Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Quando eu for pequeno

No Citador, por ocasião do dia das Mães

José Jorge Letria, in "O Livro Branco da Melancolia"

Quando eu for pequeno, mãe,
quero ouvir de novo a tua voz
na campânula de som dos meus dias
inquietos, apressados, fustigados pelo medo.
Subirás comigo as ruas íngremes
com a certeza dócil de que só o empedrado
e o cansaço da subida
me entregarão ao sossego do sono.

Quando eu for pequeno, mãe,
os teus olhos voltarão a ver
nem que seja o fio do destino
desenhado por uma estrela cadente
no cetim azul das tardes
sobre a baía dos veleiros imaginados.

Quando eu for pequeno, mãe,
nenhum de nós falará da morte,
a não ser para confirmarmos
que ela só vem quando a chamamos
e que os animais fazem um círculo
para sabermos de antemão que vai chegar.

Quando eu for pequeno, mãe,
trarei as papoilas e os búzios
para a tua mesa de tricotar encontros,
e então ficaremos debaixo de um alpendre
a ouvir uma banda a tocar
enquanto o pai ao longe nos acena,
lenço branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando que vai voltar porque eu sou pequeno
e a orfandade até nos olhos deixa marcas.

Sobre os mais lidos da semana 20-26/abril

Ou, puxando a brasa para a minha sardinha

Com exceção do Gustavo Dudamel e do Comer tatú, todos os outros posts são frequentes nesta relação, com predominância para Carmen Monarcha, Minha melhor partida de damas e O Presidente Negro. A volta deste último post foi consequencia de tê-lo colocado no Vale a Pena Ler de Novo, comemorando o Dia Nacional do Livro - 18 de abril.

Minha melhor partida de damas é o peixe fora d'água. Com toda a certeza, mesmo estando na relação dos mais lidos, nenhum leitor do blog tem interesse no assunto. Então vou copiá-lo para o blog Shashki, transliteração do russo Шашки, que só trata de jogo de damas.

Algumas pessoas reagiram ao título Gustavo Dudamel, o melhor maestro do mundo, respondendo com Seiji Osawa, Pierre Boulez, Claudio Abbado e outros. Eu simplesmente fiquei empolgado com o trabalho musical que se faz com a juventude venezuelana do qual Dudamel é o resultado mais espetacular. Ele pode não ser realmente o melhor maestro do mundo, apenas uma promessa, mas é um fora-de-série, que sabe o que quer. O atleta Pelé também surgiu como uma promessa.

Quando ouço uma obra sinfônica - e vou confessar minha ignorância -, não me ligo muito naquela figura com uma varinha na mão à frente da orquestra. Com Dudamel é que comecei a prestar atenção no trabalho do maestro, porque assisti aos vídeos de seus ensaios. Ele tem sempre recomendações sobre o desempenho de cada músico. Exige de pessoas algumas com idade de ser seu avô. Carmen Monarcha até hoje não sabe como o maestro André Rieu ouviu sua voz num coro de cem mulheres e a convidou para solista da orquestra.

Para ilustrar, uma piada sobre maestros:

Aquele maestro novato, incompetente, arrogante, incomodava os músicos da orquestra. A uma sua intervenção desastrada num ensaio o timpanista, revoltado, reagiu brandindo seu instrumento:

- Bong! bong! bong! bong!
Ao que ele prontamente retrucou:
- Agora chega! Não admitirei mais indisciplinas! Quem fez isto?

Eu gosto dessa relação semanal dos mais lidos porque tenho a oportunidade de rever textos antigos meus e, quando houver, recordar os comentários dos leitores. E como eu ando muito lento aqui nos trabalhos vai o Comer tatú dá dor nas costas figurar na relação Vale a Pena Ler de Novo. É um assunto sempre atual. Nada a fazer. Talvez recordar aquele locutor apressadinho que fala ao final dos comerciais de medicamentos na TV: "Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado". O problema é achar um médico para curar esse tipo de doença.


Dmitri Hvorostovsky - Kak molody my byli

Gosto não se discute, já disse alguém, e isso vale para qualquer atividade.
Desde que comecei a ouvir música lírica minha atenção era toda para os tenores, uma infinidade deles, mas meu xodó era Mario Lanza. Coisa de garoto de 14 anos. Beniamino Gigli era bem superior. Mas foram chegando os barítonos: o italiano Gino Bechi e o ator cinematográfico Howard Keel, até que conheci Leonard Warren, que considero a voz mais privilegiada entre todas dessa tessitura. Antes de continuar, recomendo ouvirem Una Strada nel Bosco, com um Gino Bechi já idoso (faleceu em fevereiro de 1993), mas senhor de uma respiração impecável, qualidade indispensável a um bom cantor.

Andei ouvindo, por esses dias, algumas canções interpretadas por Dmitri Hvorostovsky e há várias referências a ele aqui no blog. Possui uma voz possante, de belo timbre, tem bom desempenho no palco, o que faz uma grande diferença para um cantor de ópera. Eu o considero um dos maiores barítonos da atualidade. Alguns consideram que o russo Pavel Lisitsian foi melhor que Dmitri. Esse é o ponto, foi, ou pode ter sido. Pavel aposentou-se em 1966 e faleceu em 2004, teve pouca divulgação no Ocidente.

