Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Lisa Stansfield


Há quase quatro anos a Stansfield apareceu neste blog, cantando com o admirável barítono-baixo Barry White. Eu a conheci nos antigos programas de clip na televisão, justamente cantando "Change", que aparece no vídeo abaixo. 

Nascida na Inglaterra, no próximo abril ela estará completando 44 anos. Uma autêntica e linda balzaqueana.

Mais informações podem ser encontradas em sua página, aqui.

Vamos ao vídeo. Adorei a tremidinha da sobrancelha.

PS.: Tive que substituir o vídeo da postagem original, bloqueado que foi pela Sony Music. Agora não há mais a tremidinha da sobrancelha...

Cavalos de aço ou bondes puxados a burro?

Sapucaia, RJ, um cartão postal para o trem bala

Teixeira Leite, antiga Concórdia. Vergonha alheia para o trem bala

O que já foi progresso, hoje é peça de museu, nem valor romântico tem mais. As antigas crônicas asseveram que Nilópolis já foi uma localidade progressista, já teve bondes puxados a burro. Já teve também livrarias onde, na minha infância, eu alimentava meu imaginário. Comprava livretos do Pedro Malasartes e outras historietas de que nem mais me lembro. Atualmente, livros em Nilópolis, só os didáticos. De repente me dá uma louca e eu monto uma livraria, com um espaço para exposição de arte, quem sabe, um Cyber Café?

Sou um grande cliente do Google Earth. Faço viagens homéricas. Vejo fotos e me fascinam aquelas antigas, abandonadas estações ferroviárias pelo Brasil inteiro. Pessoalmente já testemunhei alguns desses abandonos. Já fotografei a grande ponte metálica na localidade Vera Cruz, em Miguel Pereira, montada sob a supervisão do engenheiro Paulo de Frontin. O cavalo de aço não passa mais por lá. Tudo acabou.

Eu me transporto ao passado e me imagino integrado ao progresso das diversas localidades servidas pelo trem "Maria Fumaça", as estações repletas de passageiros vestidos nas suas melhores roupas, a alegria da partida, a alegria da chegada. Tudo acabou.

Durante todo um ano letivo estive em Barbacena, Minas Gerais. O trem era o transporte oficial. Os alunos da Escola foram inclusive de trem até Belo Horizonte para o desfile de 7 de setembro em 1958. Tudo acabou.

Nem tudo está perdido, o trem bala vem aí. As estações abandonadas, algumas delas estão em bom estado. Não farão vergonha ao cavalo de aço do futuro. 

As crônicas sobre Nilópolis também revelam que em um dos dois rios (agora valões fétidos) que delimitam o município havia um pequeno cais para embarcações. Mas esse é assunto para outro post. Comecei a pesquisar e fui longe demais, ficarei apenas nos trens. 

Quero deixar consignado, nos anais deste blog, com uma certa indignação, que desprezamos a cultura dos países de primeiro mundo, como se primeiro mundo fôssemos e eles, o terceiro. Ferrovias, navegação fluvial não são para nós, são para civilizações atrasadas. 

O Brasil é um cartão postal de "antigas estações ferroviárias". Aboliram esse "atraso" quase que de norte a sul do país. Trem, apenas os de carga; em muitos lugares nem isso.

Parece, no entanto, que o bichinho da corrupção mordeu o pessoal e já estão falando no trem bala. Não aposto um centavo nesse projeto, pelo menos não no eixo Rio-São Paulo.

Eu vou ficando por aqui. Querer se estender no assunto renderia um livro, que trataria, inclusive, da safadeza dos governantes... homens e... mulheres.

PS: Se meu projeto andar, no Cyber Café haverá um grande mural com fotos e histórias sobre o maltratado transporte ferroviário no Brasil.

A Rampini é do cacete


Não sei o que já escrevi a respeito de cachaça. Se estiver sendo repetitivo, me avisem. 

