o título do PPS for "Coisas da Mamãe"? Coisa piégas, não? Um debochado diria: coisa de viado.

Recebo dos amigos, nos e-mails, muita pornografia. E às vezes retribuo. Porém tenho notado que, à medida que o tempo passa, alguns estão virando padres - enviam santinhos, orações e algumas filosofias. Para esses cortei as piadas maledicentes, tenho receio de ofendê-los.

Toda sexta-feira viajo. Faço de carro, ida e volta, 300 quilômetros por estradas que apresentam alguma complicação em determinados trechos. Tenho visto graves acidentes. Hoje, por exemplo, havia um maluco que queria ultrapassar o carro atrás de mim pela direita. Fez umas dez investidas até que conseguiu. Ele estava procurando um acidente, certamente.

Minha mãe toda véspera de viagem me liga. É sempre a mesma coisa: "Deus te leve, Deus te traga, Vai com Jesus e Nossa Senhora". Houve um tempo em que eu ia à missa todo domingo. Depois o padre falou coisas com as quais eu passei a não concordar. Eu teria entre 12 e 15 anos quando me afastei da igreja. E hoje, com esses "bispos" da televisão, eu tenho um olhar ainda mais crítico em relação à religião.

Mas sinto que não serei um Bocage redivivo:

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!

Ontem abri um PPS do meu amigo Ivan Gonçalves. Foi ele que me apresentou a Carmen Monarcha, grande cantora lírica brasileira, desconhecida entre nós e que reside na Holanda. Muitos e-mails do Ivan se tornam posts do meu blog ou micro posts no Twitter.

Coisas de MAMÃE.pps

Conta-se que São Pedro, muito preocupado ao notar a presença de algumas almas que ele não se lembrava de tê-las deixado entrar no céu, começou a investigar e encontrou um lugar por onde elas entravam.

Dirigiu-se então até o Senhor e lhe disse: Senhor Jesus, observei que temos aqui algumas almas que não me lembro de ter-lhes aberto as portas para que passassem a desfrutar da felicidade eterna.
Fiz algumas investigações e achei um vão por onde elas entram. Queria que o Senhor mesmo visse...

Jesus aceitou acompanhá-lo e viu que desse vão descoberto se pendurava, vindo da Terra, um imenso cordão de pedrinhas, por onde constantemente subiam muitas almas.

Alarmado, disse São Pedro: Creio, Senhor, que devemos fechar essa entrada.

Não, não, respondeu-lhe Jesus, deixe assim... Essas são coisas de Mamãe...

Perceberam? Mesmo que eu não me converta na undécima hora espero que exista sempre um vão aberto para mim. Minha mãe tem cuidado disso.

Que inveja dos bolivarianos!


Há uma diferença semântica entre mim e Lula: enquanto eu não gosto da palavra democracia ele não gosta da democracia mesmo.

Desde 1988, quando me candidatei a vereador na minha cidade, meu discurso tem sido o de desconstruir o termo democracia, para a contrariedade dos dirigentes do partido.

Ninguém sabe o que é democracia. Quando eu "colaborava" com a Justiça Eleitoral, trabalhando em uma seção eleitoral, apareceu um cidadão querendo informações de onde deveria votar. Eu não tinha como saber, mas ele insistiu, como se eu fosse o alcáide-mor da região. Por mais que eu explicasse que estava isolado naquela seção sem as informações que ele desejava, não se conformava. Por fim, muito irritado, decidiu ir-se, não sem antes me dizer muito "ironicamente": Muito obrigado! O senhor é um grande democrata!

Para alguns, democracia é quando eu mando em você; se você manda em mim é ditadura. Muitos gostam também da democracia da raposa que possui a chave do galinheiro. Eu acho que se torna muito difícil saber o que significa a palavra democracia desde quando se diz que na Venezuela, por exemplo, há democracia até demais. Esta democracia se espalha por outros países bolivarianos onde se fecharam ou ainda se intenta fechar jornais e televisões desalinhados com a opinião do governo.

A democracia, aquela do dicionário, aceita a palavra oposição. Lula gosta de bola no pé e goleiro amarrado. Pra que essa oposição "imbecil"? Uma das definições do vocábulo no Houaiss é: [sistema político cujas ações atendem aos interesses populares]. O sistema político que atende apenas aos interesses do Lula, como se chama? Ah, que inveja dos bolivarianos!

Seu blog na rádio - Divã do Masini



Marcos Masini tem um espaço na Rádio Unifran FM que se originou na promoção "Seu blog pode virar programa de rádio". Sempre às sextas-feiras, às 9 horas, serão divulgados blogs e um pouco da biografia do blogueiro. Vocês sabem, amigo é sempre amigo, e o Masini teve a bondade de colocar o blog Lugar_RSI (Lugar do Real, do Simbólico e do Imaginário) nessa posição de destaque nesta data. Infelizmente alguns contratempos não me permitiram fazer essa divulgação há mais tempo. Ontem mesmo viajei tendo regressado muito tarde e muito cansado para que pudesse colocar a notícia.

A Rádio Unifran FM é também uma ótima opção para quem gosta de ouvir música (MPB) enquanto trabalha. Basta clicar no banner acima. E espero ver seu blog nas próximas audições. Me avise quando isso acontecer.

Conheça o blog do Marcos Masini, o Divã do Masini

Você é um cabra da peste?


Eu, como nordestino (falsificado) que sou, nunca me preocupei com o significado da expressão "cabra da peste". Sempre ouvi falar mas nunca achei que a pessoa denominada fosse boa ou má. Tudo indica que a associação com "peste" surgiu por causa da má fama da cabra, considerada um animal simpático ao diabo na tradição sertaneja. Vale lembrar que os nordestinos também usam a palavra "peste" para nomear doenças graves. Alguns especialistas defendem outra hipótese. A expressão seria uma variação de "cabra-de-peia", também usada para indicar a valentia do nordestino, que apanhava sem reclamar. "Depois de açoitada com a peia (chicote), a vítima era obrigada a beijar o açoite na mão do seu algoz", diz o etimologista Deonísio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
O texto destacado em vermelho foi retirado do endereço MUNDO ESTRANHO.