No presente vídeo me chamou a atenção o clima de tristeza e nostalgia que se apoderou de várias pessoas da platéia provocando-lhes algumas recônditas lágrimas. O próprio Hvorostovsky, a meu ver, no final da apresentação procura se controlar para que a emoção não lhe embargue a voz. Por que tanta emoção?

Filtrando as péssimas traduções, russo-português do Babylon e russo-inglês do Windows Translator, consegui entender que a canção fala dos erros cometidos na juventude, uma tenra idade onde prevalece a auto-suficiência e o culto à beleza. Kak molody my byli - Como éramos jovens.

Como curiosidade seguem a letra da música em russo e a transliteração para o alfabeto latino. Quem sabe, alguém se aventura...



Градский Александр - "Как Молоды мы Были"

Оглянись незнакомый прохожий,
Мне твой взгляд неподкупный знаком.
Может я это - только моложе,
Не всегда мы себя узнаем.

Ничто на земле не проходит бесследно,
И юность ушедшая все же бессмертна.
Как молоды мы были!
Как молоды мы были...
Как искренне любили,
Как верили в себя.

Нас тогда без усмешек встречали,
Все цветы на дорогах земли.
Мы друзей за ошибки прощали,
Лишь измены простить не могли.

Ничто на земле... etc.

Первый тайм мы уже отыграли,
И одно лишь сумели понять.
Чтоб тебя на земле не теряли,
Постарайся себя не терять.

Ничто на земле... etc.

В небесах отгорели зарницы,
И в сердцах утихает гроза.
Не забыть нам любимые лица,
Не забыть нам родные глаза.

Ничто на земле... etc.

Gradskiij Aleksandr - "Kak Molody my Byli"

Ogljanis' neznakomyij prokhozhiij,
Mne tvoij vzgljad nepodkupnyij znakom.
Mozhet ja ehto - tol'ko molozhe,
Ne vsegda my sebja uznaem.
Nichto na zemle ne prokhodit bessledno,
I junost' ushedshaja vse zhe bessmertna.
Kak molody my byli!
Kak molody my byli...
Kak iskrenne ljubili,
Kak verili v sebja.

Nas togda bez usmeshek vstrechali,
Vse tsvety na dorogakh zemli.
My druzeij za oshibki proschali,
Lish' izmeny prostit' ne mogli.
Nichto na zemle... etc.

Pervyij taijm my uzhe otygrali,
I odno lish' sumeli ponjat'.
Tchtob tebja na zemle ne terjali,
Postaraijsja sebja ne terjat'.
Nichto na zemle... etc.
V nebesakh otgoreli zarnitsy,
I v serdtsakh utikhaet groza.
Ne zabyt' nam ljubimye litsa,
Ne zabyt' nam rodnye glaza.

Nichto na zemle... etc.

O velho cão

A primeira vez que vi o Beija-Flor - e eu o chamo assim porque ele quase sempre está na esquina da rua onde fica a Escola de Samba Beija-Flor, aqui em Nilópolis -, ele cheirou meus pés e minha roupa, sentiu cheiro de cães e me seguiu por seiscentos metros. Quando entrei no Banco ficou deitado à porta à espera. Depois, de volta, atravessou a rua de tráfego intenso junto comigo.

Desde então, às seis horas, quando vou comprar o pão, ele me segue muito comportado. É dócil e brincalhão. Morde-me os tornozelos, as mãos e caminha galhofeiramente entre minhas pernas. Depois ele se vai.

É interessante a noção de tempo que têm os animais. Todos os dias o Beija-Flor retorna entre as quatro e meia da tarde e cinco horas, quando tira uma longa soneca até as oito da noite. Eu já me havia perguntado porque esse animal havia se afeiçoado a mim mas, agora, mais ou menos já sei, desde que li a história do velho cão.

Narrado por um autor desconhecido. Publicado no Lê Ouvê.

Um velho cão com aparência de cansado entrou no meu pátio. Desejo lhes contar sobre ele, sua coleira, que tinha um lar e era bem cuidado. Ele calmamente se aproximou de mim, pulou sobre o meu colo e lhe fiz uns afagos na cabeça.

Então ele me seguiu para dentro de casa, cambaleando até o hall onde encontrou um canto e tirou uma soneca. Uma hora depois acordou, procurou a porta de saída e se foi. No dia seguinte ele retornou, saudou-me no meu pátio, entrou no hall recomeçou a procurar seu cantinho e de novo dormiu por uma hora. Assim continuou por várias semanas.

Curioso, coloquei um bilhete na sua coleira:
- Eu gostaria de encontrar o dono desse maravilhoso e meigo cão para perguntar porque sempre nos finais de tarde ele vem à minha casa para tirar uma soneca.
No dia seguinte ele retornou, com um bilhete diferente do meu pendurado na coleira. Dizia:
- Ele mora numa casa com seis crianças, duas delas com menos de 3 anos de idade. Ele está tentando obter um tempo para dormir. Eu posso ir junto com ele amanhã?

