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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Patricia Barber ou, Qual seu conhecimento de música?


Eu era um leitor assíduo das Seleções do Readers's Digest aos 14 anos. Meu tio era assinante da revista e eu pegava carona. Bem mais tarde, quando tive dinheiro, também fiz uma assinatura, de tanto que eu gostava dos artigos diversos, se bem que divulgassem principalmente o estilo de vida americano, the american way of life.

Eu me lembro da série que discorria sobre os imigrantes na América, principalmente dos que atuaram na música: Alfred Arnold Cocozza (Mário Lanza), Francis Albert Sinatra (Frank Sinatra), Pierino Como (Perry Como, um dos meus favoritos), esses, "italianos". Leonard Warenoff (Leonard Warren) nasceu em Nova York e era filho de judeus russos; na minha modesta opinião nunca houve uma voz de barítono igual à sua.

Um artigo inesquecível (olha eu aqui lembrando dele) falava de um casal que residia próximo a um quartel. Certa vez, regressando do trabalho, o marido presenciou sua esposa no maior papo com alguns militares dentro de casa e reclamou da situação. Os militares alegaram que ele não podia monopolizar a simpatia de sua esposa, ninguém podia ter direitos exclusivos sobre o sol.

Um outro artigo tratava do gosto musical de Albert Eistein. Em uma audição particular, na mansão de um ilustre cidadão, o cientista sentou-se ao lado de um jovem jornalista e percebeu que ele se sentia muito desconfortável. Entendendo seu problema levou-o a um aposento no andar superior da casa e lá colocou uma música de jazz, intrumental, muito simples - Blue Moon -, para tocar e comentou sobre os diversos instrumentos e sobre as características da composição.
Em seguida colcou na vitrola um clássico fácil (pense em L'après-midi d'un faune, de Claude Debussy).





Leopold Stokowski regendo a London Symphony Orchestra. Música lindíssima. Ganhe um tempo ouvindo-a, primeira e segunda partes.

Depois passaram a algo mais complicado (pense no Concerto para Dois Pianos e Orquestra, de Francis Poulenc).



Paola Bruni e Pasquale Iannone ao piano executam o primeiro movimento do concerto

Quando regressaram ao local da audição a fisionomia do jovem "aluno" de Eisten já era outra.

Hoje descobri a execução de uma música que achei muito didática, por isso a digressão a respeito da Reader's Digest, terminando em Eistein. É uma valsa escrita em 1942 por Thomas “Fats” Waller inspirada em exercícios para piano que seu filho Maurice praticava. Aqui os músicos são Patricia Barber, ao piano, e Joe Locke no vibrafone. Não consegui descobrir o nome do guitarrista.

3 comments:

14 de junho de 2009 às 01:43 Adao Braga disse...

Perdi o interesse pelas Seleções, quando eles começaram e insistiram em querer dar-me 1 carro e 300.000 reais em prêmio, se eu adquirisse certos produtos... então, fiquei chateado, e parei de ler a revista, e pedi ao carteiro que desse fim, a qualquer publicação vinda da fonte a mim, disse-lhe:

- Não carregue peso, nem perca seu tempo. Se for este remetente, jogue no lixo lá mesmo na agência.

20 de junho de 2009 às 06:15 mara* disse...

Não conhecia Patricia Barber, vou procurar mais sobre ela, ao contrário de você, gosto de saber sobre a vida dos artistas. Dusty Springfield, a rainha branca do soul, jogava no mesmo time que Patricia.

24 de junho de 2009 às 03:57 Adao Braga disse...

Problemas já tive aos mntes, mas, eu gosto dos produtos Microsoft. Agora, estou usando o windows 7 com o IE 8, para verificar se os problemas também ocorrem neste SO, e neste navegador, bem como, estou baixando e vou instalar o Antivirus da MS, ainda antes do amanhecer.

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