Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

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Uma festa real num lugar virtual


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O Paulo me apresentou as pessoas mas esqueci os nomes, lá se vão 23 anos. Fomos a um magnífico sítio e ele me contou maravilhosas histórias, de uma encarniçada luta entre uma cobra e um lagarto na piscina vazia do lugar, do velho proprietário com um canivete chupando laranjas ao lado das laranjeiras, do desgosto que ele teve ao dar parte do sítio ao filho e vê-lo vender essas terras, da beleza de sua filha, o que ainda pude testemunhar. Mas eram outros tempos. Ela ponderou que ele estava sumido, mas eram compromissos do trabalho, ele respondeu. Agora que estávamos em campanha política dispúnhamos de tempo para visitar os amigos.

O Paulo era meio galinha, logo veio com uma conversa enviesada pra cima da "jovem", que lhe respondeu: "seu Paulo, meu tempo já passou".

Numa outra vez em que lá estive ela me convidou para uma festa no sítio. Cheguei na minha Brasília e estacionei ao longo de inúmeros carros que estavam no caminho de acesso ladeado por bouganvílias de variados matizes. Muita gente compareceu. 

Eu me lembro, quando mais novo, de ter passado por esse sítio, cujas terras iam até o final da rua numa extensão de quase duzentos metros por cem, contra os quarenta metros que tem agora. 

Nunca mais passei por lá e tenho visto no Google Street View apenas ruínas. Quando estiver com mais tempo perguntarei aos vizinhos o que aconteceu aos moradores. Pude ver também uma faixa reclamando do lixo deitado em frente ao desmoronado muro por vizinhos desclassificados. 

As bouganvílias e os jardins foram destruídos, a casa principal foi demolida. Não consigo enxergar muito mais coisas até o final dos 100 metros de terreno, mas fotografei (comprovei) a faixa. Ela diz: "Se você tem vergonha na cara, não jogue lixo ou entulho neste local pois será processado judicialmente. Estamos de olho em você".

Como falei, há um muro em ruínas e um portão fechado a cadeado. O que desapareceu do muro foi completado com madeiras velhas e arame farpado, afora galhos de árvores abatidas. Completo descaso. O atual dono não tem muita moral para reclamar dos porconildos.


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Giacomo Girolamo Casanova

A menos de uma centena de metros do colégio ele colocava sua banca de revistas usadas - gibis e livros. Após as aulas a molecada, dos 13 aos 17 anos, passava por ali e comprava uma literatura... juvenil. Lembro que, para aprimorar meu inglês, comprei um livro com o título Doomed Demons. Eram narrativas de aviadores durante a guerra. Tradução: Demônios Condenados. Esse livro eu o emprestei ao professor de inglês mas quando fui pedir de volta ele perguntou: Você quer o livro de volta? Fiquei sem graça de dizer que só tinha emprestado.
Para os fregueses mais chegados o "livreiro" oferecia as revistinhas do Carlos Zéfiro. Eu comprei um livreto do Casanova. Falava sobre a juventude do galanteador e os ensinamentos libidinosos dados pelo seu preceptor. Narrava sua primeira decepção amorosa, com Bettina, uma menina de 13 ou 14 anos, com quem marcou um encontro mas, chegando lá, já tinha outro consumando o "ato". 

O Gilton me pediu esse livro emprestado. Não fiz caso de que ele era evangélico. O problema não era meu. Emprestei. Não demorou batem no meu portão. Era sua mãe. Muito educada, me perguntou se eu tinha emprestado o livro ao seu filho. Diante da afirmativa (ela tinha lido todo o livro, eu suponho) passou a dissertar sobre as (más) qualidades morais da Bettina, uma garota tão nova e já tão pervertida. Não lembro se tentou me dar alguma lição de moral, sei que me devolveu o livro.

Dizem que Casanova era feio, tinha olhos de touro. Seu preceptor, Malipiero, o iniciou em uma seita secreta, onde aprendeu conhecimentos cabalísticos, de numerologia, de feitiçaria e magia negra. Após entrar nesta seita, Casanova usou os conhecimentos da numerologia para ganhar nos jogos e para conquistar mulheres.

Quem souber que seita era esta, por favor, cartas à redação. Pode ser que ainda dê para mim...

Harvard x Stanford


Harvard University

Stanford University


Há posts que se transformam em e-mails e e-mails que viram posts. O assunto compartilhado quase sempre é anônimo. Eu, teimosamente, vou em busca da autoria, somente para descobrir que o assunto já foi o assunto de uns 399 blogs e que nenhum autor foi citado. Mais: a coisa é tratada até como lenda. Seria talvez uma espécie de fábula, com o ensinamento de que, a partir da aparência das pessoas, não se deve antecipar julgamentos. 

O remetente, meu amigo Luzardo, tem plena certeza de que muito poucos têm conhecimento do episódio que segue. 

Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão, já desbotado, e seu marido trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia e não haviam marcado entrevista.

A secretária, num relance, achou que aqueles dois com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard.
– Queremos falar com o presidente – disse o homem em voz baixa.
– Ele vai estar ocupado o dia todo – respondeu rispidamente a secretária.
– Nós vamos esperar.

A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e ela, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.
– Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora – disse ela.

O presidente suspirou com irritação, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório.
Com o rosto fechado, ele foi até o casal.

– Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano – disse a mulher. Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui, mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
– Minha senhora – disse rudemente o presidente – não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu; se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
– Oh, não – respondeu rapidamente a senhora. Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.

O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
– Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.
A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
– Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?
O marido concordou.

O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso.
Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.

"A única instituição que se confunde com o Homem é seu caráter!"
Por isso não generalize, nem emita pareceres e conceitos precipitados sem conhecer toda a verdade, mas acima de tudo, jamais confunda um homem com a Instituição que ele pretende representar, ainda que ele considere esta possibilidade.

Em um dos inúmeros blogs que divulgaram o relato acima há uma correção do roteiro. As coisas não teriam sido bem assim. Leiam "Cheque a veracidade antes de escrever ou falar". 

Quem ganhará a Copa da África?

Recebido por e-mail

O Brasil pode esquecer - em 2014, dentro de casa, não será o campeão. A numerologia, ou o que quer que seja, indica que o campeão será o Uruguai. O Uruguai foi campeão em 1950, mais 2014, soma 3964. 3964 é o número cabalístico.

 O Brasil ganhou a Copa do Mundo em 1994; antes disso sua última conquista do título foi em 1970. Se você somar 1970 e 1994 dá 3964.
A Argentina ganhou sua última copa do mundo em 1986; antes disso, só em 1978. Somando 1978 + 1986 dá 3964.

Já a Alemanha ganhou a sua última copa em 1990. Antes disso foi em 1974. Somando 1990 + 1974 dá 3964.

Que numerozinho cabuloso, não?

Seguindo esta lógica, poderia se ter adivinhado o ganhador da Copa do Mundo de 2002, pois este teria que ter sido o vencedor da copa de 1962!
Conferindo: 3964 -2002 = 1962. E o ganhador da copa em 1962 foi o Brasil!