Como lidar com as palavras

A palavra é a argila fresca que assume todas as formas imaginadas pelo artesão. No popular: Puxando a brasa para nossa sardinha.

“sou argila fresca entre teus dedos.
molda-me,
de tua mão não tenho medo,
não ofereço resistência,
transforma-me.
de que outro modo valeria a pena,
se não fosse assim,
se eu não me entregasse inteiro?”
Versos: Blog ArtemcacoS


Judy Wallman é uma pesquisadora na área de genealogia nos Estados Unidos. Durante pesquisa da árvore genealógica de sua família deu de cara com uma informação interessante. Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito: Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montana em 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889. Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do senador pelo estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um email ao senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido.

A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma: Remus Reid foi um famoso cowboy no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos eqüestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 foi o principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889, Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu.

Palavras e números podem ser manipulados pra dizer o que o manipulador quiser!

Você encara o Orkut como uma bobagem ou consegue detectar vida inteligente?

Na primeira vez que me convidaram para a então novidade Orkut, recusei. Julguei ser uma rede invasiva, como de fato é, e sem nenhum atrativo. Mas aos poucos fui descobrindo as comunidades onde as pessoas procuram fazer uma troca saudável - aprendendo e ensinando.

Nas comunidades do jogo de damas encontro leitores para o Shashki, meu blog de damas baseado no Worpress. Nas comunidades de violão posso apresentar meu blog Violões e Guitarras, se bem que o assunto pode interessar a quantos gostem de música e não apenas aos praticantes do instrumento.

Nas comunidades de desenho, pintura e aquarela, esta última com frequência maciça de indianos, busco material para o blog Borrocando. E até fiz "amizade" com três deles: Muralidhar ROCK ON, Milind Mulick (um artista fabuloso) e Abdul Salim, que teve a bondade de incluir um link traduzido para o inglês do meu blog Borrocando dentro do seu perfil.

No video abaixo Abdul é entrevistado e faz a caricatura dos apresentadores, a princípio com traços leves e precisos, depois finalizando com um traço mais encorpado. É pura mágica e isso em poucos minutos. Na India fala-se o híndi e o que temos a fazer é admirar a simpatia do artista e dos seus entrevistadores. Então eu recomendo avançar o cursor até chegar na exibição dos trabalhos do Abdul.

Reforma Pornográfica

E nós, como mansos cordeiros, colocamos nossos pescoços sob o cutelo, sem contestar, sem tugir nem mugir. Eu inclusive!

Luís Mauro Ferreira Gomes (*)
Em 30 de março de 2009

Quem tem lido o que escrevemos sabe que, na seleção dos temas, dificilmente fugimos do nosso objetivo principal – denunciar os avanços do grupo que, a partir do governo federal, pretende implantar uma extemporânea ditadura de esquerda no País.

Desta vez, aparentemente, vamos romper a regra para falar sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não obstante, o assunto de que trataremos está intimamente ligado à nossa principal preocupação.

É o que veremos a seguir.

Os mitos

Como tem sido muito comum, sempre que pretendem impor à sociedade normas que lhe ferem profundamente os interesses ou os direitos, a mentira é usada sem nenhum pudor pelos agentes públicos e por formadores de opinião inescrupulosos. Por certo, aqui não foi diferente. Vamos contradizer alguns dos argumentos mais usados para defender essa excrescência conhecida como Reforma Ortográfica.

Vejamos:

1) A língua portuguesa é a única que não tem uma ortografia única.

Inverdade! Ao contrário, todas as que conhecemos admitem que certas palavras sejam grafadas de forma diferente, conforme os países em que são faladas. Em inglês, por exemplo, as palavras licença e centro grafam-se, respectivamente, “licence” e “centre”, na Inglaterra, e “license” e “center”, nos Estados Unidos. Os bons dicionários registram as duas formas. Como disse George Bernard Shaw, “England and America are two countries separated by a common language”. Já os nossos amigos e vizinhos, os argentinos, fazendo o uso do “voseo” (emprego do pronome “vos”, por “tu”), escrevem “vos tenés”, em vez de “vosotros teneis”. A Gramática, o Dicionário e o Dicionário Pan-Hispânico de Dúvidas da Real Academia Espanhola registram-no. Como esses, há uma infinidade de outros exemplos, qualquer que seja o idioma escolhido.

2) O português, até hoje, não é uma língua oficial da ONU, porque não tem a ortografia unificada.

Inverdade! Como vimos, o inglês e o espanhol admitem mais de uma forma de se grafarem as palavras e são idiomas oficiais daquela Organização. Se o nosso ainda não o é, isso provavelmente se deve à ineficiência da ação diplomática dos governos dos países lusófonos. Além disso, como veremos a seguir, as mudanças cosméticas pouco alteraram a duplicidade de grafia das palavras em português.

3) O Acordo Ortográfico não pretende unificar a língua, procura, apenas, estabelecer uma grafia única para as palavras.

