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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

A independência feminina


Haroldo Barboza enchendo a bola das mulheres. Vocês do forte "sexo frágil", não se iludam, o Haroldo está apenas fazendo uma tremenda cavada com a dona Harolda, que ele quer atravessar esse maravilhoso "Dia Internacional da Mulher" na maior mordomia com a patroa.

Haroldo Barboza *

Estamos vivendo uma época de derrubadas de paradigmas. Ou pelo menos de questionamento de absurdos. Em todas as áreas, os dogmas só resistem enquanto não adquirimos o conhecimento para estudá-los e mudá-los. O que era padrão até ontem, hoje deve estar sendo contestado por quem evoluiu através da educação e adquiriu a verdadeira condição de cidadão consciente de seu papel na sociedade.
Há 50 anos, uma jovem só tinha liberdade de encontrar seu próprio caminho após completar 21 anos. As que adquiriam maturidade mais cedo e se rebelavam contra esta situação, eram difamadas pela sociedade. Na melhor das hipóteses eram rotuladas de rebeldes e levianas. Se conseguissem sobreviver por conta própria, eram rotuladas de “piranhas”. As que levantavam a voz contra injustiças eram chamadas de fofoqueiras. As que conseguiram obter suas carteiras de motoristas e demonstraram grandes habilidades na atividade, quando envolvidas num acidente (muitas vezes por causa DO motorista do outro veículo) eram orientadas a “dirigir” um fogão. Um preconceito absurdo mantido por machões incompetentes e invejosos.
Hoje, uma frágil (apenas no físico) menina de 15 anos (ou menos), já sustenta um lar. Já se discute se um adolescente, nesta faixa de idade, que é capaz de procriar, dirigir, votar e trabalhar, também deve ser penalizado judicialmente por seus atos irregulares. Reflexo de uma “evolução” que se afoga em suas próprias descobertas em ritmo alucinante que não nos oferece tempo para digeri-las. As informações brotam aos milhares por minuto e criam-se choques culturais pelo pouco tempo para se compreender o mecanismo social de cada nicho do planeta.
O conceito de maioridade mudou radicalmente. No momento em que o indivíduo adquire responsabilidades e passa a interferir na vida da comunidade, atingiu a este degrau, sem necessidade de firma reconhecida. Tem de arcar com os lucros e as perdas. Seus pais, em diversos momentos contribuem para este quadro sinistro, imaginando que seus filhos ao passarem dos 7 anos exibindo grandes habilidades com seus micros, poderão obter empregos de executivos antes mesmo dos 16 anos, para não serem logo “engolidos” pela impiedosa globalização. Pior ainda quando saem de casa e os abandonam na companhia de “inocentes” games violentos por horas a fio.

E hoje estamos aqui para confirmar este nível aos processos conduzidos por mulheres. Através de anos de existência, enfrentando todas as dificuldades de recursos (técnico, penetração, patrocínio, competição), conseguiram com perseverança e entusiasmo próprios das vencedoras, manter e divulgar informações claras, na luta incessante de orientação a todos os seus admiradores, em busca de uma qualidade de vida elevada, através da útil informação aberta e de fácil compreensão para todos. Qualidade esta, que só será alcançada, quando eliminarmos os preconceitos criados pela ignorância, que ameaça a boa convivência em grupos. Nesta luta árdua que otimistamente deve durar mais um século, certamente contaremos com o fôlego e apoio das janelas que estão se transformando numa trincheira única em defesa da Mulher e da dignidade do ser humano de um modo geral. Que elas tenham persistência para mostrar aos homens que não são concorrentes, mas deslumbrantes parceiras!
O espaço delas está reservado desde o início dos tempos. O homem se apossou dele através da brutalidade. Recuperá-lo usando a palavra, demora. É preciso ter muita paciência para retirar o vírus que contamina o ego machão e o faz sentir-se menos masculino por seguir algumas normas propostas por uma Mulher. Mesmo tendo menos neurônios (com mais amor) devemos lutar para levá-las ao comando de nossos destinos, tendo em vista que nos últimos milhares de anos o homem provocou um caos sem precedentes e só espalhou malefícios sobre o planeta através de normas escritas sem a adequada revisão feminina.

* Haroldo Barboza é escritor, professor de matemática (crianças) e informática (adultos), analista de sistemas e palestrante

1 comments:

8 de março de 2010 às 16:59 Harley Coqueiro disse...

E a mulher foi concebida a partir de uma costela...

Imagine se fosse do filé?!

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