Realmente, a numerologia parece funcionar... E quem venceria a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul?

Resposta: 3964 - 2010 = 1954. E quem ganhou em 1954?.... Alemanha!!!

Mas vejam os números da Itália, campeã em 1934, 1938, 1982 e 2006. Será a exceção que confirma a regra? Neste domingo 11, ou mesmo antes, poderemos estar certos disso.

A independência feminina


Haroldo Barboza enchendo a bola das mulheres. Vocês do forte "sexo frágil", não se iludam, o Haroldo está apenas fazendo uma tremenda cavada com a dona Harolda, que ele quer atravessar esse maravilhoso "Dia Internacional da Mulher" na maior mordomia com a patroa.

Haroldo Barboza *

Estamos vivendo uma época de derrubadas de paradigmas. Ou pelo menos de questionamento de absurdos. Em todas as áreas, os dogmas só resistem enquanto não adquirimos o conhecimento para estudá-los e mudá-los. O que era padrão até ontem, hoje deve estar sendo contestado por quem evoluiu através da educação e adquiriu a verdadeira condição de cidadão consciente de seu papel na sociedade.
Há 50 anos, uma jovem só tinha liberdade de encontrar seu próprio caminho após completar 21 anos. As que adquiriam maturidade mais cedo e se rebelavam contra esta situação, eram difamadas pela sociedade. Na melhor das hipóteses eram rotuladas de rebeldes e levianas. Se conseguissem sobreviver por conta própria, eram rotuladas de “piranhas”. As que levantavam a voz contra injustiças eram chamadas de fofoqueiras. As que conseguiram obter suas carteiras de motoristas e demonstraram grandes habilidades na atividade, quando envolvidas num acidente (muitas vezes por causa DO motorista do outro veículo) eram orientadas a “dirigir” um fogão. Um preconceito absurdo mantido por machões incompetentes e invejosos.
Hoje, uma frágil (apenas no físico) menina de 15 anos (ou menos), já sustenta um lar. Já se discute se um adolescente, nesta faixa de idade, que é capaz de procriar, dirigir, votar e trabalhar, também deve ser penalizado judicialmente por seus atos irregulares. Reflexo de uma “evolução” que se afoga em suas próprias descobertas em ritmo alucinante que não nos oferece tempo para digeri-las. As informações brotam aos milhares por minuto e criam-se choques culturais pelo pouco tempo para se compreender o mecanismo social de cada nicho do planeta.
O conceito de maioridade mudou radicalmente. No momento em que o indivíduo adquire responsabilidades e passa a interferir na vida da comunidade, atingiu a este degrau, sem necessidade de firma reconhecida. Tem de arcar com os lucros e as perdas. Seus pais, em diversos momentos contribuem para este quadro sinistro, imaginando que seus filhos ao passarem dos 7 anos exibindo grandes habilidades com seus micros, poderão obter empregos de executivos antes mesmo dos 16 anos, para não serem logo “engolidos” pela impiedosa globalização. Pior ainda quando saem de casa e os abandonam na companhia de “inocentes” games violentos por horas a fio.

E hoje estamos aqui para confirmar este nível aos processos conduzidos por mulheres. Através de anos de existência, enfrentando todas as dificuldades de recursos (técnico, penetração, patrocínio, competição), conseguiram com perseverança e entusiasmo próprios das vencedoras, manter e divulgar informações claras, na luta incessante de orientação a todos os seus admiradores, em busca de uma qualidade de vida elevada, através da útil informação aberta e de fácil compreensão para todos. Qualidade esta, que só será alcançada, quando eliminarmos os preconceitos criados pela ignorância, que ameaça a boa convivência em grupos. Nesta luta árdua que otimistamente deve durar mais um século, certamente contaremos com o fôlego e apoio das janelas que estão se transformando numa trincheira única em defesa da Mulher e da dignidade do ser humano de um modo geral. Que elas tenham persistência para mostrar aos homens que não são concorrentes, mas deslumbrantes parceiras!
O espaço delas está reservado desde o início dos tempos. O homem se apossou dele através da brutalidade. Recuperá-lo usando a palavra, demora. É preciso ter muita paciência para retirar o vírus que contamina o ego machão e o faz sentir-se menos masculino por seguir algumas normas propostas por uma Mulher. Mesmo tendo menos neurônios (com mais amor) devemos lutar para levá-las ao comando de nossos destinos, tendo em vista que nos últimos milhares de anos o homem provocou um caos sem precedentes e só espalhou malefícios sobre o planeta através de normas escritas sem a adequada revisão feminina.

* Haroldo Barboza é escritor, professor de matemática (crianças) e informática (adultos), analista de sistemas e palestrante

Não é um post, é uma colcha de retalhos, por isso tantas tags

Começo falando do Babylon. Fui procurar complain about e recebi o English-English, o English-French e a tradução para o russo. Esses são os idiomas com os quais costumo flertar, sem ter intimidade com nenhum deles; e o Babylon sabe disso. No entanto sua tradução é meio de índio: "mim procurar tradução essa"... Nesse particular prefiro o Windows Live Translator, sua tradução é menos linguagem de robô... ou de índio. Uma inconveniência - todas as traduções são de e para o inglês, exceção feita, naturalmente, para o inglês-português e francês-alemão. O Babylon não precisa ser informado, ele reconhece qual o idioma do texto a traduzir. O Babylon vale cada centavo pago por ele. E, puxa, eles bem que podiam me dar uma cópia por esse comercial grátis que estou fazendo, "sem nenhum interesse", a não ser o de fornecer uma informação de utilidade para os leitores.

Quando, na Roma antiga, começaram a aparecer os problemas sociais, para desviar a atenção da população criou-se a política do Pão e Circo. Houve entre nós um tempo em que o pão era caro e o circo era fraco; a seleção brasileira de futebol, escalada para fazer a população esquecer as agruras do dia-a-dia, não ganhava de ninguém. Se hoje a seleção de futebol ainda não tem a confiança dos brasileiros pelo menos chegou-se a um consenso quanto ao pão. Diz-se que em 2010 o Bolsa-Família atenderá a um em cada três brasileiros. A paranóia do futebol não foi descartada; deslocou-se para o âmbito regional, Flamengo no Rio e Coríntians em São Paulo, para ficar nesses dois. O "script" funcionou com precisão cirúrgica - vista grossa dos juízes para os pequenos pecados do time da "casa", a lei (cartão amarelo) para o "adversário". Logo na primeira rodada do Estadual o Flamengo teve um gol contra si anulado pelo bandeirinha que alegou impedimento do adversário, quando haviam TRÊS jogadores do time carioca dando condição. Consta que em São Paulo também rolaram algumas lambanças.