Inverdade! O Acordo não fez nem uma coisa nem outra. Muitíssimas palavras continuam a ter a dupla representação gráfica que antes tinham, enquanto outras, que já adotavam forma única, passaram a grafar-se de outra maneira distinta da anterior, ou seja, inútil para a alegada unificação. Vejamos alguns exemplos disso: A palavra nucleico, que em Portugal se escrevia nucléico, continua com as duas formas, sem unificação, portanto. O mesmo se pode dizer de caráter e carácter. Enquanto isso, nefróide, que só apresentava essa grafia, passará a escrever-se nefroide, diferente, como se vê, da antiga. O hífen tornou-se outra forte evidência do festival de bobagens em que se transformou o Acordo. Simplesmente, eliminaram-se uns para se criarem outros. Como são incontáveis as palavras que continuam a ter reconhecida a duplicidade ortográfica, pode dizer-se que a unificação foi a exceção. Na prática, não houve unificação, somente alterações sem sentido e sem critério. E não poderia ser diferente. Alguém consegue imaginar um brasileiro escrever, por exemplo, torre de controlo, ou um português dizer que perdeu o controle da situação?

4) O Acordo Ortográfico facilitará o aprendizado da língua, pois simplifica a escrita.

Inverdade! Resumidamente, há três tipos de pessoas que escrevem em português. Os semi-analfabetos, que não sabem o que é hífen nem o que é trema; confundem “C”, “Ç”, “S”, “SS”; não usam o plural dos substantivos nem dos adjetivos; e nunca ouviram falar em concordância, qualquer que seja o tipo. Esses continuarão a ser assim formados em nossas péssimas escolas e não será a alteração na grafia de umas poucas palavras que lhes dará maior domínio do vernáculo. Continuarão a escrever como sempre o fizeram, e ninguém se preocupará com isso. Há, também, aqueles que, por falta de tempo ou preguiça, ou, ainda, por ignorância, escrevem seus textos ̶ inclusive livros ̶ sem o menor cuidado com a gramática do nosso tão violentado idioma, e os confiam, depois, a revisores que se encarregam de torná-los legíveis. Esses autores também continuarão a escrever como sempre fizeram e em nada se beneficiarão com as alterações do Acordo. Os revisores, estes sim, terão de aprender as novas regras, provavelmente, no manual barato da editoria de algum jornal. Finalmente, há os que têm um carinho especial pelo que escrevem. Para esses, as dúvidas estão muito além dessas mudanças ridículas e, sempre que ocorrem, são dirimidas com a leitura dos bons autores, das boas gramáticas e dos bons dicionários. Não precisariam de que alterassem a grafia das palavras para escreverem corretamente, pois já o faziam antes do Acordo.

5) A unificação beneficiará o mercado editorial, tornando mais fácil a venda dos nossos livros nos outros países de língua portuguesa.

Inverdade! As pequenas diferenças gráficas hoje existentes ̶ que, como já dissemos, não foram eliminadas ̶ jamais dificultaram a leitura de obras brasileiras nos outros países de mesmo idioma, nem as deles, no Brasil. Se alguma dificuldade existe, está no uso de palavras com significados diferentes, o que o Acordo não contempla. Nada que não se resolva com um bom dicionário que registre as acepções dos verbetes nos vários países em que são usadas, como o faz o já citado Dicionário da Real Academia Espanhola.

É incompreensível que membros da Academia Brasileira de Letras, que supostamente, deveriam defender o idioma, tenham aderido, tão despudoradamente, a essa tolice.

Faz algum tempo, vimos, em um programa de televisão, o acadêmico Domício Proença Filho sofismar de todas as formas, para defender o indefensável. Chegou, então, próximo do deboche, quando disse que as palavras não foram alteradas na essência, mas “na roupagem”. Aquelas que se viram privadas do trema teriam apenas “perdido um adereço”, como se tal sinal diacrítico fosse tão inútil e vulgar quanto um brinco na orelha, uma argola nas fuças ou um “piercing” no umbigo, no mamilo ou em outra parte da anatomia de um idiota qualquer.

Esse Acordo é de 1990 e, somente agora, o governo brasileiro resolveu, açodadamente, pô-lo em prática. Por que o fez?

Como sabem os que vêm acompanhando, com um mínimo de atenção, o movimento criado por Luiz Inácio da Silva no Foro de São Paulo, para a implantação de ditaduras de esquerda nos países latino-americanos, o nosso presidente não têm qualquer compromisso com o Brasil nem com o povo que o elegeu. Todas as suas atenções estão voltadas para o objetivo maior da ideologia internacionalista que o condiciona: o estabelecimento de uma grande pátria socialista na Região.

Para tanto, é preciso impedir qualquer possibilidade de reação por parte do Brasil, que, como se mostra evidente, é o país que se tem revelado menos propício a sucumbir, sem luta, às investidas totalitaristas de grupelhos subversivos. Isso implica destruir tudo o que, tradicionalmente, nos une.

