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AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Sou anti-americano desde criancinha

Congressista dos EUA quer que Fidel seja julgado como criminoso

Uma congressista dos EUA deseja que acusações de assassinato sejam apresentadas contra Fidel Castro, o agora aposentado líder cubano, como parte do que afirmou ser um esforço há muito tempo adiado para levar "os criminosos de guerra cubanos à Justiça".
A deputada Ileana Ros-Lehtinen, uma republicana do sul da Flórida nascida em Cuba, disse que Fidel deveria ser acusado de assassinato porque o governo da ilha caribenha abateu, em fevereiro de 1996, dois aviões pertencentes ao grupo de exilados cubanos Irmãos para o Resgate.
Agora vejamos quem matou quem. Mortes em Cuba em 50 anos e mortes no Iraque em apenas quatro anos.

No Midia sem máscara de 9 de agosto de 2004, Olavo de Carvalho analisa a contabilidade macabra gerada pela ditadura de Fidel Castro.
Fuzilados: 5.621. Assassinados extrajudicialmente: 1.163. Presos políticos mortos no cárcere por maus-tratos, falta de assistência médica ou causas naturais: 1.081. Guerrilheiros anticastristas mortos em combate: 1.258. Soldados cubanos mortos em missões no exterior: 14.160. Mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga do país: 77.824. Civis mortos em ataques químicos em Mavinga, Angola: 5.000. Guerrilheiros da Unita mortos em combate contra tropas cubanas: 9.380. Total: 115.127 (não inclui mortes causadas por atividades subversivas no exterior).

Na página Yahoo! Respostas, sem nenhuma referência a qualquer fonte, lê-se:
Um relatório que, claro, não é aceito pelos EUA, diz que cerca de 650 mil pessoas já morreram no Iraque, desde a invasão americana. Breve este número passará de um milhão. E uma espécie de mini-Holocausto está se formando. Mas não dá nada...
No genocídio Rwanda em 1991, morreram quase um milhão, e nada aconteceu.
No Darfur, está acontecendo a mesma coisa, e ninguém diz nada. Então um ou dois milhões de iraquianos morrendo por causa dos americanos, isso não é nada demais. Somente convém lembrar que se Saddam estivesse lá até hoje, não haveria essa matança.
Quantos Saddam e Pinochet seria necessário para bater o record dos americanos?
E outra pergunta: Os americanos estão lá no Iraque fazendo o que mesmo?

Antes de Fidel havia Fulgêncio Batista, também uma ditadura, mas amiga dos americanos, que faziam de Cuba o seu quintal.
Saddam Hussein já foi amigo dos americanos. Insuflado e protegido pelo grande irmão o Iraque fez guerra ao Irã, esse Irã que está aí, dia sim outro também, ameaçado pela polícia do mundo. Barak Obama promete outro tratamento para o Irã; ele não pretende ser o senhor da guerra.
Mas quando Saddam invadiu o Kwait acabou a amizade. A Guerra do Golfo, capitaneada por Bush pai, colocou o Iraque no seu devido lugar mas ele não conseguiu eliminar Saddam Hussein. Bush filho veio para reparar o fracasso do pai. E passou uma corda no pescoço do ditador.

Tem muita gente que é a favor dos americanos desde criancinha. Para eles é perfeitamente normal que a ditadura da Síria não sofra nenhuma represália, afinal são amigos. Mas se a Síria cagar fora do penico...
Em 1986 Ronald Reagan pretendeu eliminar Mouammar Kadhafi, bombardeando a Líbia. Não conseguiu seu intento porém matou 37 pessoas, entre as quais uma filha do ditador. Debochado, com aquele seu sorriso de canastrão de filmes de faroeste americano, mandou o recado: ele se quiser que me processe...
Quem irá processar Bush? Essa deputada americana nascida em Cuba?

Existe uma piadinha de gosto duvidoso onde um pretinho resolve pintar a cara de branco, com cal. Os pais lhe dão uma surra por conta da estripulia e ele desabafa: sou branco há cinco minutos mas já estou com raiva de dois pretos.
Certa ocasião conheci um "brasileiro" que tinha ido para os Estados Unidos. De férias por aqui eu o conheci por acaso e questionei a dívida brasileira.
Ele, muito indignado, respondeu: - "Quem está errado, os Estados Unidos, que emprestaram o dinheiro, ou o Brasil, que foi lá mendigar essa grana"?
O cidadão estava nos Estados Unidos há pouco tempo mas já odiava os "pretos" do Brasil.

Eu sou anti-americano desde criancinha. Há quem diga que os judeus têm o direito de matar quantos palestinos quiserem, para defender sua integridade.
Mas entre palestinos e americanos eu não tenho dúvidas de quem é o vilão.

8 comments:

20 de fevereiro de 2008 às 15:47 Anônimo disse...

"Não existe nada mais antigo do que cowboy que dá 100 tiros de uma vez"...! Caubói já era coisa superada quando esse jingle anunciava uma sessão de desenhos animados da TV Globo, na década "de setenta". Laikar... era um verbo em "brasinglês". Hajam aspas... haja americanismo. Essa senhora mencionada é mais uma Chuck Norris, só que: de saias. Vixe!!!

20 de fevereiro de 2008 às 20:09 Ricardo Rayol disse...

A fonte do numero de mortes é de um jornal que levantou, dia a dia, as vitimas de atentado a bomba e batalhas. Imagine quantos não foram feridos.

Sou indiferente aos EUA, gostaria de visitar a Disney mas não moraria lá, a não ser pra ficar muito muito muito muito rico.

Gostei da linha do teu post. Coloca umas questões intrigantes.

21 de fevereiro de 2008 às 10:50 Mara* disse...

as grandes realizações do estados unidos, veja aqui

beijos

28 de fevereiro de 2008 às 17:04 Carla Beatriz disse...

Olá Luiz,

Meu também é anti-americano desde criancinha. Ele odeia filmes americanos, ainda mais se tiverem tiros e/ou explosões. Ele os chama de "Americanada" e não assiste de jeito nenhum. Quando eu compro um DVD para ele, tem que ser sempre de filme estrangeiro não-americano e com uma boa história por trás, porque senão ele nem se digna a olhar.
Meu pai é fã do Fidel há muito tempo e é conterrâneo do Che Guevara, nasceram na mesma cidade, Rosario, Argentina.
Ele sempre me disse que os americanos são criminosos e que já mataram muita gente pelo mundo. Cuba sempre foi uma pedra no sapato dos EUA, porque não conseguiram invadi-la nem matar o Fidel.
Quanto a mim, não morro de amores pelos americanos, mas tampouco os odeio. Já estive nos EUA, estudando inglês, e hoje trabalho terceirizada para uma multinacional americana, além de adorar séries de tv americana. Como dizem, é necessário "reter o que é bom".

Um grande abraço.

30 de abril de 2008 às 03:19 Anônimo disse...

Caro colega, me diga uma coisa só neste pequeno teste de ódio americano:

- Voce soube, que o planejamento do atentando de 11 de setembro tinha como objetivo último matar cerca de 7 mil americanos e 1 esquilo?

19 de junho de 2008 às 15:43 Daniel Lavieri disse...

Tomei a liberdade de publicar sua postagem brilhante no CMI. Obrigado.

Veja o meu:

vertomeatus.blogspot.com

22 de outubro de 2010 às 20:45 Unknown disse...

americanos sao nojentos

23 de novembro de 2010 às 22:19 Anderson batalha disse...

olá...Estamos sendo borbadeados pelos americanos
leia o texto para melhor entendimento:
http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/2608442

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