Vou logo respondendo à enquete: Não, não reato as amizades perdidas, ou seja, não tomo a iniciativa. Se aquele que me contrariou tiver deixado feridas leves e pedir perdão, posso reconsiderar. Porque eu penso que nunca chamei ninguém de ladrão, quadrilheiro, sacripanta, ou tentei impor à força meus pontos de vista. No entanto a decisão de colocar o fulano no arquivo morto foi sempre iniciativa minha.
Já estive na política mas não emplaquei. A política é, por assim dizer, um submundo. Nela campeiam a delinquência, o crime organizado e a falta de convicções. O inimigo de hoje poderá ser o amigo de amanhã, sem ao menos um pedido de perdão. Uma desculpa por parte do ofensor poderá aparecer para salvar as aparências. O que conta são as forças ocultas (vide caso de Mangabeira Unger, o Confúcio do Planalto, versus Lula).
Eu gostaria de ser posto à prova, ter a chave do cofre sob a minha guarda, ter uma posição de poder, ter brigado com "o" figura e precisar dele para concretizar meus planos de ampliação de influências. Sei que sou honesto para pequenas quantias, mas para arrebentar o cartão corporativo, fazer a farra do avião, andar com dólares na cueca, fazer pacto com o diabo, nunca fui testado.
Por isso é que vejo todo mundo xingar todo mundo, o Lula ao Sarney, o Lula ao Collor, o Collor ao Lula, para ficar apenas nessas figuras, e hoje comem todos à mesma mesa. Pior, ninguém se pergunta o que há por trás desses fatos, aliás, ninguém pergunta nada, apenas acham que o presidente é um tio simpático, que tem a mania de ser engraçado. Abaixo, tirando sarro do Bush, fingindo jogar um sapato.
Ouça a entrevista do Lula no programa do Milton Neves:
Gostou? Então clica aqui e escuta mais!
No áudio, a opinião de Lula sobre Collor e sendo profeta de si mesmo. Curiosamente todos os arquivos que contêm a resposta de Collor a esse depoimento foram apagados. Vale ressaltar que com o apoio de Sarney e a anuência de Lula, o senador Fernando Collor assumirá o comando da Comissão de Infraestrutura do Senado, que irá acompanhar e fiscalizar obras do PAC, tendo vencido a disputa com Ideli Salvatti, líder do PT até este ano. E ninguém pediu perdão a ninguém pelas más palavras.
E você, tem facilidade para reatar amizades quebradas, espezinhadas, ou acha que tudo são flores?
5 comments:
Depois quando eu digo que o brasileiro vota mal prá burro o pessoal reclama!!!! Taí o Lula que não me deixa mentir!!!
Um abração.
Minha lista de ex-amigos talvez seja maior do que a lista de amigos!
O último ex-amigo tá neste texto o motivo:
http://www.holistica.com.br/artigo1/?p=66
Hoje em dia não acredito em amizade inquebratável.Qt ao Lula , ele é um velhaco fantástico e sabe se dar bem.
Gostei do blog. De tudo aqui, não tenho muitos amigos. Se quebrar a amizade...difícil reatar. Mas, não impossível. Qto ao lula..suas amizades são tiques, anedotas
Ô meu nobre, tudo bem?
Em relação à amizades, confesso que estou muito cético, especialmente em relação a fazer novas amizades. Acredito que o princípio que qualquer relação humana (amistosa ou amorosa), seja o respeito, e, quando este não está presente, nenhuma relação é verdadeira. A inversão de valores que impera na sociedade, torna difícil um relacionamento honesto.
Quanto ao Lula, já lhe disse aqui uma vez que o respeito por sua historicidade.
Quanto aos políticos de uma forma geral (os caciques), penso que todos já leram pelo menos O Príncipe de Maquiavel, isso explica seus comportamentos.
Grande abraço e toda sorte pra você!
Doté Jorge
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