Explicam-se, assim, os ataques irracionais e violentos às Forças Armadas; a desmoralização das Instituições; o fomento da discórdia; a reinvenção do racismo. E, também, a instituição da insegurança física e jurídica; a negação dos verdadeiros heróis da Pátria e a exaltação dos criminosos; a criação de enclaves indígenas e quilombolas, tão desproporcionalmente extensos e numerosos, a ponto de fracionar todo o território nacional; além de tantas outras ações deletérias dos agentes governamentais.

Mas faltava ainda solapar um dos pilares da existência do Brasil como nação única: a nossa unidade lingüística, até então intocada.

Muitas ações já começaram a ser adotadas para modificar essa realidade. Estão aí vários programas de televisão transmitidos em espanhol por estações Oficiais. Tais programas são desnecessários, porquanto somente abordam temas de interesse exclusivo das ditaduras de esquerda que se instalaram nos países vizinhos, contudo, abrem mais uma fenda na unidade do nosso idioma.
Também é de se notar o grande esforço do governo para ressuscitar línguas já mortas, antigamente faladas por grupos étnicos, há muito, aculturados.

O Acordo Ortográfico, violentamente imposto sem que, pelo menos, fosse discutido por aqueles que, verdadeiramente, escrevem em português, é mais uma ação nesse diapasão.
As línguas não são imutáveis, mas o que lhes determina a evolução é o uso que delas fazem os grandes escritores. Seguramente, não é por decreto que as alterações devem ser impostas. Estes servem, somente, para oficializar aquilo que já foi consagrado pelo uso.
O nosso idioma é assunto muito sério para ser tratado apenas por uma meia dúzia de acadêmicos desavisados e burocratas governamentais mal-intencionados.

Para que serve, então, esse Acordo? Apenas para os propósitos dos que o impuseram e para o benefício dos que vão lucrar com ele, “fabricando” dicionários ou promovendo as adaptações decorrentes, pagas, naturalmente, com o já tão mal utilizado dinheiro público.

Além dessas, não vemos qualquer outra utilidade. Vivemos em uma época em que os processadores de texto e os corretores ortográficos que os acompanham tornam-se, a cada dia, mais eficientes. Se os que engendraram essa “Reforma” escrevessem os seus próprios trabalhos, saberiam que é possível escolher a versão da língua, conforme o país para o qual se escreve. Existem opções para português brasileiro e português de Portugal ou europeu; inglês dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Austrália; espanhol da Colômbia, do Peru, do México. Enfim uma escolha para cada necessidade.

Se as correções gramaticais são muito falhas, as ortográficas são um pouco mais aceitáveis para os menos exigentes. Seria mais racional esperar que algum ignorante escreva melhor, se acatar, sem qualquer análise, todas as sugestões do corretor ortográfico, do que por se ter tornado mais fácil escrever depois do Acordo Ortográfico.

Mas o atentado ao idioma não ficará nisso. Agressões cada vez maiores virão. Esse foi o avanço possível na direção da “novilíngua” (“newspeak”) de George Orwell, em 1984.

Lamentamos que algumas pessoas e também certos jornais e revistas tenham aderido tão rapidamente à nova ortografia. Nós reagiremos e não a usaremos, enquanto nos for possível, pelo menos até o último dia do prazo. Depois decidiremos o que fazer.

Quem sabe, até lá, apareça um salvador da Pátria que revogue essa insanidade, pelo bem ou pelo mal.

(*) O autor é Coronel-Aviador reformado.

.

Greenpeace atirou no próprio pé


O Haroldo Barboza estava escalado para as terças-feiras, porém, nesta semana, esse foi um dia para não esquecer. Fiquei ausente durante todo o dia desfrutando da presença de amizades cultivadas nos últimos 50 anos. Foi muito bom.

Mas a divulgação do presente artigo não ficou prejudicada, mesmo sabendo-se que o assunto a que se refere o título saiu no noticiário há poucos dias. Há coisas que acontecem e ficam à espera de uma solução, por isso mantêm-se atuais. Eu as remeto à pasta Assuntos Pendentes, que é o destino de todos os descalabros a que o cidadão está submetido.

Greenpeace pode cuidar dos jardins

Haroldo Barboza

Ao longo de décadas esta ONG angariou prestígio e simpatia em torno do planeta por defender projetos de luta contra o desmatamento desregrado, extinção de espécies animais e vegetais, poluição da atmosfera e outras formas agressivas de destruição da Natureza. Aparentemente tais batalhas foram travadas em vários pontos do globo sem levar em consideração ideologias políticas ou interesses capitalistas. Apenas o desejo transparente de manter limpo nosso globo.

E nós apreciamos esta luta, apesar de não nos engajarmos na cruzada de preservação do planeta. Temos a nossa parcela de culpa pelo fato de adquirirmos produtos elaborados em locais onde o trabalho escravo (inclusive infantil) é efetuado em alta escala e a composição de alguns comestíveis agrega frações elevadas de produtos químicos letais à nossa própria saúde. Tudo em nome da "economia". Fechamos os olhos aos malefícios que nos degredam lentamente para termos mais recursos para manter o status que o consumismo desenfreado apregoa através de propagandas maciças e envolventes. Jogamos detritos na praia para não andarmos 10 metros até o latão de lixo.