Definitivamente estou viciado no Twitter. Sigo quem acho que pode me acrescentar alguma coisa e não fico aborrecido se eles não me seguem; por outro lado alguns me seguem mas não serão seguidos. Vida bandida.
Existem muitos sem noção no Twitter. Seguem a mil e são seguidos por menos de cem, às vezes têm pouquíssimas atualizações. Então para que querem ser seguidos?
Estou em http://twitter.com/lulasi. Faça seu cadastro, é muito fácil, e comece a me seguir.
Para que serve o Twitter? Para indicar links, para enviar mensagens para as pessoas, públicas ou privadas, para se conectar com pessoas que tenham interesses comuns conosco

O que seria a consciência negra?


Nefertiti, acima, e Cleópatra, abaixo, seriam as rainhas mais famosas do Egito antigo



Então se os egípcios eram negros, o que estaria fazendo Elizabeth Taylor no papel de Cleópatra? Dizem que a legendária beleza da egípcia foi fruto da imaginação dos romanos que queriam demonstrar que ela seduziu e corrompeu seus imperadores, que ela era uma devassa.
Dizem mais: que ela era negra, nariguda e que não tomava banhos de leite como no filme nem se suicidou picada por uma serpente.

Não pretendo aqui desenvolver nenhuma teoria sobre políticas de cotas raciais - melhor seria dizer cotas sociais -, nem estudar as origens do povo egípcio. Este artigo é apenas a narrativa do que acontece quando sigo um assunto na internet.

Meu amigo Doté Jorge pergunta
Onde está a Consciência Negra? e se pergunta, também, se valeu a pena essa suposta conquista. Eu respondo que o que se pretende, verdadeiramente, não é a igualdade mas sim evidenciar as diferenças, aumentar os muros raciais e sociais.

A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, órgão da Presidência da República, há um ano, inaugurou um parque que custou R$ 2 milhões, mas até agora a estrutura não funciona. O memorial em homenagem a Zumbi erguido na Serra da Barriga em Alagoas, local que abrigou o Quilombo dos Palmares, está completamente abandonado.

Os discursos são bonitos e vazios. "O dia é resultado de uma série de mobilizações do movimento negro para ressaltar não apenas as contribuições culturais que os negros trouxeram ao país, mas para trazer à tona a reflexão sobre o papel de protagonismo que a população negra ocupou em nossa história", disse Giovanni Harvey, sub-secretário de Política e Ações Afirmativas da Secretaria.

Tendo pesquisado, sem entender como querem promover a Igualdade Racial, passei ao assunto seguinte, o Egito, antigo e moderno. Acredito que muitos leitores só conheçam esse país pelas pirâmides e a esfinge, também pelos filmes de Hollywood. Deixo aqui algumas cenas do Cairo às margens do Rio Nilo que capturei no Google Earth.

Muito se tem falado sobre a beleza das rainhas egípcias Cleópatra e Nefertiti, mas isso não deve ser levado muito a sério já que os artistas que reproduziam as imagens dos soberanos eram incentivados a dar uma "melhorada" na obra.


Fairmont Hotel e as torres gêmeas do Cairo - foto thieso5000

Restaurante flutuante no Rio Nilo - foto Alaeddin Faruki

Rio Nilo - foto farafir

Um pouco de nostalgia

Há muito tempo sei que o acesso à cultura no Rio de Janeiro se tornou problemático; e a situação só tem se agravado. Naquelas lojas simpáticas onde eu procurava tintas e pincéis, telas e livretos, agora o povo compra remédios e produtos de perfumaria.

Nesta terça-feira saí de casa cedo e já estava no centro da cidade antes das 10 horas. Estava indo para um almoço com os amigos, mas como tinha uma série de coisas para fazer comecei por visitar uma loja de instrumentos musicais. Mas eu estava ansioso, não sei porque. Entrei numa loja nova, tem apenas cinco anos, como a desmentir minha asserção sobre o sumiço da cultura. Na realidade estava procurando a Casa Oliveira, que ainda existe. A Guitarra de Prata fechou as portas. Havia ainda a Casa Carlos Wehrs que comprou a Carlos Gomes; também desapareceu. Nem os dois cinemas da Rua da Carioca resistiram à modernidade.

Um amigo me contava uma história pitoresca a respeito desses dois cinemas. Um deles exibia um cartaz pretensioso: "O melhor cinema do Rio de Janeiro", ao que o outro respondia, também num cartaz: "O melhor cinema da Rua da Carioca". Perceberam a ironia?

Ali perto procurei por uma papelaria. a Casa Mattos, que não existe mais. A Casa Cruz, uma grande loja, do porte da Casa Mattos, pegou fogo e o prédio está sendo reformado. Eles estão atendendo um pouco distante, à Rua dos Andradas e para lá me dirigi ao final do dia. Nas poucas papelarias por onde passei, nenhuma vendia tinta aquarela.

Andei muito, andei muito. E eu já estava à procura de um livro que ninguém tinha. Achei na Livraria Saraiva por 59 reais, dez a mais do que tinham me informado. Na internet achei por pouco mais de 41 reais mais seis e pouco de envio, total, digamos, 48 reais, 4 dias para a entrega. Posso esperar. Muita livraria também virou farmácia.

Nessas idas e vindas passei na rua da Quitanda e como era cedo para o almoço, parei na portaria do prédio onde existia a Veiga Som, onde os aficcionados que gostavam de montar seu som e fazer os ajustes adequados compravam suas peças. Você podia adquirir o pré-amplificados, o amplificador, sintonizadores, equalizadores, etc, tudo separado. Agora as coisas são na base do três em um e se acham no Ponto Frio ou nas Casas Bahia. Ah, sim, o porteiro me informou que essa firma deixou de existir há mais de 12 anos.

O almoço foi muito bom e contou com a presença de dez companheiros. Tínhamos muito o que conversar e assim fomos os últimos a sair do restaurante. Nossos encontros me lembram a Ceia dos Cardeais, de Júlio Dantas, aquela peça em versos onde três senhores relembram os lances da juventude. Em matéria de nostalgia o dia foi repleto. De permeio com o almoço com os amigos houve uma grande busca pelo espírito antigo do Rio onde se respirava cultura em cada esquina.

O cemitério dos elefantes

Ou, o último e-mail

Criança ainda, eu via no cinema que o sonho de todo caçador era descobrir o cemitério dos elefantes, aquele lugar secreto para onde os animais se dirigiam ao pressentir o fim da existência. Entre os homens há comportamentos semelhantes. O doente se aparta do convívio social e se isola no sofrimento, muitas vezes como consequência da própria enfermidade.

Luz de Luma escreveu recentemente: "E se eu, ou outro blogueiro qualquer, morrer de uma hora pra outra, como todo mundo vai ficar sabendo? Será que vão ficar vindo aqui e olhando o mesmo post por duas, três ou mais semanas, até desconfiar que algo aconteceu?"

Nas minhas listas essas notícias são repassadas, quando não imediatamente, pelo menos anunciando a missa de 7o dia. É claro que a ninguém ocorre comunicar seu iminente passamento. Às vezes essa comunicação é silenciosa, o amigo faz uma visita, até sorri e dali a algumas semanas ficamos sabendo que ele se foi.

