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Lula: PAC da educação não é para elite do berço

Vou falar uma coisa pra vocês: não sou de fazer planos; se bem que já descobri uma coisa (não era sem tempo) - quando tomo decisões rápidas, geralmente são erradas. Como não sou de fazer planos, minhas decisões, em consequência, não são boas. Mas se eu fizesse planos, como não sou político, estes teriam consistência, não seriam da boca pra fora como sói acontecer com certos cidadãos.

Em concorrida cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença de 18 ministros e os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou ontem o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que vai "inaugurar um novo século da educação", onde existirá "uma elite da competência e do saber, e não apenas uma elite do berço e do sobrenome".
Depois de lembrar que o "PAC da educação" representa "um passo gigantesco" e que será "o mais abrangente já concebido neste país para melhorar a qualidade da educação pública", Lula afirmou que o projeto representa o "início de um novo século, capaz de assegurar a primazia do talento sobre a origem social e a prevalência do mérito sobre a riqueza familiar".
Divulgou ainda que, até o fim do ano, o governo introduzirá mil pólos da universidade aberta para formar e aperfeiçoar a qualificação de 2 milhões de professores. "O PDE vai tornar realidade todos os nossos compromissos de campanha na área da educação", assegurou Lula, que pediu o apoio dos pais para fiscalizar a execução dos planos e a qualidade de ensino nas escolas.
Ele advertiu os ministros: "Daqui para a frente, estarei no calcanhar de vocês para que cada coisa prometida seja cumprida até o fim do nosso governo."

Eu quero saber quem vai ficar no calcanhar do Lula. E quem quiser ler a íntegra dessa grandiloquência, dessa "nunca antes nestepaiz" leia a Tribuna da Imprensa.