Depois de dezenas de anos nesta árdua batalha, eis que a "filial" brasileira do Greenpeace escorregou na maionese (contaminada?) ao promover uma manifestação válida no propósito, mas inadequada quanto ao dia e local.

Prepararam uma faixa para solicitar que os líderes do mundo apelidados de G20 (G8 que mandam + G12 que balançam a cabeça e aprovam as farsas) reunidos em Londres no início de abril de 2009 tenham maior preocupação com o clima mundial. Poderiam ter ido à capital inglesa e abrir garrafões de ar comprimido com CO2 compactado. Bastariam uns 50 cilindros para "limpar" o cenário. E com o "fog" local permanente, ninguém perceberia o valioso estrago provocado.

Mas promoveram o ato na ponte que une Rio e Niterói num dia de semana no horário de maior fluxo de veículos. Engarrafaram tudo por duas horas e ajudaram a triplicar a produção de CO2 na atmosfera já enfumaçada desta região. Irritaram milhares de motoristas e arranharam a credibilidade que demoraram a obter ao longo dos anos.

Se tivessem mais percepção, teriam pendurado a faixa no morro do Corcovado ou no morro da Urca, mesmo num dia de semana, pois nestes locais o trânsito não é comprometido mais de duas vezes por ano. A visibilidade seria ampla e abençoada pela imagem santa de Cristo. Mas acabaram dando um "tiro no pé".

Esperamos que agora calcem as sandálias da humildade (mesmo com a pata ferida) e peçam desculpas aos municípios que sacanearam. Como penitência, que plantem algumas centenas de mudas de árvores pelas praças "carecas" onde o Sol nos torra a pele. E que as reguem com regularidade durante seis meses.

Uma paixão na Paixão de Cristo

Não sou injusto nem ingrato. Se me interesso em publicar algo que vi em algum blog ou site, nunca deixo de dar os créditos. Mas a presente amenidade possui vários links, e nenhum deles cita o autor. E como recebi por e-mail, sinto-me desobrigado de me referir a quaisquer dessas fontes. Alguns dão o Ceará como palco dos acontecimentos, outros dizem ter sido na Paraíba e ainda, uma minoria, cita até uma cidadezinha, que não sei ser real ou fictícia.

Aconteceu numa cidadezinha lá nos confins da Paraíba.

O dono do circo, em passagem pela cidade, sabendo quão religiosa era sua comunidade, resolveu encenar a Paixão de Cristo na sexta-feira santa.
O elenco foi escolhido dentre os moradores locais e, no papel principal - o de Jesus Cristo -, colocaram o cara mais 'gato' da cidade.

Os ensaios iam de vento em popa quando, às vésperas do evento, o dono do circo soube que 'Jesus' estava de caso com sua mulher.
Furioso, o corno deu-se conta de que não podia fazer escândalo, pois iria por a perder todo o trabalho e o investimento que fizera pra montar a peça.

Pensou, pensou... Na véspera do espetáculo, comunicou ao elenco que iria participar, fazendo o papel do centurião (!!!)
- Mas como? - reclamaram todos - Você não ensaiou!...
- Não é preciso ensaiar, porque centurião não fala!

Mesmo sem gostar, o elenco teve que aceitar; afinal, o cara era o dono do show.
Chegou o grande dia. A cidade em peso compareceu. No momento mais solene, a platéia chorosa, em profundo silêncio... Jesus carregando a cruz... e o'centurião' começa a dar-lhe chicotadas. De verdade.
- Pô, cara, ta machucando! - reclamou 'Jesus', em voz baixa.
- É pra dar mais realismo à cena - devolveu o 'centurião'.
E tome mais chicotada... lept, lept, o chicote comendo solto no lombo do infeliz.

Até que 'Jesus', que já reclamara bastante, enfureceu-se de vez, largou a cruz no chão, puxou uma peixeira e partiu pra cima do 'centurião':
- Vem, desgraçado! Vem cá que eu vou te ensinar a não bater num indefeso!
O 'centurião' correndo, 'Jesus' com a peixeira correndo atrás, e a platéia em delírio gritando:
- É isso aí! Fura ele, 'Jesus'! Fura que aqui é Paraíba, não é Jerusalém não!!!

Gustavo Dudamel, o melhor maestro do mundo

Gustavo é o regente mais assombrosamente dotado que já vi
Sir Simon Rattle, diretor da Filarmônica de Berlim

Deborah, você não vai acreditar no garoto que ganhou a competição”, disse o finlandês Esa-Pekka Salonen, diretor musical da Filarmônica de Los Angeles, falando ao telefone com Deborah Borda, a presidente da orquestra. “Como ele é?”, perguntou Borda. “É um regente animal. Vamos chamá-lo para um concerto agora.”