Há algum tempo escrevi um post chamado A Ciência do Palavrão, que focalizava o que é considerado palavrão no nordeste. Nunca elogie uma senhorita dizendo que ela é uma bela RAPARIGA. Chamá-la de puta lhe trará bem menos aborrecimentos.

Na semana passada um freguês (ele compra queijos na loja), daqueles que não têm pressa, levou um dedo de prosa comigo. E não sei por que motivo contou a seguinte história:

"Certo dia foi admitido na firma um marceneiro novo. Nos primeiros dias ele se mantinha arredio mas aos poucos foi se soltando. Disse-lhe que a turma gostava de uma brincadeira, de uma molecagem, que ele não estranhasse. Ele disse que também gostava de brincar, não tinha problemas.

Numa bela manhã, à guisa de cumprimento, falei: Como vai, 'cabra da peste'?
Senti que ele fechou as feições e nada respondeu. Mais tarde alguém me passou o recado de que o novo funcionário queria falar comigo. Ele estava no segundo pavimento. Subi as escadas e quando o divisei vi que estava com um braço às costas.
- Qual é a novidade?, perguntei.
Ele tinha na mão escondida um formão. Brandindo a ferramenta cravou-a na bancada dizendo:
- Você me chamou de cabra da peste, xingou a minha mãe e quem xinga minha mãe, morre!
Aproveitei que o formão ficou preso na bancada e desci apressadamente as escadas contando aos colegas o que havia acontecido".

Nesse momento eu interrompi:
- Cabra da peste não tem nenhuma relação com a mãe ou xingar a mãe. Esse cara era maluco.

O relato continua:
"No dia seguinte chegou a polícia na oficina procurando pelo novo empregado.
- Está lá em cima, falou o encarregado.
Mas lá de cima ele avistou os policiais. Juntou suas ferramentas rápido e nem as roupas levou. Escapou pelos fundos, por outra rua, vestido com o macacão de trabalho. Nunca mais se ouviu falar dele. Segundo os policiais, matou duas ou três pessoas lá na boa terra".

"Tudo está bem quando acaba bem", é uma peça de Shakespeare. Felizmente hoje tenho um bom freguês, também bom de papo, que me conta histórias do tipo, mas que ele passou um sufoco, isso passou. Por achar que estava agradando a um cabra da peste.

A fórmula da amizade

Alguns dos meus bons amigos

Haroldo me lembra, com uma bonita mensagem, que hoje é dia do amigo. E rapidamente eu evoco a imagem de todos eles, dos mais antigos aos mais modernos, aqueles aos quais a cada dia eu procuro transmitir minhas crenças, minhas esperanças, meus ideais, estando receptivo também ao que eles podem me ensinar.

Não sou muito bom para dizer "te amo", "te admiro", não tenho muito jeito para externar sentimentos. Não gosto de ir a velórios porque me sinto profundamente embaraçado frente ao viúvo (a). Felizmente tenho discernimento para não fazer como o atrapalhado cidadão que deu "parabéns" à família do defunto ao invés de "minhas condolências".


Mais um detalhe: não sou muito apegado aos dias disso, dias daquilo, da mãe, do pai, da secretária, Natal, Ano Novo, o escambau. Quando me desejam Feliz Natal, respondo, secamente: "igualmente". Felizmente que tenho o texto do Haroldo para poder homenagear meus amigos. O Haroldo é um grande amigo.

Haroldo P. Barboza

Amigo não é apenas uma palavra que começa pela letra “A”. Este rótulo define um sentimento que cultivamos por outra pessoa no decorrer da vida e nem sempre é percebido ou reconhecido em algum tempo de nossa existência. Ele se aprofunda com o tempo e se solidifica nos momentos críticos, quando nossos espíritos estão frágeis. Como toda boa relação, em momentos de divergência de opiniões ele se coloca à prova, quando os envolvidos mostram o quanto são capazes de ceder para não estremecerem a amizade conquistada pela troca de virtudes e aprimoramento mútuo de características humanas defeituosas.

Não existe uma regra para definir o que é um amigo. Não existe um tempo mínimo para determinar que tal relação passa a existir. A amizade pode ser ilustrada pelo empréstimo de uma quantia num momento de aperto, pela divisão de um pão dormido na hora da fome comum ou numa caminhada pela acidentada trilha da vida. Nada impede que uma pessoa tenha diversos amigos fiéis. Devido às diversas situações de nosso cotidiano, é difícil definir com exatidão qual deles é o mais amigo de todos.

Mesmo depois de todas estas considerações, ainda não consegui definir o que seja um amigo de fato. Existem amigos em vários níveis. Alguns destemidos, capazes de correrem riscos da própria vida para ajudar o parceiro. Outros que recuam num momento de alto perigo. Será que nós também não recuaríamos? Se tivermos esta resposta certamente vamos compreender o momento de fraqueza pelo qual nosso estimado amigo foi envolvido. E saberemos perdoá-lo, superando o egoísmo.

Quando estiver frente a frente com seu amigo, não se preocupe em dizer-lhe que sua amizade por ele é fraterna e eterna. Deixe que o coração dele sinta isto e seu olhar reflita esta certeza.

Agora que me deparei com todas estas confusões espirituais e mentais, mesmo sem possuir a fórmula que todos procuram, cheguei à seguinte conclusão: quem não possui pelo menos um amigo, tem uma vida sem sentido, pois não poderá desenvolver o fator de solidariedade que cada um carrega em sua alma.

Sou muito feliz por ter vocês como amigos das letras que enriquecem nossas almas!

No a la izquierda


A OEA condenou o golpe que derrubou o presidente Manuel Zelaya no domingo e exigiu o "imediato, seguro e incondicional retorno do presidente a suas funções constitucionais". A entidade afirmou que "nenhum governo resultante dessa interrupção inconstitucional será reconhecido."

A OEA instruiu seu secretário-geral, José Miguel Insulza, a tomar "iniciativas diplomáticas com o objetivo de restaurar a democracia e o regime da lei."

