Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Você é um cabra da peste?


Eu, como nordestino (falsificado) que sou, nunca me preocupei com o significado da expressão "cabra da peste". Sempre ouvi falar mas nunca achei que a pessoa denominada fosse boa ou má. Tudo indica que a associação com "peste" surgiu por causa da má fama da cabra, considerada um animal simpático ao diabo na tradição sertaneja. Vale lembrar que os nordestinos também usam a palavra "peste" para nomear doenças graves. Alguns especialistas defendem outra hipótese. A expressão seria uma variação de "cabra-de-peia", também usada para indicar a valentia do nordestino, que apanhava sem reclamar. "Depois de açoitada com a peia (chicote), a vítima era obrigada a beijar o açoite na mão do seu algoz", diz o etimologista Deonísio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
O texto destacado em vermelho foi retirado do endereço MUNDO ESTRANHO.

Há algum tempo escrevi um post chamado A Ciência do Palavrão, que focalizava o que é considerado palavrão no nordeste. Nunca elogie uma senhorita dizendo que ela é uma bela RAPARIGA. Chamá-la de puta lhe trará bem menos aborrecimentos.

Na semana passada um freguês (ele compra queijos na loja), daqueles que não têm pressa, levou um dedo de prosa comigo. E não sei por que motivo contou a seguinte história:

"Certo dia foi admitido na firma um marceneiro novo. Nos primeiros dias ele se mantinha arredio mas aos poucos foi se soltando. Disse-lhe que a turma gostava de uma brincadeira, de uma molecagem, que ele não estranhasse. Ele disse que também gostava de brincar, não tinha problemas.

Numa bela manhã, à guisa de cumprimento, falei: Como vai, 'cabra da peste'?
Senti que ele fechou as feições e nada respondeu. Mais tarde alguém me passou o recado de que o novo funcionário queria falar comigo. Ele estava no segundo pavimento. Subi as escadas e quando o divisei vi que estava com um braço às costas.
- Qual é a novidade?, perguntei.
Ele tinha na mão escondida um formão. Brandindo a ferramenta cravou-a na bancada dizendo:
- Você me chamou de cabra da peste, xingou a minha mãe e quem xinga minha mãe, morre!
Aproveitei que o formão ficou preso na bancada e desci apressadamente as escadas contando aos colegas o que havia acontecido".

Nesse momento eu interrompi:
- Cabra da peste não tem nenhuma relação com a mãe ou xingar a mãe. Esse cara era maluco.

O relato continua:
"No dia seguinte chegou a polícia na oficina procurando pelo novo empregado.
- Está lá em cima, falou o encarregado.
Mas lá de cima ele avistou os policiais. Juntou suas ferramentas rápido e nem as roupas levou. Escapou pelos fundos, por outra rua, vestido com o macacão de trabalho. Nunca mais se ouviu falar dele. Segundo os policiais, matou duas ou três pessoas lá na boa terra".

"Tudo está bem quando acaba bem", é uma peça de Shakespeare. Felizmente hoje tenho um bom freguês, também bom de papo, que me conta histórias do tipo, mas que ele passou um sufoco, isso passou. Por achar que estava agradando a um cabra da peste.

A fórmula da amizade

Alguns dos meus bons amigos

Haroldo me lembra, com uma bonita mensagem, que hoje é dia do amigo. E rapidamente eu evoco a imagem de todos eles, dos mais antigos aos mais modernos, aqueles aos quais a cada dia eu procuro transmitir minhas crenças, minhas esperanças, meus ideais, estando receptivo também ao que eles podem me ensinar.

Não sou muito bom para dizer "te amo", "te admiro", não tenho muito jeito para externar sentimentos. Não gosto de ir a velórios porque me sinto profundamente embaraçado frente ao viúvo (a). Felizmente tenho discernimento para não fazer como o atrapalhado cidadão que deu "parabéns" à família do defunto ao invés de "minhas condolências".


Mais um detalhe: não sou muito apegado aos dias disso, dias daquilo, da mãe, do pai, da secretária, Natal, Ano Novo, o escambau. Quando me desejam Feliz Natal, respondo, secamente: "igualmente". Felizmente que tenho o texto do Haroldo para poder homenagear meus amigos. O Haroldo é um grande amigo.

Haroldo P. Barboza

Amigo não é apenas uma palavra que começa pela letra “A”. Este rótulo define um sentimento que cultivamos por outra pessoa no decorrer da vida e nem sempre é percebido ou reconhecido em algum tempo de nossa existência. Ele se aprofunda com o tempo e se solidifica nos momentos críticos, quando nossos espíritos estão frágeis. Como toda boa relação, em momentos de divergência de opiniões ele se coloca à prova, quando os envolvidos mostram o quanto são capazes de ceder para não estremecerem a amizade conquistada pela troca de virtudes e aprimoramento mútuo de características humanas defeituosas.

Não existe uma regra para definir o que é um amigo. Não existe um tempo mínimo para determinar que tal relação passa a existir. A amizade pode ser ilustrada pelo empréstimo de uma quantia num momento de aperto, pela divisão de um pão dormido na hora da fome comum ou numa caminhada pela acidentada trilha da vida. Nada impede que uma pessoa tenha diversos amigos fiéis. Devido às diversas situações de nosso cotidiano, é difícil definir com exatidão qual deles é o mais amigo de todos.

Mesmo depois de todas estas considerações, ainda não consegui definir o que seja um amigo de fato. Existem amigos em vários níveis. Alguns destemidos, capazes de correrem riscos da própria vida para ajudar o parceiro. Outros que recuam num momento de alto perigo. Será que nós também não recuaríamos? Se tivermos esta resposta certamente vamos compreender o momento de fraqueza pelo qual nosso estimado amigo foi envolvido. E saberemos perdoá-lo, superando o egoísmo.

Quando estiver frente a frente com seu amigo, não se preocupe em dizer-lhe que sua amizade por ele é fraterna e eterna. Deixe que o coração dele sinta isto e seu olhar reflita esta certeza.

Agora que me deparei com todas estas confusões espirituais e mentais, mesmo sem possuir a fórmula que todos procuram, cheguei à seguinte conclusão: quem não possui pelo menos um amigo, tem uma vida sem sentido, pois não poderá desenvolver o fator de solidariedade que cada um carrega em sua alma.

Sou muito feliz por ter vocês como amigos das letras que enriquecem nossas almas!

No a la izquierda


A OEA condenou o golpe que derrubou o presidente Manuel Zelaya no domingo e exigiu o "imediato, seguro e incondicional retorno do presidente a suas funções constitucionais". A entidade afirmou que "nenhum governo resultante dessa interrupção inconstitucional será reconhecido."

A OEA instruiu seu secretário-geral, José Miguel Insulza, a tomar "iniciativas diplomáticas com o objetivo de restaurar a democracia e o regime da lei."

"Se isso não tiver sucesso em 72 horas, uma sessão especial da Assembleia Geral poderá suspender Honduras", disse a resolução.

Zelaya prometeu na terça-feira voltar a Honduras na quinta, acompanhado de líderes estrangeiros, desafiando uma ameaça do governo interino de que irá prendê-lo se retornar ao país. Nesta quarta, segundo várias fontes, ele foi ao Panamá para a posse do presidente do país, Ricardo Martinelli.

texto acima, do G1, globo.com

Qual é a direção que os democratas bolivarianos querem para Honduras? A que está indicada na foto é proibida.
Chavez, Fidel e outros amantes do continuísmo, tudo bem, mas até tu, Obama?