Há o cantor da piada que, após a interpretação, segundo ele, o público ainda estava vaiando o artista que se apresentara anteriormente. Comigo aconteceu um pouco diferente. O melhor cantor da Escola Villa-Lobos, um tenor de voz muito bonita, interpretou a ária "Amor ti vieta" da ópera Fedora, de Umberto Giordano. Foi numa apresentação dos alunos da Escola. E, saindo da programação normal, fui chamado ao palco; já não gostei. Cantei uma peça clássica brasileira, tipo modinha, "Ninguém faz falta a ninguém", e não me lembro do autor. Quando acabei senti que a platéia aplaudiu mais por educação. Já imaginaram um jôgo Olaria X Madureira no Maracanã depois de um Fla x Flu? Não ficaria ninguém.
Há algum tempo pensei fazer um podcast para falar direto aos meus amigos. Se bem que eu não seja um locutor, qualquer coisa que eu falar transmitirá mais mensagem do que a fria letra exposta na tela do computador. Complementando o artigo anterior sobre uma carreira interrompida, onde eu dizia que matara a cobra, hoje venho mostrar... uma interpretação, a capela. O título é I remember you, que conheci ouvindo Tony Bennett, sucessor de Frank Sinatra.
Eis a letra:
I remember you,
you're the one who made my dreams come true,
a few kisses ago.
I remember you,
you're the one who said I love you too,
I do, didn't you know?
I remember too a distant bell,
and stars that fell like rain out of the blue.
When my life is through,
and the angels ask me to recall the thrill of them all,
Then I shall tell them, I remember you.
A gravação não está boa. Sou amador.
E sejam comedidos. Ovos e tomates estão custando muito caro!
2 comments:
Caro amigo, sua voz é muito boa e canta bem, só acho que você usa muito vibrato, isto não me agrada.
Mas você tem talento, um abraço.
José Roberto de Biaggio
Uma parte é vibrato, outra é a má qualidade da gravação
Certa vez compareci a um ensaio de uma banda de bailes a convite do baterista, meu amigo. Ele botou na idéia que eu podia ser o vocalista da banda e me apresentou ao dono. Após me ouvir ele bateu o martelo: Nada feito, sua voz não é comercial.
Era o danado do vibrato.
Quanto ao talento, agradeço ao elogio do Biaggio, mas só estou cantando no chuveiro. Lá não corro perigo.
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