Receita para ganhar do Vasco

Há algum tempo achei de escrever a receita para ganhar do Vasco.

Quem joga na Bolsa de Valores sabe que o bom (?) investidor costuma marcar seu stop de prejuízos. Quem não faz isso é um louco declarado. Quando toca horror há duas soluções: ou sentar em cima das ações, se o cidadão possui condições, ou vender tudo a qualquer preço sob pena de perder até as calças. O Vasco estava quase a perder as calças. Lopes não deveria nem ser contratado. Era uma das maldições que o Eurico deixou no Vasco. Foi demitido, já não era sem tempo.

Mas, e a receita? O ingrediente principal é cruzar a bola na área vascaína. A redonda sempre encontrará um atacante completamente desmarcado pra mandar pro fundo das redes. Ele estará, logicamente, ladeado por duas damas de honra que não irão lhe opor qualquer dificuldade. No Vasco, não só no Vasco, mas em todos os times de pernas-de-pau, marca-se a bola, não o adversário. Este estará sempre nas costas do zagueiro para desencadear o desastre.

Sinceramente, eu não entendo essas coisas de futebol, mas sou capaz de enxergar o malfeito. Hoje fiquei indignado com os cobradores de escanteio do time, eles sempre mandam a bola na mão do goleiro adversário, isso, jogo após jogo. Não existe ninguém para lhes exigir a jogada correta. O pessoal da defesa não tem tranquilidade. Quando poderiam sair jogando ou passar a bola para um companheiro próximo, dão chutões para a frente, onde só há jogadores do outro time. Será que náo há ninguém para mostrar o vídeo para a criança, dizendo:
- Chega aqui, meu filho, preste atenção. Olha como você deixa o adversário sozinho de frente pro gol e fica olhando a bola te cobrir. Cola nele, fica entre ele e a bola...
Parece fácil fazer, não? Não sei porque não fazem.

Pelo menos tenho um consolo, os torcedores do "cavalo paraguaio" não vão me gozar. Já é a sétima partida sem vitória. A FlaPress está muito triste mas ainda diz que o Flamengo é um dos candidatos ao título, ele que está 10 pontos atrás do líder. Mas esses jornalistas ganham pra isso, pra contar história do boi-tatá para uma torcida bronca.