Lugar_RSI

AvatarLugar do Real, do Simbólico e do Imaginário
Aqui não se fala dos conceitos de Lacan e a palavra lugar deve ser pensada em sua definição matemática

Você sabe como capturar porcos selvagens?

Querido leitor, você já alimentou animais de rua? É uma coisa comovente. Eles passam a abanar o rabo febrilmente (os cães) quando te vêm, te seguem quando você sai de casa... E com gatos? Por mais desconfiado que um gato de rua possa ser ele até permite ser acariciado por um prato de lentilhas (êpa, gato come lentilhas?).

E se você quiser capturar um porco selvagem? Recebi um email cujo assunto é o título deste post. Segue:

Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.

O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possível".

No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: "O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?"

O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.
"Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho de gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo."

"Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão."

O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.

Devemos sempre lembrar que "não existe esse negócio de almoço grátis" e também que "não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse".

Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa "ajuda" governamental é um problema que se opõe ao futuro da democracia em nosso país, você vai mandar esta mensagem para seus amigos. Mas se você acha que políticos e ongueiros pedem mais poder para as classes deles tirarem liberdades e dinheiro dos outros para beneficiar *você* ou "os pobres" então você provavelmente vai deletar este email, mas que Deus o ajude quando trancarem a porteira!


Eu faço uma crítica muito pertinente aos objetivos desse email. Nós, que somos amigos, mas que, apesar de tudo, temos nossas divergências, grandes ou pequenas; que temos uma capacidade de análise razoável da conjuntura política brasileira; que temos um nível cultural satisfatório; que podemos repudiar o que acontece na política de nosso país ou que podemos apoiar esses messias "nunca antes nesse país", nós temos uma grandiloqüência a nosso favor: os porcos selvagens não sabem ler nem discernir o bem do mal.

3 comments:

4 de novembro de 2007 às 14:09 Anônimo disse...

Muito bonita a mensagem mas...quem é o autor???
Alguem sabe???
ermindo

4 de novembro de 2007 às 15:44 Luiz Lailo disse...

Já pesquisei na internet. Ninguém cita o autor, inclusive vários blogueiros publicaram como texto anônimo. Eu recebi através de email, como digo no post, e resolvi publicar. E mais, todo dia sai post novo. Todos os textos são absolutamente iguais. Êta textínho porreta!

8 de novembro de 2007 às 18:29 Anônimo disse...

A REVOLTA DOS PORCOS SELVAGENS

"Os porcos (capitalistas) selvagens estavam
mansos: eles mamavam tranquilamente nas tetas da
Grande Porca desde a revolução dos bichos, que
ocorrera há 30 anos. Era a Grande Porca também
que generosamente permitia que os porcos
(capitalistas) selvagens escravizassem porcos
menores, que pouco cresciam por falta de
alimentação, e eram mantidos permanentemente
presos nas jaulas invisiveis da ignorancia, por
lhes ser negado o acesso à educação. Esses porcos
menores serviam aos porcos selvagens para tarefas
que estes não queriam fazer, como por exemplo
qualquer coisa que envolvia um trabalho duro.
Quando alguns porcos menores tentavam se rebelar,
eram duramente reprimidos por Porcos de Elite, um
outro grupo de porcos que tambem eram mal
alimentados pelos porcos selvagens mas que
conseguiam um suprimento extra de espigas
roubando de outros porcos menores, sob o olhar conivente da Grande Porca.

Um dia a Grande Porca morreu de velha, e uma nova
Porca tomou seu lugar. Essa porca, que um dia
havia sido uma porca menor e conhecia o
sofrimento, deu suas tetas para os porcos
menores, para desespero do porcos selvagens. Os
porcos cada vez mais selvagens tentaram de tudo
para envia-la para fora do chiqueiro: grunhiram,
morderam, caluniaram... mas quando o momento
chegou os porcos pequenos a protegeram e a mantiveram no poder.

Agora os porcos (capitalistas) selvagens andam
por aí, acusando a Grande Porca do crime ediondo
de alimentar os porcos menores, enquanto sonham
com a volta das jaulas e de uma nova velha Grande
Porca que um dia possa cubri-los novamente de pérolas..."

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