Primeira narrativa: Adauto Rampini me dasautorizou mas eu vou contar. Ele foi a um encontro de produtores e levou a sua cachaça, a curtida, 18 meses, um uísque, na acepção da palavra. Alguém levou a Anísio Santiago, um ícone, 320 reais a garrafa no centro do Rio. Bebericaram. Depois beberam a Rampini, que eu vendo a 22 reais. Ninguém mais falou na Anísio Santiago.

Eu já bebi a Anísio Santiago, não é essa brastemp toda. A Rampini é bem mais suave. Fiquei de colocar no blog esse imbroglio. O Rampini me interpelou: Tá maluco? Ora, Adauto, o Anísio Santiago já morreu. Ninguém vai te pegar...

Segunda narrativa: Eu moro na zona do fome zero. Churrascarias, bares pizzarias, o cacete. Havia até um Frutos do Mar. Fui lá numa noite. Pedi uma fritada de bacalhau. Quando levanto a vista vejo na prateleira - Cachaça Havana. Enlouqueci. Era o antigo rótulo da Anísio Santiago. Pedi para ver de perto. O garçon ficou de me atender no dia seguinte. 

No dia seguinte fui lá, com a dona Laíla. Pedimos não sei o que. O garçom me trouxe a garrafa, um rótulo meio comido pelas traças, a chapinha bem empretecida. Quanto é a dose? Três e cinquenta, ele me respondeu. Está por fora, pensei.

Ele botou uma dose generosa. Um colar acentuado tomou conta da taça. Senti o perfume. Queimou o nariz. Cheirei novamente e novamente. A mulher perguntou, não vai beber, vai ficar cheirando? 

Você que é entendido, sabe que antes de beber é preciso cheirar. E não estou falando só da bebida. Quando desceu, queimou, queimou legal. Fiquei de comprar uma garrafa. O garçom disse que precisava falar com o dono da casa. Voltei no dia seguinte. Ele me disse que tinha levado o maior esporro. Nem era pra ter aberto a garrafa.

Bem, conheci a Anísio Santiago. Ainda sou mais a Rampini. Não fico sem ela...

A inspiração da manhã


Hoje antes do café, ou melhor - durante, trauteei uma melodia. Vivo fazendo isso. Esperando minha vez na barbearia, na fila do Banco, em situações diversas, mesmo agora. Larguei daqui, fui ao Note Flight, o site de música, escrevi 16 compassos e voltei.

Continuando. Se não escrever, esqueço. Foram três compassos apenas. Para violão. Depois achei que cabia uma parte de piano. O violão não sobressaía, não se destacava do piano, mudei para clarinete. 

Bateria, não entendo nada de bateria (drums) mas preciso praticar. Sei que não vai ficar bom, quem sabe alguém me ajuda?

De repente vejo lá, Distortion Electric Guitar. Mais uma pauta introduzida.

Na primeira parte, depois da melodia (clarinete) coloquei o piano, depois a guitarra e a bateria. Na segunda parte fiz diferente. Acabada a melodia entrei com a guitarra. Finalmente o piano e a bateria. A bateria coloquei por colocar, sei que não soa bem.

Note Flight, além de ser um site onde você exercita sua veia musical, também tem o lado social. Na aba Browse as pessoas vêem todas as músicas publicadas, podem abrí-las, executá-las, marcar como favoritas e... fazer comentários. Nesses comentários há críticas, elogios, sugestões e eles também servem como um cartão de visitas do comentarista. Há os que pedem, na cara dura, para serem visitados e comentados. É como em qualquer rede social, Twitter, blogs, Facebook, etc. Eu digo que pelo menos 50% dos americanos que me seguem no Twitter pedem para serem contatados também no Facebook.

Já publiquei um post sobre o Note Flight no blog Caldo de Cultura. Acho que ficou no lugar errado. Mais apropriado ficaria aqui no Lugar_RSI, com a tag seu lalo. Quem quiser ler esse post, clique AQUI.

A seguir a música que chamei de MATINAL, feita hoje de manhã.