"Se isso não tiver sucesso em 72 horas, uma sessão especial da Assembleia Geral poderá suspender Honduras", disse a resolução.

Zelaya prometeu na terça-feira voltar a Honduras na quinta, acompanhado de líderes estrangeiros, desafiando uma ameaça do governo interino de que irá prendê-lo se retornar ao país. Nesta quarta, segundo várias fontes, ele foi ao Panamá para a posse do presidente do país, Ricardo Martinelli.

texto acima, do G1, globo.com

Qual é a direção que os democratas bolivarianos querem para Honduras? A que está indicada na foto é proibida.
Chavez, Fidel e outros amantes do continuísmo, tudo bem, mas até tu, Obama?

Néstor Kirchner e o carrinho de rolimã

Meu pai era marceneiro e eu já estava a lhe cobrar um brinquedo para o seu filho. Há muito tempo eu engoli em seco quando ele fizera um carro em miniatura ao qual um seu amigo iria adaptar um motor. Seria o presente do filhote de um outro amigo. Porém nunca fui de reclamar.

Um belo dia chega o meu carro de madeira, tipo carrinho de rolimã, com direção e freio. Um carrinho de verdade, com o banco alto e uma direção verdadeira, não aquela acionada com os pés, como os carrinhos dos outros garotos.

O quintal de casa era razoável: 22 por 30 metros. Descontada a casa havia espaço para um bom circuito. Os garotos e garotas se revezavam nesse passeio. Um dirigia e outro empurrava. Havia um ponto, como nos ônibus, onde era feita a troca de "motorista". Só que uns espertos inventaram um outro ponto e eles, entre risos, revesavam entre si deixando os outros com cara de bobos (de babacas, seria o termo exato). Nunca vi o dono da bola não ter lugar no time, então mandei a mensagem: "game is over, perderam, idiotas". Cada um para suas casas.

Na Argentina Cristina Kirchner sucedeu na presidência ao seu marido, Néstor Kirchner. No último domingo transcorreram as eleições legislativas que seriam uma espécie de plebiscito para os Kirchner. Falava-se até em uma dinastia Kirchner. Esperava-se para a quinta-feira anterior um "panelaço contra as fraudes" em Buenos Aires e em outras cidades, não sei se houve.

A ilustração acima deveria mostrar um bando de moleques avessos à democracia, querendo monopolizar o carrinho de rolimã para um pequeno grupo de espertos. Mas como o poder é um delicioso e lucrativo brinquedo e a continuidade é que conta...

Ah, sim, os Kirchner deram com os burros n'água. Já está na hora de os continuístas revirem seus conceitos. Em Honduras não deu certo.

Você já teve problemas com produtos da Microsoft?

Por onde poderemos começar? Bem, eu tenho instalados os seguintes navegadores: Internet Explorer 8, Google Chrome, Mozilla Firefox 3.5 beta 4, Flock e Opera e eu costumo usá-los mais ou menos nessa ordem. Tudo funcionava bem e eu não sabia para que servia o ícone Compatibility View, ao lado do Refresh, no Internet Explorer 8. Agora já sei.

Tudo funcionava muito bem, repito, mas de repente comecei a receber a mensagem "Internet Explorer cannot open the internet site http...... Operation aborted". E isto acontecia quando abria alguns blogs meus e até blogs de terceiros... do Blogger. Se antes não acontecia é porque a Microsoft andou mexendo nos seus códigos. A Google não acusou o golpe e diz que está pesquisando o grande número de reclamações de seus usuários e pede desculpas pelos inconvenientes.

Eu instalei o Windows 7, não paguei nada por ele, sou uma cobaia. Posso usá-lo free até julho de 2010, se não me engano. Nele vem instalado o Internet Explorer 8, com os mesmos problemas para se abrir os blogs do Blogger. E se eu tivesse pago, iria me queixar a quem?

Há coisas estranhas no reino da Microsoft: fiz todas as atualizações nos diversos programas pelo Windows Update, agora não posso mais. Eles me pedem para entrar como Administrador. Ora, mas eu sou o administrador. Eles ficaram malucos?
Quando se tecla na barra de endereços, aparece a mensagem: "Download Windows Search to improve history and favorites results". Não estão contentes com o Google Search?

Eu estava achando que meus problemas eram o resultado da minha quantidade de widgets e resolvi trocar o template. Não adiantou, evidentemente. Minha recém instalada nuvem de tags funcionava em todos os navegadores, menos no IE8. Foi quando percebi o ícone Compatibility View (nem sempre ele está lá, ao lado do refresh). "Websites designed for older browsers will often look better, and problem such as out-of-place menus, images, or text will be corrected". E não é que agora tudo voltou ao "normal"? Parece que essa Compatibility View faz o IE8 comportar-se como o IE7.

Encontrei a resposta no blog El Escaparate. E quando eu procedia à leitura... ele também caiu.

Por favor, leitores meus que usam o Internet Explorer 8, apertem a Compatibility View ou cairemos ambos!

Patricia Barber ou, Qual seu conhecimento de música?


Eu era um leitor assíduo das Seleções do Readers's Digest aos 14 anos. Meu tio era assinante da revista e eu pegava carona. Bem mais tarde, quando tive dinheiro, também fiz uma assinatura, de tanto que eu gostava dos artigos diversos, se bem que divulgassem principalmente o estilo de vida americano, the american way of life.

Eu me lembro da série que discorria sobre os imigrantes na América, principalmente dos que atuaram na música: Alfred Arnold Cocozza (Mário Lanza), Francis Albert Sinatra (Frank Sinatra), Pierino Como (Perry Como, um dos meus favoritos), esses, "italianos". Leonard Warenoff (Leonard Warren) nasceu em Nova York e era filho de judeus russos; na minha modesta opinião nunca houve uma voz de barítono igual à sua.

