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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Sobre a amizade


Recebi por e-mail do meu amigo Pasqual Macariello. Ele não é desses amigos profissionais de que fala o texto. Também não é um amigo particular. Aliás, eu queria saber o que é um amigo particular, ou um particular amigo, que tanta gente possui. Será um amigo exclusivo ou um amigo que atende a domicílio? Ou em domicílio, como quer meia dúzia da imprensa que organizou um conclave para corrigir expressões "imperfeitas"?
A essa gente quero dizer que minha morte não corre risco algum, mas sim minha vida. Que porra é essa de risco de morte? Até o fim da vida vou entregar a domicílio (sem crase) e - espero - sem risco de vida.

E como o Macariello cita a fonte, e fonte é coisa que prezo, vocês ficam sabendo que o texto é de Max Gehringer, jornalista da Rádio CBN.


Existem cinco estágios em uma carreira

O primeiro estágio é aquele em que um funcionário precisa usar crachá, porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.

No segundo estágio o funcionário começa a ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha. Por exemplo, Heitor de Contas a Pagar.

No terceiro estágio o funcionário passa a ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome. Heitor do Banco Tal.

No quarto estágio é acrescentado um título hierárquico ao nome dele: Heitor, Diretor do Banco Tal.

Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Pessoas que mal conhecem o Heitor passam a se referir a ele como "o meu amigo Heitor, Diretor do Banco Tal".

Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmo contra sua vontade, em "amigo profissional". 
Existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo e um amigo profissional.
Amigos que são amigos trocam sentimentos. Amigos profissionais trocam cartões de visita. Uma amizade dura para sempre. Uma amizade profissional é uma relação de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.

Amigos de verdade perguntam se podem ajudar. Amigos profissionais solicitam favores. Amigos de verdade estão no coração. Amigos profissionais estão em uma planilha.

É bom ter uma penca de amigos profissionais. É isso que, hoje, chamamos networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional. Mas é bom não confundir uma coisa com a outra.

Amigos profissionais são necessários. Amigos de verdade, indispensáveis.
Algum dia, e esse dia chega rápido, os únicos amigos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos quando amizade era coisa de amadores.

5 comments:

14 de setembro de 2008 às 15:04 Mara* disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
14 de setembro de 2008 às 15:09 Mara* disse...

Hummmmm...está armada a confusão. Aprendi que as duas formas estão corretas, mas com verbos diferentes. Não confunda ‘levar’ com ‘entregar’ gritou a freirinha no mesmo instante que a régua estalou na mesa. Agora vejo que estou totalmente ultrapassada, ou confusa, ou burra mesmo, pois vejo ‘a domicílio’ nos dois casos. Alguns gramáticos argumentam que o verbo ‘entregar’ dá idéia de movimento, outros dizem que é uma questão do som ser agradável ou não aos ouvidos, ‘entrega a domicílio’ agrada mais. O que faço em um concurso? Aí que a porca torce o rabo. Nos muitos sites que existem para esclarecer e orientar aqueles que se preparam para concursos ou exame vestibular somos advertidos a recorrer à gramática tradicional e, segundo ela, o correto é: entregamos alguma coisa em algum lugar e levamos algo a algum lugar. E por coincidência, no blog da Juliana Sardinha a confusão também se instalou, por lá é o uso ou não do nefasto miguxês ou internetês.

14 de setembro de 2008 às 21:53 Anônimo disse...

Corremos risco, em vida, de ver a morte ser extinta (avanços 'teológicos' da Ciência). Já que a morte é algo mesmo "de morte", o que corre risco é a vida de um determinado ser vivo. Logo, nem mesmo a morte corre risco de morte!
........
Fonte: DNA (De Nada Adiantou) - Autor: Tommy Risco

17 de setembro de 2008 às 23:36 Belcrivelli disse...

Prefiro as amizades de antigamente, onde o mais importante não é a freqüência com que se vê o amigo e sim o que ele representa para você.
Os amigos que você vê várias vezes são os mais fáceis de se cultivar a amizade, pois são mais acessíveis.
Os mais distantes, você procura manter contato, chama para o seu aniversário, vai no dele, chama para aquele churrasco que vai acontecer no fim de semana e que nem sempre ele pode vir...
Mas, independente da distância e mesmo que você só veja a pessoa algumas poucas vezes por ano (ou menos), o importante é que um está torcendo pela felicidade do outro e está disposto a ajudar o amigo no que ele precisar!

17 de setembro de 2008 às 23:38 Belcrivelli disse...

Falando em amigos, e os amigos virtuais, onde entram nessa história? Olha que isso dá um post novo!

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