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Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Os escaninhos do cérebro - 2

Após colocar o título deste post lembrei que havia um título semelhante no blog SEU LALO. Observei que o gif animado sumira. Consegui recuperá-lo. E aproveitei para alinhar o texto, justificar, é como se diz.

Morreu Paulo Autran. Não vou escrever a respeito. Já li diversos textos nos principais portais e vi inúmeras fotos do grande artista. Mas é que eu sou fraco para teatro. Moro numa cidade relativamente distante do Rio e isso sempre foi um problema, agora acentuado devido ao clima de violência generalizado no país. Tanto que a tendência atual é colocar os espetáculos num horário mais... vespertino.
Essa condição de suburbano me lembrou uma aula de matemática ou português, não estou certo, na antiga Escola de Aeronáutica, onde alguém, talvez o próprio professor, comentou o assunto comunismo. Numa sociedade em que, pretensamente, todos teriam direitos iguais - dizia o mestre, quem irá morar em Copacabana e quem irá morar no subúrbio?
Um meu amigo, sem deixar a bola cair, emendou de primeira: - "No subúrbio vai morar o Lailo".
Muy amigo, muy amigo...

Os escaninhos do meu cérebro abriram-se ainda para recordar os amigos "laranjeiras" que se convidavam para um fim de semana lá em casa. Não era agradável passar um fim de semana na Escola mesmo porque, segundo o dito popular, soldado no quartel quer serviço.

Mas por que "laranjeira"? Na Academia Militar das Agulhas Negras existe até a Casa do Cadete Laranjeira que acolhe os ditos cujos e também oficiais solteiros. Essa denominação "laranjeira" é originária da Academia Militar na Praia Vermelha. E se espalhou talvez nas três armas.
Quem souber a etimologia da expressão "laranjeira" deixe seu arrazoado nos comentários. Eu estou morrendo de curiosidade.

1 comments:

15 de outubro de 2007 às 10:15 mara* disse...

Por aqui, o único teatro que tínhamos foi desativado, e o imóvel alugado para a Igreja Universal, o cinema também. Destino cruel. O momento que eternizou Paulo Autran em minhas retinas foi ele, na TV Cultura, e com lágrimas nos olhos, declamando Casimiro de Abreu, e confesso, emotiva que sou, chorei junto.

Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
(...)
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Boa semana e beijos

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