Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Em Roma, como os romanos

Em primeiro lugar vamos simplificar o título do post para que não seja mal interpretado: "Em terra estrangeira proceda como os aborígines".
Antes de continuar, um reparo: quase não estou enviando e-mails, às vezes me empolgo com uma boa mensagem que recebo, tenciono repassá-la, mas desisto. É que eu estou "focado" nos blogs - focado, eis uma palavra da moda, eu detesto palavras da moda.
Mas não deixem de me enviar seus e-mails. O assunto de dois desses e-mails, publicados aqui no blog, deram uma audiência insuperável. Hoje recebi do meu amigo Schneider uma sugestão gastronômica para quando fosse a Portugal.
Nascidas em Ponte da Barca mas depois transferidas para o centro de Ponte de Lima, para a tasca Os Telhadinhos, continuam aí a ser servidas as fodinhas quentes. Embrulhadas (em guardanapos), na racha (pão) ou no redondo (prato). E para quem o pedir, sai uma putinha a acompanhar ou até meia queca ou uma queca cheia para os mais sequiosos.
Diz o Jornal de Notícias:
Se algum dia alguém, em Ponte de Lima, o convidar para ir às "fodinhas quentes" com "putinhas" a acompanhar, não se ofenda, nem se espante. Pelo contrário, aceite e divirta-se. A proposta consiste em visitar a tasca "Os Telhadinhos", situada no centro da vila, e comer pataniscas de bacalhau com uma malga de tinto a acompanhar. O divertimento é garantido, ou não fosse o cardápio inventado pela proprietária, Dona Márcia, um verdadeiro chorrilho de petiscos, cada um mais picante que o outro. Entre quase duas dezenas, poucos são os que, além dos "Biquinhos de amor" (caprichos de marisco), escapam à brejeirice.

"A especialidade da casa são 'fodinhas quentes'. Tenho cá excursões de espanhóis que vêm de longe só por causa delas", diz Márcia Correia, 42 anos, contando como nasceu o seu cardápio picante. "No princípio pensei: Se vou pôr na ementa que há panados, rissóis ou bolinhos de bacalhau, não chamo a atenção a ninguém. Então inventei", conta, explicando que, na sua tasca, "um bolinho de bacalhau é um mentiroso". Porquê? "Porque se tem mais batata que bacalhau, então é mentiroso". A orelha de porco é "Vanico de ronca". Porquê? "Porque o porco ronca e a orelha abana", ri.

Em Portugal o linguajar é pitoresco. Bicha é apenas uma fila. Puto é um rapaz. Mas não chame ninguém de paneleiro. Pode dar merda. Em Roma, como os romanos.

3 comments:

30 de novembro de 2007 às 22:50 Ricardo Rayol disse...

Em outro local de Portugal tem algo que se chama punheta e é servida no cacete (pão ou algo assim).. Deve ser bizarro pedir uma punheta no cacete ahahahahahahaha

2 de dezembro de 2007 às 20:44 Ly disse...

Aprendi aos 19 anos quando me chamaram carinhosamente de "Little Chicken" e achei q estavam me xingando a estudar sociologia e amei a diferença......me perdi de encanto nela....

bjs

Ly

24 de abril de 2012 às 17:22 Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkk E se ao terminar de comer a punheta no cacete vc quiser levar o resto pra casa?? Leva na bolceta????

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