Darcy Ribeiro disse a uma profissional do Hospital Sarah Kubitschek, onde estava internado (com câncer): “Eu preciso desesperadamente dar uma aula, mas eu quero dar aula a uma criança, me arranja uma criança”. Ela lhe trouxe seu filho, de dez anos. Ele terminou a aula, tomou banho, barbeou-se, colocou perfume – porque era vaidoso –, deitou-se, entrou em coma e morreu poucas horas depois.

Há dois meses e meio recebi um e-mail contendo apenas três linhas em termos não muito usuais:
Lailo qual é o teu tel e o teu cel
um abração do amigo
grato pelo que aprendi com voce

Sabia que ele estava muito mal, depois um amigo comum me falou sobre o agravamento da doença. Foi a despedida. O último e-mail.
Comigo ninguém precisa ficar em estado de dúvida. Na undécima hora, quando eu for convidado para a Vinha do Senhor tenho dois poemas para deixar no blog: o soneto 71 de Shakespeare,

No longer mourn for me when I am dead
Then you shall hear the surly sullen bell
Give warning to the world that I am fled
From this vile world, with vilest worms to dwell:

Nay, if you read this line, remember not
The hand that writ it; for I love you so
That I in your sweet thoughts would be forgot
If thinking on me then should make you woe.

O, if, I say, you look upon this verse
When I perhaps compounded am with clay,
Do not so much as my poor name rehearse.
But let your love even with my life decay,

Lest the wise world should look into your moan
And mock you with me after I am gone.

Ou o poema Tithonus de Lord Alfred Tennyson,

The woods decay, the woods decay and fall,
The vapours weep their burthen to the ground,
Man comes and tills the field and lies beneath,
And after many a summer dies the swan.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

O verso acima, e após muitos verões também o cisne morre, serviu de título a um livro do inglês Aldous Huxley, meio romance, meio ficção, Também o cisne morre, uma crítica ao desejo sempre alimentado pelo homem de viver eternamente.

Um post original, ou apenas um balaio de gatos?

O Americano Tranquilo, romance de Graham Greene, que li aos 20 anos de idade, apresenta uma técnica de narração muito usada no cinema - a narrativa começa pelo meio da história, no capítulo seguinte vai ao início. É como se dividíssemos o livro exatamente em duas partes e lêssemos os capítulos alternadamente. O último capítulo do primeiro livro nos revela os porquês da sequência que já havíamos lido no primeiro capítulo do segundo livro.

Certa vez tentei aplicar esse método para apressar o estudo de um idioma. Hipoteticamente dividi o livro em três partes e estudava as lições, em paralelo. Ao contrário do livro de Graham Greene, não deu muito certo.

Eu tenho dois "projetos" para o meu blog. Eu coloquei a palavra entre aspas porque ela está sendo muito usada e abusada, e eu acho que a palavra, abusada, perde o sentido, tornando-se corriqueira. É o caso da palavra "super". Não existe mais o muito bem, só o super bem. Virou uma gíria, uma palavra da moda. E eu sou muito encrenqueiro, dispenso as palavras da moda, não bato tambor na tribo, tenho meus meios de expressão... tradicionais. Há quem ache que o super já perdeu as forças, não mais traduz com fidelidade suas emoções e esse pessoal já está migrando para o híper bem.

Minha cabeça é muito louca, eu não consigo pensar numa coisa só. Alterno fatos, datas e tenho a tendência de seguir trilhas que me ocorrem ao longo do processo de escrever. Se bem que certos detalhes sirvam para ilustrar o todo, eu temo cair na prolixidade de um Marcel Proust, aquele do "Em Busca do Tempo Perdido", ao invés de ter a objetividade de um Carlos Drummond de Andrade, "Havia uma pedra no meio do caminho. E agora, José"?

Já estou no quinto parágrafo e não falei o que queria, e antes que isso se transforme em um balaio de gatos e o leitor perca o interesse, vamos ao assunto.
Hoje organizei, braçalmente, minha coluna Mais Lidos da Semana. Os leitores que vêm aqui por pesquisa às vezes fazem entrar nessa lista posts antigos, alguns até interessantes e que foram publicados no tempo em que meus leitores cabiam na palma da mão. Já republiquei três posts antigos, mas eles eram do blog desativado SEU LALO. Pretendo fazer uma republicação sistemática nos moldes do Túnel do Tempo, do by Osc@r Luiz.
Que ninguém me chame de plagiador. Republiquei a Última flor do Lácio aos 10 de abril de 2007 e eu ainda não conhecia o Oscar. Só não posso chamar de Túnel do Tempo, aí já é demaisss.

Certo dia, quando publiquei o post "Você sabe como capturar porcos selvagens?", observei ter conseguido 173 páginas vistas, número que perdurou por longo tempo, e isso sem motivo aparente. Descobri então que um blogueiro havia colocado na sidebar um link que ficou lá por duas ou três semanas. Ele por sua vez me disse que estava sendo linkado pelo Noblat. O mar transbordou e correram alguns filetes de água para os riachos. Recentemente fui linkado pelo site Super Vasco (sniff, sniff! - onomatopéia de chororô). Eles gostaram de um post meu e publicaram uma notícia a respeito. Fui para 746 pages view. Mas a coisa já esfriou e acordei para a realidade. Mas que levei um susto, levei!

Ter um link é bom, do jeito que for - escondido, em javascript, em formato de slide, no rodapé; melhor é tê-lo na sidebar direcionado a um post e acompanhado de um breve fragmento do texto. Esta é a novidade que estou aprontando para os meus amigos, tudo de coração, sem segundas intenções, hehehe. Basta ser meu amigo e ter um pouco de paciência. Não esperem muito de mim, não corram para o Google Analytics. Sou apenas um riozinho que nem sabe se chegará ao mar.

Blogagem coletiva - como estou escrevendo?

Campanha pelo português correto em blogs
Hoje tenho o compromisso de fazer três posts. O primeiro já cumpri, vamos ao segundo que, embora pareça fácil, vai me obrigar a algumas pesquisas.

Quando eu leio os blogs de alguns amigos e me deparo com algumas distrações eu fico um tantinho balançado. Eu gosto tanto dos meus amigos, por que eles cometem esses pecados? Eu compreendo que não se trata de nenhum pecado mortal, mas as pessoas podiam ser mais cuidadosas ou correr atrás. Eu, que tanto falo desses detalhes, fico arrasado quando deixo passar um erro. Mas eu consulto meus pais dos burros e fica o dito pelo não dito.

Eu sei que meu blog é pouco lido, do contrário estariam eliminados alguns deslizes de quem escreve. Deslize é com "s" ou com "z"? Por que esse idioma que eu amo tanto me maltrata dessa maneira? Algumas vezes tenho focalizado essas questões aqui no blog e vou enfatizar o que tenho dito - há três anos (já passou), daqui a três anos (é futuro).
Deu pra entender ou entenderam sem dar?