Na última segunda-feira fui ao Hospital do Olho com minha mãe. Ela terá que fazer uma operação de catarata no olho direito; eu aproveitei para trocar os óculos com os quais trabalho no computador. Tenho outro para livros e jornais, mas como pouco leio ele está como novo. Um terceiro me serve para dirigir e ver televisão.
- Isso não se usa mais. Você parece que está no tempo de D. Pedro. Você vai usar um multifocal - disse o oftalmologista.

Um pouco antes, ainda esperando minha vez, peguei numa pilha de revistas antigas uma Época de novembro e parei no título "O milagre de Gustavo Dudamel". O nome não me era estranho. "Como um venezuelano de apenas 27 anos se tornou o maior maestro do planeta". Uma reportagem fascinante. Assim que cheguei à casa localizei o endereço com todo o artigo e o li repetidas vezes. Porém Dudamel não é um milagre, senão o produto de uma cultura musical instalada em 1875 na Venezuela e que, em 30 anos, descortinou o mundo da música para 2 milhões de jovens. Aqui no Brasil já tivemos, na escola secundária, o ensino do Canto Orfeônico e da Educação Física, além da disciplina Trabalhos Manuais. Foi tudo para o ralo. Isso é coisa de republiqueta latino-americana. Somos o país do futebol, do samba e, agora, do funk e do pagode.

"Todos os dias, ao voltar da escola para o almoço, o menino arranjava seus bonequinhos de plástico como uma orquestra. Colocava um disco e brincava de reger. Na hora de sair, pedia à avó para não desmanchar a orquestra enquanto estivesse nas aulas de música, para que pudesse retomar o ensaio com os músicos quando voltasse". Ainda menino sonhava em reger a Orquestra Filarmônica de Viena, a maior orquestra da Áustria e uma das maiores do mundo. Em 1999, aos 17 anos, foi escolhido diretor da Sinfônica da Juventude Venezuelana Simón Bolívar, a principal das 600 orquestras infantis e juvenis do Sistema. Este ano deverá assumir, se é que já não o fez, a direção da Filarmônica de Los Angeles, a “LA Phil”, como é conhecida.

Espero que vocês leiam a reportagem. É só clicar aqui. Tive muitas dúvidas para escolher um vídeo do jovem maestro. Afinal, como apresentar um regente "animal" e deixar sobretudo evidente toda a sua sensibilidade de artista?

A cada final de ano temos mais um especial do Roberto Carlos. Será que isso é o máximo que nossa pobre cultura nos permite?

A dama de vermelho (the woman in red)

Kelly LeBrock

Ela ainda é um mulherão

O Pergunte ao Urso, pelo Twitter, foi muito cruel dizendo que a natureza foi mais que cruel com Kelly LeBrock. E enviou as duas fotos acima, o antes e o depois. Aproveitei para rever no You Tube alguns trechos dessa comédia deliciosa, The Woman in Red, com fundo musical de Stevie Wonder.

E eu me lembro da canção cantada por Vicente Celestino (já ouviram falar dele?) intitulada Talento e Formosura, cuja autoria foi atribuída a Catullo da Paixão Cearense. Catullo, apesar de tocar violão e ter trânsito entre presidentes da República e personalidades ilustres da vida brasileira, como Rui Barbosa, era tão somente um poeta. Assinava as músicas como sendo suas quando apenas escrevia os versos, sem dar nenhum crédito aos verdadeiros músicos. Numa relação de faixas gravadas pelo tenor Vicente Celestino, Edmundo Octávio Ferreira aparece como autor de Talento e Formosura.

Mas é o caso, a formosa deve ter esnobado o poeta, recusado uma contradança e, entre uma e outra volta o poeta engendrou sua vingança. Não se aplicaria à dama de vermelho, que até queria dar para o aloprado Gene Wilder quando, de repente, antes do bem-bom, o marido entra em cena. Abaixo, os versos de Catullo. E se quiser ouvir a voz do tenor brasileiro e sentir a atmosfera das melodias que inebriavam a juventude num tempo distante, é só clicar no player.

Finalmente: a LeBrock ainda está muito bonita, ostenta a beleza própria da terceira idade. Penso que a patada do Urso não a atingiu.







TALENTO E FORMOSURA

Tu podes bem guardar os dons da formosura
Que o tempo, um dia, há de implacável trucidar
Tu podes bem viver ufana da ventura
Que a natureza, cegamente, quis te dar

Prossegue embora em flóreas sendas sempre ovante
De glórias cheia no teu sólio triunfante
Que antes que a morte vibre em ti funéreo golpe seu
A natureza irá roubando o que te deu

E quanto a mim, irei cantando o meu ideal de amor
Que é sempre novo no viçor da primavera
Na lira austera em que o Senhor me fez tão destro
Será meu estro só do que for imortal

Terei mais glória em conquistar com sentimento
Pensantes almas de valor e alto saber
E com amor e com pujança de talento
Fazer um bardo ternas lágrimas verter

Isto é mais nobre é mais sublime e edificante
Do que vencer um coração ignorante
Porque a beleza é só matéria e nada mais traduz
Mas o talento é só o espirito e só luz

