Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

No longer mourn for me when I am dead

Eu tenho gatos, muitos gatos. Tantos que é difícil até notar a ausência de algum deles. Vejamos se me recordo dos que sumiram, provàvelmente envenenados:
Bonita, Baratusha, Júnior, Michel Jackson, La Toya, Sara, Zé Pequeno, Estagiário. Giovani, Do Carmo, Romeu, Serena, Adonis, Gato Maluco, Bento, Machinho, Núbis, Rosinha, Morceguinho, Dengosinho, Mimi, Branquelo, Rúbia, etc. A maldade humana não tem limites. Eles preferem ter pássaros engaiolados. Algum dia talvez eu possa fazer alguma coisa por esses pássaros, denunciando seus donos.
Ainda me restam, gatas: Cachorrinho, Gata Mãe, Baby, Siamesa, Orelhuda, Bruzun, Muriçoca, Gata Azul, Quebradinha, Sandy, Jane, Gata Cega, Cyntia, Laura e Taturana. Total: 15.
Gatos: Arrastre, Raulzinho, Prejudicado, Prejudicadinho, Invasor, Narizinho, Patinha, Mião, Azeitona, Pagode, Operadinho, Arrupe e Apolo. Total: 13.
Cada um desses gatos tem uma história. Cada um daria um post deste blog. Toda manhã a gente procura se lembrar se todos estão presentes. Um ou outro some um dia ou pouco mais mas acabam voltando.
Mas isso aí é festa. E quando somem meus amigos? Hoje mesmo liguei para um deles. Estava tudo bem. E quando eu me for? Prometo deixar no automático uma mensagem para a minha lista. O soneto 71 de Shakespeare.

No longer mourn for me when I am dead
Then you shall hear the surly sullen bell
Give warning to the world that I am fled
From this vile world, with vilest worms to dwell:

Nay, if you read this line, remember not
The hand that writ it; for I love you so
That I in your sweet thoughts would be forgot
If thinking on me then should make you woe.

O, if, I say, you look upon this verse
When I perhaps compounded am with clay,
Do not so much as my poor name rehearse.
But let your love even with my life decay,

Lest the wise world should look into your moan
And mock you with me after I am gone.


Não lamentes por mim quando eu morrer
Senão enquanto o surdo sino diz
Ao mundo que eu me fui
Deste mundo vil, com vermes ainda mais vis;

Não, se você ler estas linhas, não lembre
A mão que as escreveu; porque te amo tanto
Que preferiria de teus doces pensamentos ser esquecido
Que ser lembrado e te causar aflição.

Mas porque eu deveria estar traduzindo isso? Quando eu me for cada um que se vire para decifrar minha última mensagem.
Beijos!

1 comments:

18 de setembro de 2008 às 00:01 Belcrivelli disse...

Gostei do seu comentário sobre a tradução!
É isso aí!

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