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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

O amor é uma flor roxa

Pivô da crise que ameaça derrubar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a jornalista Mônica Veloso, 38, pensa em se mudar de Brasília: "Virei o terror da cidade".

Com uma filha de três anos, fruto do relacionamento com o senador, Mônica nega que tenha chantageado Renan e afirma que amou o peemedebista. "Amei, amei muito." Ela diz que os dois nunca procuraram se esconder e que, no início, Renan dizia que estava separado.

Se gosta de fofoca, leia sua entrevista à Folha.
Isso tudo é muito complicado porque, segundo José Simão, esse tipo de romance começa sempre no motel e acaba sempre em pensão. A Mônica Veloso diz que amou, amou muito. Isso porque ela desconhece sobre o amor o que dele dizia uma amiga minha: "O amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa".
Lembro agora dos filmes americanos onde o mocinho dizia à heroína: "I love you so much". Tudo cascata. Me parece mais autêntico quando a nordestina fala de sua relação: "A gente se gosta". Amor é uma palavra muito forte. Lembra quase Dante Aleghieri que descreve na Divina Comédia seu encontro no Paraíso com a amada, Beatriz. O amor seria um combustível para uso dos poetas. Eu mesmo, aos vinte anos de idade, cometi o exagêro abaixo:

Será que eu hoje ao menos pensei nela
mesmo de um modo vago e momentâneo
ou, simplesmente, suprimi do crânio
tão meiga imagem de mulher tão bela?

Será que eu hoje já nesse descuido
me abandonei qual leve pluma ao vento?
Talvez, porque meu débil pensamento
parece imerso num estranho fluido.

Porém é cedo, nem ainda o sol
deixou seus raios darem luz ao dia,
ainda o mundo dorme e, todavia,
creio ter visto há tempos o arrebol;

Pois pensar nela traz-me tal engano
que um só momento mais parece um ano.

Ou pode essa ânsia de amor se resumir num desejo, o DESEJO de Gonçalves Dias:

Ah! que eu não morra sem provar, ao menos
Sequer por um instante, nesta vida
Amor igual ao meu!
Dá, Senhor Deus, que eu sobre a terra encontre
Um anjo, uma mulher, uma obra tua,
Que sinta o meu sentir;
Uma alma que me entenda, irmã da minha,
Que escute o meu silêncio, que me siga
Dos ares na amplidão!
Que em laço estreito unidas, juntas, presas,
Deixando a terra e o lodo, aos céus remontem
Num êxtase de amor!

(De Primeiros Cantos)

1 comments:

25 de junho de 2007 às 18:24 Anônimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

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