Outra questão, - a crase. A crase, entendam, é a contração da preposição a com o artigo feminino a. A propósito - propósito é substantivo masculino, não existe o artigo feminino a, não há crase. Em dúvida substituam o substantivo feminino por um masculino. Se pedir o artigo então haverá crase.
Resta saber qual é a regência do verbo. Reduza a velocidade - reduza não pede preposição, então esse a é apenas um artigo, não há crase.

Outro cavalo de batalha é o emprêgo da conjunção subordinativa condicional se mais o advérbio de negação não - se não, confrontado com o uso da Conjunção adversativa e preposição senão.
Fiquem espertos. Qualquer pesquisa no Google senão/se não vai tirar todas as dúvidas.
Não quero aqui enquadrar o emprêgo do miguxês, muito encontrado no Orkut e até em alguns blogs sob a forma EU TE ADD, VOCÊ ME ADD. Mas para esses não há solução, o fogo do inferno já os aguarda.

Vamos ao terceiro post. Vai ser chumbo do grosso.

Entrando em parafuso

Não sou muito de pedir desculpas quando não consigo cumprir meus compromissos de "blogueiro", ou seja, visitar os amigos, responder aos comentários, etc, etc, mas é que estou literalmente entrando em parafuso. Talvez seja pela minha falta de método, meu time não sabe quando atacar, como se defender, estou perdendo o jogo e o tempo se esvai. Desde ontem tento compor um pedido de vinhos mas sempre alguma coisa me atrapalha, inclusive escrever este post.

Pelo que vou escrever a seguir, se alguns dos meus antigos camaradas (não são os tavárish russos) chegarem aqui, e por certo farei com que cheguem, eles irão me censurar acerbamente dizendo, na nossa gíria bequeana, que estou dando GP. Como estes termos não constam em dicionário nenhum vamos a uma pequena tradução.
Bequeano(a) era qualquer coisa relativa a BQ, sigla de Barbacena Quartel, ou quartel em Barbacena. Se eu estiver errado alguém me corrija. GP seria "golpe de publicidade" ou "golpe de popularidade". A sigla surgia quando o aluno da EPCAr contava suas performances escolares para civis ou mesmo quando se "mostrava" diante dos colegas. Agora se diz: ele está "se achando".

Mas nada me demove, já falei em parafuso e uma coisa puxa outra. Quero falar agora dos meus reais parafusos, que seja GP, eu assumo.

Primeiro vinha o estol - cabrava-se o avião (vem do francês cabrer e significa elevar o nariz do aparelho acima da linha de vôo), retirava-se a mistura combustível-ar esperando a perda de forças do motor. Quando o avião começava a tremer levava-se rapidamente o manche a frente embicando o nariz e fazendo-se pé e mão contrários. O avião começou a girar em mergulho, já estamos em parafuso.
Pé direito e mão levando o manche à esquerda o avião gira à direita. Para sair do parafuso basta igualar os pedais; o avião para de girar. Depois é ir puxando o manche lentamente para estabilizar o aparelho.

Meus queridos amigos, eu estou assim, tentando equalizar meus pedais, para deixar minha vida fora da gira louca, querendo sair desse pique sem fim, almejando ver o sol brilhando num horizonte promissor. Acho que não demora.

Uma vez, uma loira

"Nunca houve mulher como Gilda"
Naturalmente, dito por Glenn Ford a respeito de Rita Hayworth

Um náufrago, certo dia, viu com imensa alegria que não estava mais só naquela ilha e, suprema felicidade, emergia do mar uma mulher. E como alegria de náufrago dura pouco, logo, brandindo o punho cerrado, ele vociferava:
- Que azar, uma loira. Detesto loiras!

Uma blonde a quem tive a insensatez de contar essa piada quis logo pegar uma briga comigo. Francamente, é só uma piada, e nem de loira é; o alvo era um "cabra" desmantelado e sem futuro, como diria o nordestino Mução.
E quem sou eu para dispensar uma loira? Só que tenho a pele morena e conheço meu lugar. E até para demonstrar que não tenho nenhum preconceito contra elas (fico até aborrecido com essas piadas idiotas que lhes são atribuídas) vou narrar o que aconteceu comigo quando tinha 22 anos.

Quando fui desligado da Aeronáutica procurei uma instituição que fazia testes de seleção para empresas para que atestasse que minha personalidade não era imatura como alegaram os milicos. Não deu em nada, uma junta médica manteve o laudo. Melhor teria sido dizerem que eu não me adaptava à vida militar. Dali a poucos meses a mesma instituição de seleção me avisou que havia um emprego à minha disposição. Fui parar como auxiliar no Departamento de Pessoal da Helena Rubinstein Produtos de Beleza. Era um grande departamento, só eu e o chefe. Ganhávamos o mesmo salário e fazíamos praticamente as mesmas tarefas por um motivo que não cabe explicar agora.

Após o carnaval de 1963 houve uma anunciada admissão de operárias na fábrica, que ficava na rua Bela, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. Quando cheguei naquele dia à fábrica levei o maior susto quando vi aquela multidão de mulheres em frente ao prédio. Por um momento pensei que eu me havia enganado de endereço. Subi. Já havia começado o expediente e nada da chefe das operárias. O sub-gerente me pediu que tirasse aquelas moças do sol e as conduzisse ao refeitório. Eram umas duzentas "ratinhas" atrás do flautista de Hamelin. Sabem o que é ratinha em Portugal? Nem queiram saber. Pois bem, sofri chacotas de toda espécie. Tenho certeza de que se se tratasse de duzentos homens e uma mulher eles seriam bem mais respeitosos.
A chefe da fábrica tinha grande experiência. Quando chegou, em breve espaço de tempo reduziu aquelas duzentas candidatas a menos de trinta e me pediu que retornasse ao refeitório com formulários de cadastro para serem preenchidos.

Foi quando a vi. Seus cabelos não eram mais negros que a asa da graúna, nem mais longos que seu talhe de palmeira como os de Iracema, a virgem dos lábios de mel, de José de Alencar. Eram sim cabelos de linho e o azul de seus olhos não lembrava nenhuma porção de céu sem nuvens porque aqueles olhos eram bem mais azuis, indescritíveis.
Quando recolhi as fichas separei a dela e me senti como o náufrago lá de cima. Uma bela navegante dera à minha praia, morava no meu bairro e eu teria companhia no meu barco, digo, no meu ônibus.
No dia seguinte a encarregada me entregou algumas fichas para que eu enviasse telegramas convocando as escolhidas para se apresentarem no emprego. Minha "bela moleira" estava de fora sob a alegação de que suas referências eram insuficientes. Eu prontamente me ofereci para telefonar para seus ex-patrões e complementar as informações.
Disseram-me de lá que não era praxe dar referências por telefone, mas como se tratava dela, excelente funcionária, abririam uma exceção. E se eu não achasse suficiente me dariam tudo por escrito. Agradeci.
Por que certas mulheres possuem o dom mágico de obterem a boa vontade dos homens? Paz na Terra aos homens de boa vontade. Ela nunca soube dessa minha ação em seu favor.
Eu sempre joguei limpo tanto com os homens quanto com as mulheres. Certos concorrentes meus se surpreendem quando, ao me pedir a fonte dos produtos da minha firma , eu forneço endereços e telefones sem temor algum. Que cada um seja feliz e faça por onde.
Então eu não inventei nada, a moça tinha méritos e precisava muito do emprego. Ela era o homem da casa, como me contou depois.