Um artigo inesquecível (olha eu aqui lembrando dele) falava de um casal que residia próximo a um quartel. Certa vez, regressando do trabalho, o marido presenciou sua esposa no maior papo com alguns militares dentro de casa e reclamou da situação. Os militares alegaram que ele não podia monopolizar a simpatia de sua esposa, ninguém podia ter direitos exclusivos sobre o sol.

Um outro artigo tratava do gosto musical de Albert Eistein. Em uma audição particular, na mansão de um ilustre cidadão, o cientista sentou-se ao lado de um jovem jornalista e percebeu que ele se sentia muito desconfortável. Entendendo seu problema levou-o a um aposento no andar superior da casa e lá colocou uma música de jazz, intrumental, muito simples - Blue Moon -, para tocar e comentou sobre os diversos instrumentos e sobre as características da composição.
Em seguida colcou na vitrola um clássico fácil (pense em L'après-midi d'un faune, de Claude Debussy).





Leopold Stokowski regendo a London Symphony Orchestra. Música lindíssima. Ganhe um tempo ouvindo-a, primeira e segunda partes.

Depois passaram a algo mais complicado (pense no Concerto para Dois Pianos e Orquestra, de Francis Poulenc).



Paola Bruni e Pasquale Iannone ao piano executam o primeiro movimento do concerto

Quando regressaram ao local da audição a fisionomia do jovem "aluno" de Eisten já era outra.

Hoje descobri a execução de uma música que achei muito didática, por isso a digressão a respeito da Reader's Digest, terminando em Eistein. É uma valsa escrita em 1942 por Thomas “Fats” Waller inspirada em exercícios para piano que seu filho Maurice praticava. Aqui os músicos são Patricia Barber, ao piano, e Joe Locke no vibrafone. Não consegui descobrir o nome do guitarrista.

O Vasco fez sua parte, o juiz não


Manchete da globo.com/esportes, após o jogo: Leonardo Gaciba não dá pênalti para o Vasco contra o Corinthians, aos 16 do 2º tempo.

Na segunda-feira o 2º vice-geral e vice de futebol do Vasco, J.H. Mandarino, dizia não crer que a pressão do Corinthians, que reclamava da escalação de Leonardo Gaciba (RS), podesse influenciar a arbitragem:

- Não acredito. O Gaciba é um árbitro dos mais experientes árbitros brasileiros. Não acredito que ele possa se influenciar por qualquer tipo de pressão. A pressão existe em qualquer jogo, do jogo mais comum ao jogo mais decisivo. Então não acredito. Eu creio que ele tem todas as condições de fazer uma boa arbibragem e de conduzir bem o jogo. E que vença o melhor. É essa a nossa posição.

Teria sido melhor o dirigente não ter confiado no árbitro; nunca se deve confiar em árbitro algum. O jogador quando erra, o time é prejudicado; e quando o juiz erra, o penalizado também é o clube. Não seria o caso de se dar um mês de férias não remuneradas para esses caras de preto? Bem, o Gaciba ontem não estava de preto, usava uma vistosa camisa amarela como a justificar que amarelou ao não dar um pênalti a favor do Vasco.

Houve o comentário por parte do pessoal da imprensa esportiva (essa gente também é um caso de polícia) justificando o êrro da arbitragem porque ele estaria encoberto por vários jogadores. Não havia um só jogador entre o juiz e o lance. Vamos às imagens.

Pelas regras, a distância da linha da pequena área ao gol é de 5,5 metros e a distância da linha da grande área ao gol é de 16,5 metros. Como o pênalti aconteceu antes da pequena área, a distância até a linha da grande área, onde se encontrava o Gaciba, seria de 10 metros. O juiz, no entanto, não está diante da falta. Ele está exatamente à frente do canto esquerdo da pequena área - olha o bonitinho ali -, e o famoso matemático grego, Pitágoras, nos diz que, segundo seu teorema da soma dos quadrados dos catetos, o juiz está numa diagonal que mede uns 14 metros. Muita pouca distância para que alguém não testemunhe um delito esportivo.

Agora a bola está chegando aos pés do Élton e evidentemente que ele não pode dominá-la pois já está sendo puxado pela camisa pelo corintiano. Irônicamente, a diagonal entre Gaciba e o Élton fornecia uma visão ampla ao juiz, livre de obstáculos, caso ele estivesse a fim de marcar alguma coisa. Não marcou porque não quis.

Quanto ao bandeirinha, nesses escanteios eles se preocupam em observar se a bola fez aquela tradicional curva por trás da meta. Mas a bola já estava quase nos pés dos jogadores. Ele deveria estar observando a beleza das estrelas no firmamento... A largura do gramado no Estádio do Pacaembu é de 68 metros, 34 metros, portanto, separavam o lance dos olhos percucientes do bandeirinha se não o atrapalhasse uma cruel cegueira mental. Vamos aguardar a próxima tunga. Até quando?

Acima das nuvens


Haroldo Barboza *

Como nosso governo vive voando (literalmente), sempre é o último a saber que nossa aviação civil (e militar) está em crise. E nas raras vezes que transita em terra firme, faz declarações para empolgar a galera. No final de março de 2007 “exigiu” data para o fim do caos que assola o setor. No meio desta zona, o Mi(si)nistro Waldir Pires ficou a ver navios (ou aviões?). Este sim deveria voar para conferir de perto as barbaridades. Mas “Pires” não voa. Se fosse “xícara” teria mais chances, pois esta tem asas.


Esta exigência de soluções imediatas da figura máxima do governo deveria ser feita também nas demais áreas sob sua tutela.

Mas nada funciona por três fatores principais:


1 – Os orçamentos para cada área são aprovados pela Câmara Federal. Mas na metade do ano os valores são cortados em até 60% dependendo do impacto político que garanta a perpetuação no poder das parasitas que “galgaram” (como gatunos escalando muros residenciais) os postos de comando. Ou mesmo por “ordem” de um abutre estrangeiro que nos coloniza e deseja um superávit alto para reduzir o “risco Brasil”.


