Carlos Chagas – Tribuna da Imprensa
Seria cômico se não fosse trágico: o presidente Lula justificou sua luta contra a CPI do Apagão Aéreo por estar preocupado com a imagem da Aeronáutica. Declarou que a força ficaria desgastada com as investigações, pois revelarão a falta de material, a escassez de pessoal especializado para a manutenção do equipamento e a ausência de recursos necessários ao seu funcionamento.
Ora bolas, depende da Aeronáutica esse regime de ausência de meios orçamentários para o seu bom desempenho? São os brigadeiros que ocupam os gabinetes da equipe econômica encarregados de promover os contingenciamentos permanentes? Tem sido decisão da FAB, nos últimos anos, recusar verbas para a preservação de suas atividades?
Se há culpa pela lamentável situação de penúria, é do governo. Aliás, dos governos, porque desde Fernando Henrique Cardoso a Aeronáutica vem sendo submetida à humilhação de ver metade de seus aviões no solo, impossibilitados de voar por falta de peças de reposição e de combustível, e, pior ainda, sem ter renovados seus diversos equipamentos, a começar pelos que cuidam do controle do tráfego aéreo.
O presidente Lula permanece mergulhado na velha prática de imitar o avestruz, enfiando a cabeça na areia em meio à tempestade. A responsabilidade não é dele, que pode mudar de opinião e alterar decisões a cada momento, mas das instituições sob seu comando.
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