Os cães ladram e a Caravela passa.

Eu pensei que já estava curado do mal de comentar em blog que não me aceita como sócio. No mínimo acreditava encontrar algum resquício de auto-crítica pelos lados dos puxa-sacos da situação do Vasco da Gama. Mas qual. Fiz um comentário no blog Observatório Vascaíno no post "Os cães ladram e a Caravela passa" e acho que eles não gostaram muito, porque me censuraram. Eles pensam que o Vasco lhes pertence, sua moralidade não passa pela existência de uma oposição legítima, tudo é infamante, eles são os únicos certos. Os outros são canalhas, são ridículos, são flamenguistas. O sub-título do blog é "A verdade vascaína prevalecendo" mas deve ser a verdade deles.

Ao final escrevi que após muitos verões também o cisne morre. Algum dia eles irão embalsamar o Eurico Miranda e venerá-lo nas pirâmides de São Januário.

Por glosa de "os cães ladram e a Caravela passa" escrevi:

O pior é que os cães nos estão mordendo. Morderam domingo com o Muricy e o juiz Nery. Muricy fez dois, Nery evitou três (dois pênaltis não marcados e uma marcação de impedimento escandalosa onde o jogador do Madureira é que passou a bola para o Abuda). Minha visão não é das melhores, uso óculos para longe, mas enxergo na hora esses lances "duvidosos". Sem falar na falta por atropelamento do jogador do Vasco no lance do primeiro gol do Madureira.

Não sei se o pior é ver o Vasco perder ou aguentar gozação de flamenguista. Aqui nesta página há muito oba-oba, mas isso não ganha jogo. Não sei se o Habib's patrocina o Vasco ou se o Vasco patrocina o Habib's. Nunca vi nenhum clube levantar tanto a bola de um patrocinador. Aqui todo dia se tecem loas ao Habib's. Quem nunca comeu melado...

Mas como aqui se diz que a verdade vascaína está prevalecendo, saibam que é o que todo vascaíno deseja, a caravela atravessando os mares revoltos que nos assolam, não é segredo pra ninguém, e sem nenhum cão para nos morder. Muita bazófia, muita promessa; Conca se foi, Leandro Amaral está dando risada lá no Fluminense. Deixem os dois em paz, ninguém é insubstituível, nem o Eurico, como vocês acreditam. Já dizia Aldous Huxley (é o título de um seu romance consagrado) - após muitos verões também o cisne morre...