2 – Do que sobra para aplicar na área, cada “ortoridade” busca um meio escuso de se locupletar do cargo que lhe foi conferido. Sempre deixam uma “merreca” para comprar uma máquina há 15 anos fora de uso no primeiro mundo, um rolo de arame para amarrar pés de móveis prestes a desabar, ventilador para substituir o ar refrigerado que não funciona há 4 meses e uma “verba” para agradar fiscais que possam contestar condições inadequadas de trabalho.


3 – A Justiça omissa e com preguiça não age para punir culpados encontrados com a mão (e o corpo todo) na “massa”. Bandos de advogados de plantão estão com mandatos de soltura prontos (basta colocar o nome do acusado na linha pontilhada) para seus réus primários (mesmo com 20 escândalos nas costas). Os Juízes logo assinam tais documentos desde que seus polpudos salários e suas enormes vantagens estejam garantidos. Se fazem isto pelos marginais que portam armas de fogo, por que deixariam de atender aos que usam silenciosas canetas?


* Haroldo P. Barboza - RJ/Vila Isabel

Matemática (infantil) / Informática (adulto)
Autor do livro: Brinque e cresça feliz

O Cara e a Coroa, ficção ou realidade?


- Castelo de Windsor, bom dia.
- Bom dia, mamãe. Sou eu, seu filho mais velho.
- Qual o problema, para você ligar tão cedo num sábado?
- Nada urgente. Só queria voltar a falar sobre a foto. Lembra? A foto da reunião do G20.
- Filhinho querido. Cá entre nós, quando você trocou Diana por Camilla, pensei que não me daria mais aborrecimento. Agora você quer que eu pose ao lado dele? Assim não dá!
- Mas, mãezinha, trata-se apenas de uma foto. Não vai durar nada. Poucos segundos e pronto. Não vai doer, posso garantir.
- Com tanta gente importante e perfumada, você quer que eu saia ao lado de quem falou mal dos brancos de olhos claros?
- Ora, mamãe, ele estava falando dos banqueiros americanos e não de nós, pobres integrantes da realeza. Até porque, Diana é quem tinha olhos claros, não nós. Ou não?
- Teu argumento terá que ser muito convincente.
- Está bem. Vou contar, porque a culpa é mesmo sua. Por obrigar-me a estudar, descobri que quando protegemos de Napoleão a família real portuguesa em sua fuga para o Brasil, encontramos uma gente frágil, subornável e para a qual Pátria não representa valor pelo qual se deva sacrificar. A partir dessa constatação, tenho usado a mesada que a senhora me dá para financiar ONGs inglesas que atuam na Amazônia e para subornar autoridades brasileiras. Desde o governo Collor faço isso. Não lhe contei antes para não aborrecê-la. Mas papai, que não faz nada, sabe de tudo. Ele sabe até que estive no Brasil na semana em que o STF votou o caso da Raposa Serra do Sol, a fim de dar uma pressãozinha na turma. Tive inclusive que, ridiculamente, sambar. Mas deu certo. O futuro do nosso Reino e a mordomia da nossa família estão garantidos por mais alguns séculos. Agora é preciso demonstrar o nosso reconhecimento aos brasileiros por nos terem entregue uma das províncias minerais mais ricas do mundo. É fundamental que Mr Presidente saia bem na foto. Você nem imagina a repercussão que isso terá no Brasil.

- Barack não ficará chateado?
- Já conversei com ele. Temos uma estratégia. Durante um dos intervalos da reunião, na frente de todos e, principalmente, da imprensa, ele revelará quem é o “cara”. Não esqueça de que os americanos são extremamente profissionais. Aí, estará fechado o circuito. Para completar, mandarei um agradinho para Brasília: uma caixa do nosso melhor scotch. A senhora sabe que, embora tenha cara de bobo, sou muito esperto (só bobeei no caso de Diana).
Sugiro que mamita faça uma pesquisa no google a fim de saber o que representa o nióbio e onde se encontram suas maiores reservas. Verá que estou cheio de razão.
- Ok, filhinho querido. Tudo pela Coroa. Mas, por favor, nunca mais peça nada parecido. Já estou velha demais para tanto sacrifício.

P.S.: Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas e instituições reais terá sido mera coincidência. Ou não?

Sobre os mais lidos e outros assuntos


Os mais lidos na semana que passou:
Carmen Monarcha - o tópico mais procurado, pena que as pessoas não comentem;
E o sertão virou mar - um dia tenho que ver isso de perto, todo brasileiro devia fazê-lo;
Antártida ou Antártica? - já está enchendo o saco, acho que vou apagar esse post;
De bons vinhos e de estranhos no ninho - um desabafo, minha queixa das pessoas que não sabem o que é um bom vinho;
Sítio Solidão - Luiz, meu irmão, dá uma comentada aí no nosso post. Ah, sim, não foi você que entrou na pesquisa...;
Você sabe o que é corretor zoológico?, - eu coloquei um link para um site de jogo do bicho e frequentemente eles vêm até aqui. Mas não precisa ser necessariamente neste post;
Não canto com você, Netrebko! - eu gostaria que as pessoas conhecessem essa cantora fabulosa, que ama sua arte. Colocarei mais posts, colocarei mais tags. Farei como Franz Liszt, que queria promover de qualquer maneira o compositor alemão Richard Wagner. Este lhe agradeceu roubando sua filha, Cósima Wagner (com quem mais tarde se casaria) de seu marido, o pianista e maestro Hans von Bülow. Não creio que Netrebko seja tão ingrata!

Os amigos estão me seguindo nos diversos blogs e eu aqui perdido no Twitter e nos meus diversos compromissos. Inclusive hoje tive que levar minha mãe para a terceira consulta no Hospital do Olho. Espero que seja a definitiva e que ela possa, enfim, fazer a operação de catarata.
Não acredito muito nos seguidores do Blogger, a não ser como um cartão de visitas. Procurarei colocar esses amigos no Netvibes.

Ontem o bicho pegou. O Ronalducho, presumidamente Fenômeno, é mesmo o dito cujo. Estava puxando os cabelos de um zagueiro botafoguense e o juiz nem viu.

Não canto com você, Netrebko!


