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AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Lugar do Real, do Simbólico e do Imaginário

Consegui recuperar um título de um meu ex-blog. Foi mais simples do que eu pensava. Bastou renomear o antigo blog e o título Lugar do Real, do Simbólico e do Imaginário ficou disponível para mim. A internet não permite que existam dois endereços iguais ou dois nomes iguais de páginas. Agora me resta aprofundar-me mais na leitura de Lacan e de Peirce.

AS TRÊS CATEGORIAS PEIRCIANAS E OS TRÊS REGISTROS LACANIANOS

Os três registros psicanalíticos

O Imaginário

O imaginário é basicamente o registro psíquico correspondente ao ego (ao eu) do sujeito, cujo investimento libidinal foi denominado por Freud de Narcisismo.
O eu é como Narciso: ama a si mesmo, ama a imagem de si mesmo ... que ele vê no outro. Essa imagem que ele projetou no outro e no mundo é a fonte do amor, da paixão, do desejo de reconhecimento, mas também da agressividade e da competição. (Quinet, 1995, p. 7)

O Real

O registro psíquico do real não deve ser confundido com a noção corrente de realidade. Para Lacan, o real é aquilo que sobra como resto do imaginário e que o simbólico é incapaz de capturar. O real é o impossível, aquilo que não pode ser simbolizado e que permanece impenetrável ao sujeito do desejo para quem a realidade tem uma natureza fantasmática. Diante do real, o imaginário tergiversa e o simbólico tropeça. Real é aquilo que falta na ordem simbólica, os restos que não podem ser eliminados em toda articulação do significante, aquilo que só pode ser aproximado, jamais capturado.

O simbólico

O registro do simbólico é o lugar do código fundamental da linguagem. Ele é lei, estrutura regulada sem a qual não haveria cultura. Lacan chama isso de grande Outro. O Outro, grafado em maiúscula, foi adotado para mostrar que a relação entre o sujeito e o grande Outro é diferente da relação com o outro recíproco e simétrico ao eu imaginário.

A onipresença das categorias

Uma extensão importante que pode ser derivada da correspondência das categorias fenomenológicas com os três registros baseia-se no princípio da recursividade. Se as categorias são onipresentes, o real e o simbólico devem também aparecer no registro do imaginário, o real e o imaginário devem estar presentes no registro do simbólico e o imaginário e simbólico também devem estar presentes no registro do real.

Entendeu alguma coisa? Não? Não se preocupe se seu ramo não for filosofia. Apesar de ter lido, aos vinte anos, Erich Fromm, Gustave le Bon, Will Durant, Bertrand Russel e outros, sempre fui melhor em matemática. E de acordo com a onipresença das categorias, citada acima, eu não me preocupo muito em catalogar com exatidão as minhas narrativas já que umas estão sempre presentes nas outras.

1 comments:

15 de abril de 2009 às 14:08 Anônimo disse...

Valeu, apesar dos comentários sobre imaginário, real e simbólico serem simplista e reducionista, depois de ler 26 páginas do discurso que era apenas a introdução do seminário de Lacan de 1953, sobre este assunto. Vc mesmo grosseiramente definiu em poucas palavras de modo inteligível.

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