Lugar_RSI

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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

O povo gosta de obras

Quem se lembra de Jorge Leite, deputado da Alerj pelo MDB? Ele era um político que matava a cobra e mostrava o pau. Ficava contrariado quando não haviam verbas para seus projetos porque, segundo suas palavras, o povo gosta de ver as obras. A obra é o cartão de visitas do político. Sem as obras o político não é ninguém. Não é vergonha assumir que toda obra é eleitoreira. O governante que constroi um viaduto, que constroi a adutora do Guandu, como
fez Carlos Lacerda, tem seu nome inscrito no rol dos grandes realizadores. É bem verdade que os críticos sempre aparecem. Diziam que os Cieps do Brizola eram obras feitas à margem das estradas, somente para exibição. Mas, que diabos, os prefeitos de cada município é que forneciam os terrenos para a obra. O Estado não tinha qualquer ingerência nessa escolha.
Em contrapartida há políticos que são especialistas em construir apenas os palanques, palanques idiotas de obras empacadas. Arranjam um nome pomposo para a porcaria que alguém idealizou e buscam faturar em cima do coisa nenhuma. Eu já falei sobre a teoria da bilabial explosiva em dezembro de 2007 em um post chamado O PAC e o nome da rosa. De lá pra cá nada mudou, aliás, mudou sim. Eles ficaram mais atrevidos, mais sem-vergonhas e mais caras-de-pau. Estão armando palanques nas favelas do Rio e dizem que não tem nada de eleitoreiro. A companheira de armas do ínclito Zé Dirceu, figura impoluta e sem jaça, a companheira Dilma Roussef é apresentada como a "mãe" do PAC. Eu não votaria numa pessoa para quem os fins justificam os meios, seja pegando em armas seja roubando o cofre alheio, o cofre do Adhemar.
A campanha para presidente em 2010 já está em curso, embora alguns aloprados digam que não.

"Foi importante que não anunciássemos o PAC antes das eleições de 2006, porque senão vocês iam ler em manchetes de jornal que estaríamos lançando um programa apenas com interesse eleitoral", afirmou o presidente para um público estimado em 7 mil moradores, segundo a Polícia Militar. "E deus é tão justo e tão grande que abriu minha consciência para começar esta obra do PAC exatamente no momento em que eu não disputo mais eleições no Brasil porque o mandato termina em 2010", completou.
É a síndrome do discurso vagabundo.

A ficha nos arquivos militares de Dilma Rousseff, hoje ministra das Minas e Energia: só em 1969, ela organizou três ações de roubo de armamentos em unidades do Exército no Rio de Janeiro

1 comments:

9 de março de 2008 às 19:16 Cris disse...

Essa questão das obras, é antiga meu amigo, em toda história, as obras marcaram nomes, governos, através delas, os reis deixavam suas marcas, e adivinha a custo do sacrificio de quem??? do povo neh?? o povo sempre pagou as grandes obras, na antiguidae com o trabalho escravo, os saques de guerra, os altos impostos, hj não vejo diferença... beijos

obs: tem um meme pra vc lá no Fazendo a diferença, rss beijosss no coração

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