Quando ela se apresentou para trabalhar eu não quis preencher seu contrato, deixei isso a cargo do outro funcionário. Comecei a fazer outras tarefas, escastelado em minha Torre de Marfim. Eu já estava fazendo meus lances, movendo meus bispos, meus cavalos, minhas torres. A rainha teria que capitular. Um novo rei iria prevalecer naquele reino.
No primeiro dia de trabalho, encerrado o expediente, não a vi no ponto do ônibus. No dia seguinte um colega do escritório, que namorava uma operária que já fizera amizade com a menina, me contou que ela pegava o bonde até a Central, partida dos trens para o subúrbio. Mas logo houve uma greve de trens ou de bondes, não me lembro, e ela apareceu no ônibus... com o namorado. Com o noivo, me disse depois; ela tinha mania de casar.
Eu sempre lia algum livro no ônibus e lendo o meu livro fiquei e sequer olhei para eles.
Mais um dia e, no õnibus, ela veio sem o namorado e me disse:
- Você ontem estava todo orgulhoso. Nem olhou para mim.
- ??????????

Ela também estava fazendo seus lances. Senti que meu peão-quatro-do-rei estava em perigo. Ela me enredava em sua teia, mas tinha namorado.
Tudo acontecia muito rápido. O namorado de sua amiga (que na verdade era o estafeta do amor) me disse que ela tinha terminado o compromisso, recado esse adredemente combinado. Então marcamos um cinema para o fim de semana. Uma irmã foi conosco, segurando a vela, como se diz. Tudo muito bem comportado. Não fui até sua casa. Nos despedimos ainda próximo ao cinema.
Naquela época houve um blackout prolongado na região. Na segunda-feira levei-a próximo à sua casa e pudemos desfrutar daquela absoluta falta de luz. Não vou descrever aqui qual o entendimento que tivemos naquela noite, mesmo porque não me lembro, juro.

Esta narrativa está com jeito de diário, os fatos se sucedem dia a dia. Na terça-feira a moça tinha algo a me confessar. Não tinha terminado o namoro. E disse mais: no dia do cinema, logo após nos despedirmos, na outra esquina encontrou o namorado. Já imaginaram a cena? Eu desafiado para um duelo tipo capa e espada... ou tendo que escolher padrinhos para resolver a disputa, na madrugada envolta em nevoeiro, num duelo a pistola. Bastaria que uma gota do meu sangue fosse derramada para que a honra daquele mancebo fosse lavada. Mas eu tenho horror a derramamento de sangue, principalmente quando é o meu B positivo. E assim terminou o que mal havia começado, no tempo e na forma.

- Mas eu não gosto dele, ela ponderou.

Não entendi até hoje o que ela pretendia. Colocar-me no lugar do noivo, transferindo para mim a responsabilidade de realizar seus sonhos? Ela tinha mania de casamento, já disse.

Mais pra frente, e não por causa dela, me afastei da firma. Retornei um dia para tentar vender uns papéis ao gerente da fábrica e encontrei aquele meu colega, o estafeta. Ele ainda me falou dela, que também havia saído da firma. Contou que em um de seus últimos dias ela chegara à fábrica num vestido branco deslumbrante, mais linda que nunca, parecia uma rainha. Não aparentava de modo algum ser uma simples operária. Alguém diria que se tratava de uma nova demonstradora, aquelas moças lindíssimas, enormemente maquiadas, que divulgavam os produtos da firma nas grandes lojas de cosméticos. Ou seria uma estrela de Hollywood? Não sei o que o gerente da fábrica pensou, mas perdeu a linha quando a viu. Não tentou disfarçar sua admiração, arregalou os olhos e, arriscando-se a ter um torcicolo, volteou a cabeça como quem acompanha o incandescente asteróide invadindo a atmosfera terrestre.

Escrever blogs, ler blogs

Tenho no agregador uma mensagem lida mas que não marquei como lida. O blogueiro escreveu: "Pare de ler blogs". Pelo visto ele parou de ler e também de escrever. Vou deixar a assinatura ativa por mais um tempo; se ele ressuscitar eu verei.
Na mesma linha de raciocínio li o seguinte título em um blog de frequência superlativa: "Como fazer a vida ressurgir em seu blog", com o subtítulo: "Está pensando em puxar a tomada do seu blog"? E eram dados conselhos para a manutenção dos escritos.
Chega uma hora em que cessa tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta. É o tempo que está escasso para os estudos, é um casamento novo e um novo estilo de vida, é uma doença na familia, são problemas de ordem pessoal. Um blog é um consumidor de tempo, mais na leitura de outros blogs. Então o blogueiro dizia: pare de ler blogs, você está ficando maluco!
Li num enderêço que não consegui guardar, conselhos para se economizar o tempo dispendido com blogs. Um desses conselhos era tentar não moderar comentários. A quantidade de mensagens indesejáveis é ínfima. Até hoje só precisei deletar um comentário. O fulano deixou um comercial no comentário. Inqualificável.
Outro ítem era parar de ler as estatísticas do blog constantemente. Uma vez por semana seria o suficiente.
De um certo modo os leitores de feeds facilitam a vida. Você tem uma visão do que trata o blog e pode decidir ler ou não.

A verdade é que vejo que vários blogueiros estão indo embora sem deixar rastro. Deixo um aviso para os meus amigos: o último a sair apague a luz.

Eles que são brancos que se entendam

A revista VEJA diz que as aparências enganam para a seguinte indagação: no Brasil, Hillary seria tucana e Obama, petista?

Sobre Hillary: Ao contrário das aparências, Hillary cultiva inimigos com zelo de ourives e tem um pé no sectarismo político, defeitos que vem procurando corrigir desde que chegou ao Senado em 2000. Dona de posições firmes, ela não sobe no muro, mas desce a ripa.

Sobre Obama: Obama está empolgando a juventude americana, sempre tão alheia à política, e o entusiasmo que desperta empresta um sentido todo especial ao grito de guerra que milhares de obamistas entoam em cada discurso do candidato: "Yes, we can! Yes, we can!"
Uma terceira figura movimenta as peças nesse jogo. No jogo das falsas aparências, John McCain, veterano da Guerra do Vietnã, 71 anos, cabelos brancos, sulista do Arizona, parece um tipo como o catarinense Jorge Bornhausen, velho cacique do velho PFL.