Tenho uma nova paixão, que ela não saiba disso. Chama-se Anna Netrebko, uma russa considerada a melhor soprano da atualidade. Ela é linda e pegadora. Antigamente as primas donnas eram balofas e tidas como irascíveis, geniosas, egocêntricas. Trazemos no subconsciente a imagem da walkyria usando um capacete com chifres e se esgoelando irritantemente. O tenor não tinha nenhum motivo para dar o melhor de si.

Sobre sopranos temperamentais temos o caso de Maria Callas. Certa vez ela observou ao maestro Arturo Toscanini sua condição de estrela. Ele lhe fez ver que reconhecia apenas as estrelas do céu e lhe pediu mais empenho no ensaio.

Anna é muito profissional, deve ser um doce e, nesse profissionalismo, ela libera seu lado moleca, não se furtando a ir além do que a realidade da ópera exige. Seus lábios, nas cenas de amor, ficam muito próximos dos do parceiro e nem Dmitri Hvorostovsky escapou de um carinhoso selinho, não obstante o poderoso rolo de pastel que sua esposa tem em casa.

No video aqui apresentado ela contracena com Rolando Villazon, o excelente tenor mexicano. Devido às cenas tórridas acontecidas entre os dois em suas apresentações operísticas muitos fãs se perguntam se não existe um romance entre eles. Quem sabe? O real é que nasceu o filho de Anna Netrebko com o barítono uruguaio Erwin Schrott. Ela já gosta de um latino; eu tenho chance. Quero que vocês reparem que Villazon não brinca em serviço. Na hora do beijo, foi pra valer. Sobrou até um pouco de saliva nos beiços da Netrebko, que ela, muito pressurosamente, com os próprios lábios, enxugou.



O uruguaio Erwin Schrott é um cara bonito e canta muito bem. Anna Netrebko pode escolher. Uni-duni-tê, o escolhido foi você. Eis sua página. Eu não tenho chance. Sou feio e canto mal.

Para concluir deixo o link do dueto Nedda-Silvio, da ópera I Pagliaci, com Dmitri Hvorostovsky e Anna Netrebko. Dmitri é atualmente meu barítono (vivo) preferido. E não teve jeito. No final a Anna forçou um clima e pegou o Dmitri. Não canto com você, Netrebko!

Enquete: Você tem facilidade para reatar amizades quebradas?

Meus inimigos, sem contar as antipatias, cabem perfeitamente nos dedos da mão (and I missed no finger). As antipatias são perfeitamente naturais e eu sei disso porque convivi com cerca de 400 camaradas em uma escola militar durante quatro anos. Sempre existe aquele mala cujo papo não nos agrada, que nos olha de cima, que não doa sangue por se achar possuidor de sangue azul. Mas que não fiquemos nos achando, alguns ou muitos podem pensar o mesmo a nosso respeito. Quem possui unanimidade pode se considerar o próximo Papa.

Vou logo respondendo à enquete: Não, não reato as amizades perdidas, ou seja, não tomo a iniciativa. Se aquele que me contrariou tiver deixado feridas leves e pedir perdão, posso reconsiderar. Porque eu penso que nunca chamei ninguém de ladrão, quadrilheiro, sacripanta, ou tentei impor à força meus pontos de vista. No entanto a decisão de colocar o fulano no arquivo morto foi sempre iniciativa minha.

Já estive na política mas não emplaquei. A política é, por assim dizer, um submundo. Nela campeiam a delinquência, o crime organizado e a falta de convicções. O inimigo de hoje poderá ser o amigo de amanhã, sem ao menos um pedido de perdão. Uma desculpa por parte do ofensor poderá aparecer para salvar as aparências. O que conta são as forças ocultas (vide caso de Mangabeira Unger, o Confúcio do Planalto, versus Lula).

Eu gostaria de ser posto à prova, ter a chave do cofre sob a minha guarda, ter uma posição de poder, ter brigado com "o" figura e precisar dele para concretizar meus planos de ampliação de influências. Sei que sou honesto para pequenas quantias, mas para arrebentar o cartão corporativo, fazer a farra do avião, andar com dólares na cueca, fazer pacto com o diabo, nunca fui testado.

Por isso é que vejo todo mundo xingar todo mundo, o Lula ao Sarney, o Lula ao Collor, o Collor ao Lula, para ficar apenas nessas figuras, e hoje comem todos à mesma mesa. Pior, ninguém se pergunta o que há por trás desses fatos, aliás, ninguém pergunta nada, apenas acham que o presidente é um tio simpático, que tem a mania de ser engraçado. Abaixo, tirando sarro do Bush, fingindo jogar um sapato.

Ouça a entrevista do Lula no programa do Milton Neves:



Gostou? Então clica aqui e escuta mais!

No áudio, a opinião de Lula sobre Collor e sendo profeta de si mesmo. Curiosamente todos os arquivos que contêm a resposta de Collor a esse depoimento foram apagados. Vale ressaltar que com o apoio de Sarney e a anuência de Lula, o senador Fernando Collor assumirá o comando da Comissão de Infraestrutura do Senado, que irá acompanhar e fiscalizar obras do PAC, tendo vencido a disputa com Ideli Salvatti, líder do PT até este ano. E ninguém pediu perdão a ninguém pelas más palavras.

E você, tem facilidade para reatar amizades quebradas, espezinhadas, ou acha que tudo são flores?

Antiguidade é posto ou, Não me peça para ler seu blog

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

Não é um post, é uma colcha de retalhos, por isso tantas tags

Começo falando do Babylon. Fui procurar complain about e recebi o English-English, o English-French e a tradução para o russo. Esses são os idiomas com os quais costumo flertar, sem ter intimidade com nenhum deles; e o Babylon sabe disso. No entanto sua tradução é meio de índio: "mim procurar tradução essa"... Nesse particular prefiro o Windows Live Translator, sua tradução é menos linguagem de robô... ou de índio. Uma inconveniência - todas as traduções são de e para o inglês, exceção feita, naturalmente, para o inglês-português e francês-alemão. O Babylon não precisa ser informado, ele reconhece qual o idioma do texto a traduzir. O Babylon vale cada centavo pago por ele. E, puxa, eles bem que podiam me dar uma cópia por esse comercial grátis que estou fazendo, "sem nenhum interesse", a não ser o de fornecer uma informação de utilidade para os leitores.

