Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Dando o melhor de si

Eu não votei na minha enquete, "se esqueci". Depois volto ao assunto. Se o tivesse feito teria escolhido os ítens 2 e 3. Sou visceralmente contra o voto nulo. Quando se vota nulo lavam-se as mãos mas não a consciência. O dono do voto clientelista irá agradecer de todo o coração.
Na primeira eleição do Lula, diante de duas porcarias, Lula e Serra, preferi votar no barbudo. Entre o diabo e o coisa ruim prefiro humanizar o inferno. Sei que fracassei, é do jogo.
Faltando 2 dias para o encerramento, a enquete apresenta 29% para o voto nulo e 50% para as propostas de governo. Depois de iniciada a votação verifiquei que não poderia modificar quaisquer ítens da enquete. Gostaria de modificar o ítem 5. Quero ver as propostas de governo por Você acredita em Papai Noel? Que me desculpe a maioria que botou suas fichas nessa aposta, mas a coisa tá feia. Promessa de candidato não é mole não. Melhor acreditar em praga de madrinha.
Eu prefiro não reeleger e destruir as empresas familiares instaladas na política.
Agora voltando ao assunto do "se esqueci" quero dizer que é uma brincadeira com os rumos que toma o lusitano idioma. Há muito verifiquei que o esporte, seus praticantes e comentaristas estão contribuindo, não com novos verbetes, mas com novos significados para o linguajar do dia a dia. A palavra jóia, que eu conhecia como substantivo comum, virou interjeição significando excelência. Valeu!, sem sujeito e sem objeto direto, ficou no lugar de muito obrigado!
Os comentaristas, por dá cá aquela palha, dizem: - maravilha! ou, ainda, "maravilha, então...", o que não quer dizer absolutamente nada.
Eu me lembro agora daquele colega de escritório que usava abusivamente o chavão: - quer dizer que não quer dizer nada?!
E, chegando ao ponto, é de chorar ouvir um atleta dar uma entrevista e dizer: - Vou dar o melhor de si!
Quero enfatizar também o assassinato da regência verbal. Um certo dirigente de um clube do Rio, quando era repórter esportivo, abusava do "ouvi de que", "soube de que", falou de que". Introduziu a moda do "de que", que hoje é coisa tida como o melhor do vernáculo. Conheço um apedeuta que aprendeu direitinho.

3 comments:

9 de agosto de 2008 às 06:56 Anônimo disse...

Foi-se o tempo em que programas televisivos de humor satirizavam a conjunção "e" falada pelos jogadores de futebol com a fonética de "iiiii" - para ligar os "pensamentos" por eles expressados e que ficava coisa igual a um apito de locomotiva. Eles deveriam dar o melhor de SIlêncio porque chuteira consegue emitir mais opinião quando no pé e batendo na bola.
...........
Essa questão de Lula 'versus' Serra foi terrível. Lembro que foi meu primeiro prazer de voto presidencialista nulo. Será que entreguei "qual" o meu voto na enquete daqui? Mas, eu acho que você colocou na opção do lavatório de mãos (Pôncio-Nulo-Pilatos) algo similar ao "não acreditar no barba branca natalino". Falar nisso, andei "psicografando" nas últimas horas alguma coisa sobre Maquiavel e os tais direitos humanos!

10 de agosto de 2008 às 19:19 vandehugo disse...

O que eu quero saber é quando andaremos no seu carro novo que você ganhou no:
http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI3074392-EI1141,00.html

Meu candidato nessas época era o Ciro mas como todo mundo caiu no conto do Serra, que utilizou o mal gênio e a língua ferina do Ciro para derrubá-lo, o dito acabou ficando em 4º com menos votos que o Garotinho, absurdo.

11 de agosto de 2008 às 16:03 Olívia Carromeu disse...

Eu sou jornalista, e daquelas que preferm mudar as coisas para melhor, uma caracteristica, mas confesso, eu não sei o que fazer ainda nessas eleições. De verdade, eu nunca estive tão desacreditada. Vamos ver o que vai rolar até lá.

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