Num livro escrito por Monteiro Lobato em 1926, O Presidente Negro, três candidatos disputam os votos: o negro Jim Roy, a feminista Evelyn Astor e o presidente Kerlog, candidato à reeleição. A cisão da sociedade branca em partido masculino e feminino possibilita a eleição do candidato negro.
Podemos reconhecer nos personagens do livro os candidatos atuais, só a disputa é que se dá sob um ângulo diferente: Hillary e Obama.

À medida que o processo eleitoral americano avança, cresce nas pessoas de todo o mundo o interesse em saber dos detalhes e das possibilidades de cada candidato. Agora mesmo se diz que Obama seria um cavalo de Tróia dos muçulmanos dentro da vida americana. E perguntam: se ele for o próximo presidente fará o juramento solene com a mão sobre a Bíblia ou sobre o Corão, como tem feito até agora?

O fato é que cresce também o interesse no livro de Monteiro Lobato. Eu tenho uma leve inclinação por Barack Hussein Obama - que nome estranho, não?, lembra Osama, lembra Saddam Hussein... E esse personagem, seria o Lula dos americanos? A palavra de ordem de Obama é "change", a de Lula também era...

Bem, o Obama daqui já nos dá muito o que fazer. Deixemos os americanos cuidarem do Obama de lá. Eles que são brancos que se entendam.

Mazzaropi, um gênio do seu tempo

Minha memória me traiu. Achei que Mazzaropi fazia parte do elenco de "O comprador de fazendas". Mas esse filme foi estrelado por Procópio Ferreira, Henriette Morineau e Hélio Souto. Foi um tremendo sucesso, tanto de crítica quanto de público. O filme é baseado em um conto do livro “Urupês” de Monteiro Lobato e tudo que é Lobato está fadado ao sucesso.
Meu pai adorava o Mazzaropi. Por causa do filme "Nadando em dinheiro". Mazzaropi é Isidoro, um pobre motorista que herda uma fortuna e tem a vida mudada da noite para o dia. Sua mulher vira uma senhora da sociedade, seu cachorro ganha uma casa enorme e até seu antigo caminhão ganha uma equipe de mecânicos. Mas será que ele vai conseguir esquecer suas origens humildes e largar de vez seu jeitão simples? Agora ele vai ter de se adaptar à nova vida de grã-fino, cheia do "bão e do melhor", cheia de dinheiro e cheia de trapalhadas!
Meu pai também era motorista, tinha um caminhão bem melhor que o do Mazzaropi e gostava de comentar a seguinte cena do filme: o freguês chegava e, dada a precariedade do veículo do jeca, queria pular a fila e pegar um caminhão mais bem conservado. Dizia o Mazzaropi:
- Não senhor, tem que ir comigo. Aonde aquele vai, esse vai. E aonde esse vai, aquele não vai!
E meu pai ria às gargalhadas.
É tão bom lembrar do meu pai, uma pessoa boa, até certo ponto ingênua e que acreditava nas pessoas, na humanidade. Eu também acredito nas pessoas. Tenho um algorítmo para me guiar nesses julgamentos. Mas se ou quando ele falhar, estou ferrado. Fica para outro post.
Noutra cena do filme, Mazzaropi está na rua, à noite, com os amigos humildes como ele, saboreando gostosíssimas mangas. Tinha abandonado a festa em sua casa onde os granfinos se divertiam e comentava:
- Aqueles desgraçados estão lá tomando... cerveja preta!

Escrevi esse post porque li que Mazzaropi era homosexual. Também uma amiga enfatizou num post meu a opção sexual do genial cineasta.
Eu penso que o artista não tem sexo, assim como os anjos. Convém não extrapolar. Como diz o governo: solte a franga com moderação!

Quem imita quem?

Oscar Wilde dizia que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida. Mas seria isto verdade?
Sem dúvida que é verdade. Quem já leu Jorge Amado, veja se a dupla de Nova York não mandou um "A morte e a morte de Quincas Berro D'Água" no quotidiano da cidade...
Além de ler o livro vi a encenação do conto (ou romance?) na TV Globo no tempo em que promoviam menos porcarias. Também assisti ao "Homem que sabia javanês". Depois fui ler o livro... na internet. Atualmente o canal dá prioridade às inteligentes novelas, cheias de conteúdo, ou ao simulacro do Grande Irmão, de George Orwell.
Mas vamos aos fatos. Eis o que li no Portal G1:
Dois homens de 65 anos chocaram os moradores de Nova York depois de perambular pelas ruas da cidade com o corpo de um amigo morto.
Eles tentavam descontar um cheque de US$ 355 (pouco mais de R$ 600) do Seguro Social de Virgilio Cintron. Virgilio, de 66 anos, morreu de causas naturais. Seu corpo era arrastado para lá e para cá em uma cadeira de escritório.


Não resta dúvida de que o Quincas Berro D'Água, de Jorge Amado, foi muito mais participativo. Foi levado a um bar, onde bebeu e comeu de mais da conta. E quando saiu uma briga, não deixou por menos, bateu mais do que apanhou.

Chávez está com cara de pastel

Tenho vontade de divulgar certas matérias mas, também, receio de ficar com cara de pastel. O PAC do Ronaldo Fenômeno para mim não passa de uma jogada de marketing sustentada pela FlaPress. Mas digamos que o Flamengo consiga mesmo contratar essa mala, como é que eu fico? Destilo meu veneno e a minha "credibilidade" vai a zero...

O grupo rebelde Farc admite que menino em orfanato é filho de refém. O Chávez montou a Operação Emmanuel para resgatar uma mentira. Agora todos se acusam. E o presidente Álvaro Uribe, da Colômbia, imaginem, está sendo acusado pelas Farc de ter sequestrado o menino.

Tomei conhecimento de que a Sony lançou em agosto uma nova câmera digital que pode ser regulada para níveis de sorriso. Ela só dispara se o modelo estiver sorrindo. E, segundo o site Bocaberta, agora só falta uma que detecte sorrisos falsos para podermos descobrir quem é realmente nosso amigo.

Vamos então juntar, num mesmo quadro, o Chávez, o Néstor Kirchner, o Sarcozy, o Oliver Stone, o toptop Garcia, e por que não? o Lula... De posse dessa Sony vamos dizer-lhes: sai na foto apenas quem não estiver com cara de pastel.

Faze conforme tua consciência e o Senhor te proverá

Antes de iniciar quero esclarecer que os textos em vermelho não foram redigidos por mim. Pertencem às pesquisas relacionadas ao final.

Os amigos me mandam e-mails e espicaçam minha verve investigativa. Sou pessoa incrédula e não obrigado a acreditar nas coisas que leio, ainda mais vindas pela internet, essa teia de idéias desencontradas e desordenadas, onde muita aleivosia é jogada ao ventilador dos cristãos novos.
Então eu quero saber como se distribui riqueza. Na época da ditadura as quituteiras de plantão sovavam um bolo promissor. Quando adquirisse as dimensões requeridas seria amplamente repartido entre as massas sacrificadas do nosso Brasil. Mas parece que o bolo solou. Ou ficou bom demais, porque só os ricos é que o comeram.