Quando, na Roma antiga, começaram a aparecer os problemas sociais, para desviar a atenção da população criou-se a política do Pão e Circo. Houve entre nós um tempo em que o pão era caro e o circo era fraco; a seleção brasileira de futebol, escalada para fazer a população esquecer as agruras do dia-a-dia, não ganhava de ninguém. Se hoje a seleção de futebol ainda não tem a confiança dos brasileiros pelo menos chegou-se a um consenso quanto ao pão. Diz-se que em 2010 o Bolsa-Família atenderá a um em cada três brasileiros. A paranóia do futebol não foi descartada; deslocou-se para o âmbito regional, Flamengo no Rio e Coríntians em São Paulo, para ficar nesses dois. O "script" funcionou com precisão cirúrgica - vista grossa dos juízes para os pequenos pecados do time da "casa", a lei (cartão amarelo) para o "adversário". Logo na primeira rodada do Estadual o Flamengo teve um gol contra si anulado pelo bandeirinha que alegou impedimento do adversário, quando haviam TRÊS jogadores do time carioca dando condição. Consta que em São Paulo também rolaram algumas lambanças.

Definitivamente estou viciado no Twitter. Sigo quem acho que pode me acrescentar alguma coisa e não fico aborrecido se eles não me seguem; por outro lado alguns me seguem mas não serão seguidos. Vida bandida.
Existem muitos sem noção no Twitter. Seguem a mil e são seguidos por menos de cem, às vezes têm pouquíssimas atualizações. Então para que querem ser seguidos?
Estou em http://twitter.com/lulasi. Faça seu cadastro, é muito fácil, e comece a me seguir.
Para que serve o Twitter? Para indicar links, para enviar mensagens para as pessoas, públicas ou privadas, para se conectar com pessoas que tenham interesses comuns conosco

Quanto vale?

Haroldo P. Barboza é analista de sistemas (aposentado), dá aulas de Matemática (fundamental) e Informática (para adultos); dá palestras sobre qualidade de vida e é viciado em escrever. Não faz concessões a tabagistas. Hoje ele enfoca a falta de objetividade dos jovens, que não procuram seguir as práticas dos mais velhos, jovens que sempre apresentam falsas justificativas. É como diz aquela conhecida música: "Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo..."
Tudo exposto de um modo claro e bem didático. Só não cheguei a entender se sua alusão a operários que perdem dedos na indústria se refere a algum operário em particular...

Por quanto quer comprar?

Se conselho fosse bom, não se dava. Vendia-se. Esta afirmação é mais antiga do que andar para frente.

Esta frase é o argumento que uma pessoa usa para criar um obstáculo entre ela e um amigo que pretenda lhe passar alguma orientação. É claro que nem tudo que recebemos de orientação é a expressão integral da verdade, pois cada fato está sujeito a muitas variáveis. No entanto não custa nada ouvir, filtrar, experimentar e adaptar alguns dados que podem ser úteis para uma existência com menos atribulações. Já bastam as situações de alta pressão das quais não conseguimos nos livrar, causadas pela competição agressiva diária e pelos elementos nocivos reinantes na natureza que agridem nossa sobrevivência por não sabermos conviver com eles.

O estilo de vida ocidental criou um distanciamento entre gerações onde o jovem naturalmente impetuoso, se deixa levar pela propaganda que o impele a tentar realizar o maior número de projetos com pouco planejamento (depois a gente vê como fica), parcos recursos (depois a gente faz um gatilho) e em tempo curto (amanhã mesmo já estará dando resultados). Neste cenário, seus ouvidos se fecham a algumas orientações que lhes são passadas pelos mais antigos da família. Alegam que hoje os tempos são outros. Esquecem de um pequeno detalhe: mudaram os equipamentos e as fórmulas para atender as novas necessidades, mas as características humanas são as mesmas de 100 séculos atrás (experiência, preguiça, inveja, inocência, ganância, pressa, etc).

E esta distância aumenta se o jovem deixa que sua perseverança ultrapasse os limites e se transforme em teimosia. Vejamos se a diferença básica pode ser compreendida com os exemplos abaixo.
Perseverança – quando uma pessoa se determina a adquirir um bem ou realizar um projeto, mesmo que seja algo inédito, ela terá como base estudos e práticas anteriores de outros que já fizeram algo igual ou bem parecido (se tiverem falhado, darão maiores subsídios). A perseverança não permite que ela desista de seu objetivo mesmo que um acidente de percurso ocorra. Se uma prateleira fixada na parede desaba por ter uma sustentação fraca para o peso mal calculado depositado sobre ela, o perseverante não se abate. Refaz a parede lascada, monta uma sustentação cinco vezes mais forte e realiza seu projeto. Se no ato não tiver meios para trocar a sustentação, coloca um aviso provisório alertando sobre o máximo de carga que a prateleira pode suportar no momento. E desta forma age para construir suas “estantes” para guardar seus “tesouros” de vida. E com o tempo atinge seu projeto com sucesso. E sente orgulho por ter superado os obstáculos paulatinamente com equilíbrio.
Teimosia – quando uma pessoa esclarecida coloca sua vida ou saúde em risco apesar de todos os alertas recebidos, demonstra uma falsa atitude de personalidade forte, que “não se deixa influenciar por opiniões alheias”. Não é vergonha declarar que apesar de tantos anos de vida aprendeu algo novo, até mesmo com alguém mais jovem. Um menino que trabalhou no campo dos 6 aos 20 anos, certamente terá boas condições de orientar um técnico em agropecuária que obteve um diploma na cidade aos 25 anos. Se uma pessoa fuma e alega que o tio morreu aos 90 anos fumando dois maços por dia, usa um argumento frágil, pois desconhece os prazeres perdidos pelo tio, as doenças que ele adquiriu, as dores que sentiu, os gastos que teve com médicos e remédios. Não há uma planilha arquivada sobre a qualidade de vida deste tio para ser consultada. E assim o teimoso segue impávido e de nariz empinado condenando seu pulmão (e outros órgãos) à falência em vida.

