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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

O famigerado carrinho de compras

Neste país não se respeita o dinheiro do contribuinte

Eu poderia ter assinado um caderno de poesias, uma página de turismo, uma enquete intitulada Por que me ufano do meu país, mas não. Quis a metade vira-latas da minha personalidade, que a psicologia bondosamente chama de alter ego, ser leitora do carrinho de compras, essa entidade fiscalizadora que nos revela que a cobrança da CPMF é deveras indispensável. O carrinho de compras é também o alimento pelo qual minha indignação anseia, já que não sei ser leniente com os salvadores da pátria do meu país, aqueles que adotam como lema o "nunca antes neste país".O carrinho de compras, uma via do Contas Abertas, tem dado um arremate de humor aos gastos de que dá publicidade. Mas isso não me acalma, pelo contrário, tenho ânsias de vômito. Tenham paciência aí mas meu estômago se rebela.

Faltando menos de um mês para acabar o ano, a Presidência da República (PR), figurinha carimbada no Carrinho de Compras por realizar gastos pra lá de interessantes, dá sinais de que os trabalhos realizados pelos funcionários no órgão merecem uma atenção especial. Isso porque a PR reservou em orçamento (empenhou) R$ 330 mil com a aquisição de 250 armários de escritório, 10 balcões, 22 módulos de estação de trabalho, 250 gaveteiros móveis, 31 mesas de reunião e 115 de apoio. A escolha dos móveis foi feita por meio de pregão. Resta saber agora se os objetos novinhos em folha darão um ânimo aos servidores, principalmente com a chegada do período de férias.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por sua vez, parecer querer difundir a imagem e o serviço prestado pelo órgão entre a população. Prova disso é que o tribunal comprou três veículos de representação por R$ 435 mil. Cada carro saiu por nada menos que R$ 145 mil. A Chevrolet, ganhadora da licitação, agradece. Já para ser usado dentro da sede, o STJ comprometeu mais de R$ 100 mil com a aquisição de 42 poltronas giratórias. Os móveis vão atender a seção de controle de patrimônio da entidade. E, diga-se de passagem, que patrimônio. Cada uma custou o equivalente a R$ 2,6 mil.
Leiam a bagaça completa aqui.

1 comments:

9 de dezembro de 2007 às 21:52 Ricardo Rayol disse...

O bizarro é saber, em tempos de tecnologia, que existem 42 aspones para tomar conta do patrimônio.

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