No fenae.org.br li que uma das primeiras medidas sinalizadas pelo presidente do Movimento ao Socialismo (MAS) eleito na Bolívia, Evo Morales, foi o pedido de formulação de uma proposta de imposto sobre a riqueza aos que ganham acima de 8 mil bolivianos (cerca de R$ 2,3 mil). Segundo afirmou, o objetivo visa a eqüidade social e não a punição da riqueza. “Queremos que todos participem de forma conjunta”, afirmou o Morales.
O senhor Morales está mirando mucho abajo. Quem ganha R$ 2,3 mil está no cheque especial, não tem como degustar um queijo minas meia cura do Sítio Solidão ou um Courmayeur cabernet franc, que é um vinho mediano e não tem, portanto, como transferir grana para os pobres-pobres. Tomei conhecimento desta nomenclatura em outro e-mail de outro amigo. O rico-pobre tem muito dinheiro mas nenhuma cultura. Gasta em inutilidades, não sabe o que é um bom livro, ouve pagode e come no Mac Donald, ou no Habib's. O rico-rico tem dinheiro, muita cultura e sabe que é importante transferir, pelo menos a cultura, para as classes menos favorecidas. O pobre-rico não tem dinheiro mas tem cultura. Sempre que pode lê um bom livro, vai ao teatro, ouve o Pavarotti. O pobre-pobre é pobre de marré deci...

Segue a pesquisa: O turismo transformou-se em uma das ferramentas mais eficazes na luta contra a pobreza no mundo e deve ser utilizado para melhorar a vida das pessoas mais pobres. A afirmação é de Lelei LeLaulu, Presidente do Counterpart International, uma organização humanitária de desenvolvimento global.
Não se assustem, esse personagem existe. Não é uma aliteração do nome do nosso querido presidente. Mas aguardem que vai sobrar pra ele já já.
"Nos últimos anos, bilhões dos dólares passaram das economias que têm para as economias que não têm por meio do crescimento global das viagens, fazendo do turismo o maior captador de dinheiro para o crescimento econômico e o desenvolvimento", diz LeLaulu.

E segue a procissão: Chegamos ao Lula.
O bolsa-família é um programa do Governo Federal de Lula instituído no Brasil em outubro de 2003. O programa prevê a doação de R$ 50,00 por mês para as famílias que tenham uma renda per capita mensal de até R$ 60,00. Entretanto, estes benefícios que aparentemente destinam-se às pessoas mais pobres, estão beneficiando indiretamente outros setores da sociedade. Um deles é o setor político: os políticos corruptos estão desviando boa parte dos recursos do programa bolsa-família. Dos 5.560 municípios brasileiros, detectaram-se irregularidades em pelo menos 121 municípios. Os recursos do programa têm sido usados para engordar os rendimentos de vereadores, como ocorreu na cidade de Nazaré, ou ainda para eleger candidatos apoiados pelo governo, como aconteceu em Guaribas e Acauã, ambas no Piauí.

Outros se beneficiam dos programas indiretamente. É o caso dos grandes proprietários de terras do nordeste brasileiro e dos comerciantes das pequenas cidades do interior. Os primeiros se beneficiam pelo fato dos trabalhadores rurais estarem se recusando a trabalhar com registro em carteira para não perder o direito ao bolsa-família, pois o salário registrado em carteira comprovaria que sua renda é superior ao teto admitido no programa.

Mergulhando mais um pouco (sou pato novo mas gosto de ir fundo, ao contrário do que apregoam sobre patos novos).
Falar sobre vida financeira, às vezes, é muito polêmico – o fato, porém, é que a Bíblia tem muito a ensinar nesta área.
A quem pertencem as riquezas?
Ag 2.8: “Tanto a prata quanto o ouro me pertencem”, declara o Senhor dos Exércitos”.
Quando se fala em bênção só pensamos em coisas espirituais: salvação, paz, vida eterna...
Mas Deus deseja ver Seus filhos com saúde, bem empregados, alimentando-se corretamente, estudando em boas escolas, com vida digna...
Sempre que a Bíblia fala de bênçãos ela fala de boas colheitas, de chuvas para a terra, fala de ovelhas, plantações, esposa abençoada, filhos abençoados. É o plano de Deus!
Is 45.3: “Darei a você os tesouros das trevas, riquezas armazenadas em locais secretos, para que você saiba que eu sou o Senhor”.
Deus vai transferir dos ímpios, tesouros para Seus filhos por meios variados: voluntários, vendas facilitadas, falências...
Pv 13.22 declara: “...a riqueza do pecador é armazenada para os justos”.
Também pela oração: podemos pedir a conversão de pessoas ricas, empresários, industriais.
Qual a finalidade desta transferência de riquezas?
É para a obra do Senhor.

Chegamos ao final da pesquisa e ainda não descobri como se transfere a riqueza. Como deixarei de ser menos rico depois que transferir parte de meus bens para um pobretão sequioso de justiça social? A Casa da Moeda tem suas limitações, não pode fabricar dinheiro para ser distribuído aos pobres. O dinheiro tem que circular, passar de mão em mão. Mas eu acho que sempre vai para as mãos dos ricos.
Judas pediu trinta dinheiros por um beijo dado no Filho do Criador. Irônicamente é a mesma quantia pedida pelos pretensos representantes do Filho de Deus na Terra. Eles vão te curar de todos os males. Você vai experimentar o poder de um milagre autêntico. Tua vida financeira não vai conhecer limites - carros na garagem, apartamentos de luxo, casas na praia e no campo, uma vida abastada. Joãozinho Trinta, o carnavalesco da Beija-Flor, dizia que o povo gosta de luxo, não de lixo. Deus não quer miséria para seu povo, só bem-aventurança. Um dia seremos todos ricos materialmente. Num outro dia muito próximo seremos ricos espiritualmente e alcançaremos o plano mais alto por que anseia nossa alma. Porém alguns não querem esperar outra existência, querem experimentar as delícias do paraíso ainda nesta vida. Para tanto te cobram apenas trinta dinheiros.

A quem pertence este casebre? A um desses bispos dos pobres que te prometem todas as riquezas materiais nesta vida e a bem aventurança eterna no reino de Deus. Tua "riqueza" foi tranferida para eles.


A fera e a fera


Este foi o título dado pelo Blog do Josias à foto acima. Logo cedo ouvi na rádio CBN que o clima ontem, após o segundo turno de votação de prorrogação da DRU, tinha sido de ampla confraternização e que a senadora Ideli Salvatti tinha dado beijo na boca do Sarney. Até aí nada demais, um beijo puramente ideológico. Mas agora, olhando a foto, achei aquela mão na nuca um tanto ou quanto fora de propósito. Onde está o Sr. Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que não enxerga no fato a configuração de quebra do decoro?