Carregar peso desnecessário quando nossas forças estão no auge, terão reflexos dolorosos na coluna depois dos quarenta anos, quando o esqueleto começa inclinar.
Escrever sobre dezenas de páginas com lápis (para ler depois é pior ainda) à noite provocará reflexos irrecuperáveis nos olhos depois dos quarenta anos.
Dormir diariamente menos de 4 horas certamente afeta os reflexos (por isto motoristas batem nas estradas e operários perdem dedos na indústria), reduz a memória, retarda o raciocínio. Isto ocorre em qualquer idade.

Os deslumbramentos com o namoro (principalmente sendo o primeiro) nos conduzem a atitudes desaconselháveis, quase irracionais. Quando dois namorados deixam de se ver por 3 meses, é possível entender uma conversa telefônica semanal de 90 minutos para colocar as novidades em dia. Quando se encontram 2 vezes por semana, 10 ou 15 minutos não bastam?

Numa semana de provas ou de trabalhos delicados na firma, estes encontros semanais devem ser reduzidos (não chegamos a sugerir suprimidos) de 6 para 2 horas. Tal atitude não deve ser encarada como sacrifício. É um investimento para que num futuro não distante sejam criadas condições para que os encontros passem a ser mais freqüentes e em maior tempo.

Neste texto, não existe fórmula mágica. E estas palavras não estão editadas aqui com o objetivo de suprimir liberdades, desvalorizar ações próprias, revelar a verdade total nem de forçar condutas. São meros relatos sinceros de quem já passou por algo similar (até absorveu e aplicou algumas das dicas recebidas). Certamente centenas de milhões de pessoas disseram isto nos últimos 77 séculos e alguns milhões dizem hoje pelo mundo a cada minuto.

Resta saber pelo menos quantos escutam e compreendem.

Se desejam experimentar em suas próprias vidas é outra questão.

Quando eu for pequeno

No Citador, por ocasião do dia das Mães

José Jorge Letria, in "O Livro Branco da Melancolia"

Quando eu for pequeno, mãe,
quero ouvir de novo a tua voz
na campânula de som dos meus dias
inquietos, apressados, fustigados pelo medo.
Subirás comigo as ruas íngremes
com a certeza dócil de que só o empedrado
e o cansaço da subida
me entregarão ao sossego do sono.

Quando eu for pequeno, mãe,
os teus olhos voltarão a ver
nem que seja o fio do destino
desenhado por uma estrela cadente
no cetim azul das tardes
sobre a baía dos veleiros imaginados.

Quando eu for pequeno, mãe,
nenhum de nós falará da morte,
a não ser para confirmarmos
que ela só vem quando a chamamos
e que os animais fazem um círculo
para sabermos de antemão que vai chegar.

Quando eu for pequeno, mãe,
trarei as papoilas e os búzios
para a tua mesa de tricotar encontros,
e então ficaremos debaixo de um alpendre
a ouvir uma banda a tocar
enquanto o pai ao longe nos acena,
lenço branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando que vai voltar porque eu sou pequeno
e a orfandade até nos olhos deixa marcas.

Sobre os mais lidos da semana 20-26/abril

Ou, puxando a brasa para a minha sardinha

Com exceção do Gustavo Dudamel e do Comer tatú, todos os outros posts são frequentes nesta relação, com predominância para Carmen Monarcha, Minha melhor partida de damas e O Presidente Negro. A volta deste último post foi consequencia de tê-lo colocado no Vale a Pena Ler de Novo, comemorando o Dia Nacional do Livro - 18 de abril.

Minha melhor partida de damas é o peixe fora d'água. Com toda a certeza, mesmo estando na relação dos mais lidos, nenhum leitor do blog tem interesse no assunto. Então vou copiá-lo para o blog Shashki, transliteração do russo Шашки, que só trata de jogo de damas.

Algumas pessoas reagiram ao título Gustavo Dudamel, o melhor maestro do mundo, respondendo com Seiji Osawa, Pierre Boulez, Claudio Abbado e outros. Eu simplesmente fiquei empolgado com o trabalho musical que se faz com a juventude venezuelana do qual Dudamel é o resultado mais espetacular. Ele pode não ser realmente o melhor maestro do mundo, apenas uma promessa, mas é um fora-de-série, que sabe o que quer. O atleta Pelé também surgiu como uma promessa.

Quando ouço uma obra sinfônica - e vou confessar minha ignorância -, não me ligo muito naquela figura com uma varinha na mão à frente da orquestra. Com Dudamel é que comecei a prestar atenção no trabalho do maestro, porque assisti aos vídeos de seus ensaios. Ele tem sempre recomendações sobre o desempenho de cada músico. Exige de pessoas algumas com idade de ser seu avô. Carmen Monarcha até hoje não sabe como o maestro André Rieu ouviu sua voz num coro de cem mulheres e a convidou para solista da orquestra.

Para ilustrar, uma piada sobre maestros:

Aquele maestro novato, incompetente, arrogante, incomodava os músicos da orquestra. A uma sua intervenção desastrada num ensaio o timpanista, revoltado, reagiu brandindo seu instrumento:

- Bong! bong! bong! bong!
Ao que ele prontamente retrucou:
- Agora chega! Não admitirei mais indisciplinas! Quem fez isto?

Eu gosto dessa relação semanal dos mais lidos porque tenho a oportunidade de rever textos antigos meus e, quando houver, recordar os comentários dos leitores. E como eu ando muito lento aqui nos trabalhos vai o Comer tatú dá dor nas costas figurar na relação Vale a Pena Ler de Novo. É um assunto sempre atual. Nada a fazer. Talvez recordar aquele locutor apressadinho que fala ao final dos comerciais de medicamentos na TV: "Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado". O problema é achar um médico para curar esse tipo de doença.