Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Quantas vezes você leu seu livro favorito?

Vi noutro dia uma verdade comprovada: se você leu um livro apenas uma vez, nada apreendeu dele. Só vai recordar o título, o nome do autor e umas breves passagens além do assunto tratado. Leia-o duas, três, as vezes que puder. Só há um problema - há cinquenta anos li Psicologia das multidões, de Gustave le Bon, por empréstimo. Não posso manter uma biblioteca com todos os livros que já li, a maioria por empréstimo. A solução é recorrer à pesquisa. O maravilhoso da pesquisa é que nos fornece caminhos paralelos. 

O jovem autor do blog que pesquisei assim resumiu sua leitura: "Clássico do inicio do século passado, escrito pelo médico e sociólogo francês Gustave Le Bon. Esse excelente livro trata do comportamento do individuo quando em grupo. Esse é o tipo de livro que todo cristão deveria ler para estar bem afiado para desmascarar lideres evangélicos mal-intencionados que manipulam os fiéis de forma maléfica. O livro mostra como é fácil manipular multidões, sejam elas cultas ou incultas, por serem altamente influenciadas com promessas, imagens e ilusões. 

Quem domina é aquele que consegue iludir a multidão, quem tenta desiludi-la se torna sempre vitima. As multidões são incapazes de pensar alheio ao que lhes é sugerido, essa é a realidade evangélica atual, conhecer a arte de impressionar as multidões é conhecer a arte de as governar". 

Como podem ver, ele focalizou o assunto de seu interesse, a religião, e sua crítica tem alvo certo, os pastores midiáticos. Mas reparem que, mutatis mutandis, nossos conhecidos políticos também são desnudados nesse simples resumo. 
Uns prometem milagres e vida financeira venturosa (Deus não quer que os cristãos sejam miseráveis, dizem), e os políticos acenam com promessas mirabolantes e, os mais "carismáticos", com pequenas ajudas aos mais pobres, sendo o bolsa-família apenas um exemplo.

O blog se chama Despertai, Bereanos! e pertence ao jovem Vitor Grando, de apenas 22 anos. Seus interesses são Teologia, Apologética, Psicologia e Filosofia. É difícil ver alguém assim tão jovem no físico e amadurecido no intelectual. Para quem gosta do contraditório na religião vale a pena visitar.

7 comments:

22 de outubro de 2008 às 20:32 Anônimo disse...

Fui ler o blog do menino, e concluir, ao menos pelos textos apresentados, que ele pertence a uma ramificação adventista. Os demais textos são interessantes

22 de outubro de 2008 às 23:06 Anônimo disse...

Um livro, desses produzidos para o manuseio 'dactiloperceptível', um desses que encantam até mesmo pela escolha da capa que combine com a inspiração da obra literária, eis aí algo que vira uma causa para se gostar de ler.

24 de outubro de 2008 às 00:36 Anônimo disse...

Oi !
Sempre leio mais de uma vez os livros que gosto... meu marido sempre me pergunta o pq disso se já sei o final...rs... mas é que eu adoro sentir novamente as sensações que os bons livros me trazem... é como lembrar de algo bom que nos aconteceu...

adoro seu blog viu, tô linkando lá no merthiolate e voltarei mais vezes !

24 de outubro de 2008 às 15:16 Newdelia disse...

O meu predileto leio e releio-o sempre e vira e mexe abro-o num capítulo qualquer e me delicio somente com o escolhido. Meu amado e apaixonante livro é o Dom Quixote. Não tem nada melhor para se ler. Amo.
Beijos e bom final de semana.

24 de outubro de 2008 às 15:22 Anônimo disse...

Valeu pela dica

24 de outubro de 2008 às 18:52 Blog da Mary disse...

Ler é benéfico à saúde mental. Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício. Temos muito mais chances de entender na segunda vez. Gosto de histórias de forma descontraída que relatam os fatos e nos faz sentir dentro dela. Amo a leitura.
Obrigada pela visita.
Um abraço e bom fim de semana
Mary

27 de outubro de 2008 às 01:26 Tatiana Carlotti disse...

Fantástico isso, estou relendo O Amor Acaba do Paulo Mendes Campos. É outra apreensão. E sempre tenho a sensação, quando abro algum livro, que nunca li direito. Por mais que tenha feito minhas anotações. Uma casa chamada terra e um rio chamado tempo, do Mia Couto, li três vezes e é outra coisa, já faz parte, é meu. Beijo Luiz! Tati

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