Descantarei na minha lira as obras-primas do Criador
Uma color da flor desabrochando à luz do luar
O incenso d'água que nos olhos faz a mágoa rutilar
Uns olhos onde o amor tem seu altar

E o verde mar que se debruça n'alva areia a espumejar
E a noite que soluça e faz a lua soluçar
E a estrela d'alva e a estrela Vésper languescente
Bastam somente para os bardos inspirar

Mas quando a morte conduzir-te à sepultura
O teu supremo orgulho em pó reduzirá
E após a morte profanar-te a formosura
Dos teus encantos mais ninguém se lembrará

Mas quando Deus fechar meus olhos sonhadores
Serei lembrado pelos bardos trovadores
Que os versos meus hão de na lira em magos tons gemer
E eu, morto embora, nas canções hei de viver

O bom cabrito não berra, ou berra?

Divagando devagar

Luis Inácio falou, Luis Inácio avisou - nós vamo sifu!
Há coisa de 15 dias comprei 30 comprimidos do medicamento DIOSMIN, destinado a remediar as irregularidades do sistema linfático relativo à parte inferior das minhas pernas, causando dormência, aquecimento e certas manchas indesejáveis. Custou-me 36,40 reais. O remédio acabou. A farmácia Galanti, que me vendeu o medicamento, tem bons preços. Haviam colocado na embalagem: Preço máximo - R$ 44,42, mas me venderam por R$ 36,40.
Voltei lá. Só tinham a caixa com 60 comprimidos. Ao preço de 90 reais! Luis Inácio avisou - eu mifu!

Twitter
Eu estou viciado no Twitter. Mas, como dizia Tim Maia, vale tudo, só não vale dançar homem com homem nem mulher com mulher, se bem que, na distante Barbacena - MG, no cassino dos Alunos, lembro-me que, pour les soirées, quem não tem cão caça com gato. À falta de uma camofa (assim eram chamadas as meninas da cidade de Barbacena. Uma sigla jocosa que queria dizer: Centro de Abastecimento de Mulheres para Oficiais da Força Aérea) dançavam homens com homens, sem nenhum desvio de conduta, por favor.

Para estar up-to-date com o Twitter é preciso estar conectado pelo menos 18 horas (6 horas de sono) porque se não perdem-se mensagens, a não ser que se recorra ao "more", o que não é muito confortável.

Mas, como dizia Tim Maia, vale tudo, até ficar com 7 páginas do IE8 abertas, algumas com até 12 abas, e até alguma página do Chrome. Uma dessas abas será certamente o Twitter. Mas esqueçam o Replay, a não ser que desconfiem que o destinatário esteja ainda do outro lado. Prefiram uma Direct Message.

Acho que vou começar a twittar em inglês - Há muito anglo-saxão and americans following me. Mas eu queria entender uma coisa: o que pretende quem segue mais de mil pessoas, consegue obter duas ou três centenas de seguidores, mas tem apenas duas ou três atualizações?

Para encerrar o assunto: estou marcando diversos tópicos no Twitter para ler quando tiver tempo. Mas, como eu mesmo twittei, a internet anda cada vez mais rápida, meu tempo a cada dia se torna mais escasso. Desconfio que não me encontro.

Futebol carioca
O Flamengo conseguiu vencer seu penúltimo jogo com um gol aos 42 minutos do segundo tempo. Verdade que foi bem superior ao seu adversário, o Americano, mas...
O Botafogo estava empatando com o Madureira quando aos 49!!! do segundo tempo marcou o gol da vitória.
O Fluminense, esse não teve solução. Menos pior quando aos 44!! do segundo tempo conseguiu o gol de empate.
Isto posto, como pretendem enfrentar o Vasco, no dizer de alguns sabidos, a quarta força do futebol carioca, que acaba de golear o Macaé pelo placar de 1 x 0?

Mulher fértil, sacerdote impreciso


Uma mulher se casou e teve treze filhos. Seu marido morreu.
Ela, então, se casou novamente e teve mais sete filhos. Novamente, seu novo marido faleceu, mas ela se casou de novo e teve cinco filhos. E finalmente, ela morreu.

Ao lado do caixão, o padre rezou pela alma da mulher, que levou tão a sério a ordem bíblica "Crescei e multiplicai-vos". Em meio a um discurso comovente, repleto de elogios, o padre disse:
- Senhor, eles estão finalmente juntos!

Discretamente, um vizinho perguntou para um amigo:
- Você acha que ele se referia ao primeiro, ao segundo ou ao terceiro marido?
O amigo respondeu, com ar sacana:
- Eu acho que ele se referiu aos joelhos dela.

Se eu estivesse presente e visse o padre dar um sorriso maroto, não teria dúvidas quanto à última hipótese.

Fonte: Lê ouvê

Novas técnicas de segurança no metrô

Vocé agora pode viajar no metrô em segurança, sem temer quedas por freadas bruscas ou desequilíbrio em curvas acentuadas. Tudo depende do modo correto de se amparar nos equipamentos apropriados. Observem como as pessoas assumem uma postura correta. Evidentemente que me refiro aquele senhor ao lado da porta.