O filósofo e o psicólogo diriam: "De acordo com essa lógica triádica do signo, o imaginário, isto é, a categoria da demanda de amor, ocupa a posição lógica do fundamento do signo. O real, a categoria da pulsão sexual, ocupa a posição lógica do objeto do signo, enquanto o simbólico, a categoria do desejo, ocupa a posição lógica do interpretante.
Esta análise pode ser ainda mais detalhada quando os três tipos de fundamento, os dois tipos de objeto, o objeto imediato e o dinâmico, e os três tipos de interpretante, o imediato, o dinâmico e o final, são levados em consideração para uma melhor compreensão do imaginário, real e simbólico. Entretanto, essas relações exigem pesquisas que devem ficar para o futuro".
Como diria o João Plenário, do programa do SBT A Praça é Nossa: - Entendeu? Nem eu!
Isso confunde a minha cabeça. Eu simplificaria dizendo que o Real seria o que vi na estrada, de madrugada, o dia mal clareando, há duas semanas. Um caminhão capotado, à sua frente um automóvel capotado e, à frente do automóvel um cavalo morto atropelado e a estrada repleta das fezes do animal. O Simbólico seria toda essa cena transportada para o cinema após o fato acontecido. O Imaginário seria toda essa cena transportada para o cinema ou para o teatro ou para um livro sem que tivesse acontecido.
Eu leio um blog de um espanhol de Múrcia que classifico como porno-político. Ele se diz fetichista mas sua linguagem está entre o simbólico e o imaginário. No entanto um seu leitor (ou leitora) reclamou com o seguinte comentário:"Siempre eres así de machista, o sólo lo pareces cuando escribes"? Reparem que este leitor lhe deixou uma opção para o real na primeira hipotese. A leitura é divertida, mas não passa de uma brincadeira. Machista? O que querem as mulheres? As coisas são assim desde que o mundo é mundo. Se as mulheres adotassem esse comportamento, chamariam de quê? Acho que não existe o termo apropriado; teria que ser inventado. Leiam aqui o Antonio F. Marin.
Certa vez fiz um comentário em um blog e contei a "piada" do ditado chinês: "Todos os dias dê uma surra em sua mulher. Você não sabe porque bate mas ela sabe porque apanha". Foi um Deus nos acuda. Fui chamado de machista, sacripanta, deletério e até de corno, tudo porque as beldades se esqueceram de ligar a tecla SAP. A tecla SAP existe em certos modelos de televisores para ajudar os deficientes auditivos explicitando as legendas. Ajudam até os deficientes intelectuais. Ah, se elas tivessem lido Lacan e seus três registros ou as três categorias peircianas, o que dá no mesmo!...
E que me dizem de lances de novela serem chamadas de primeira página dos jornais, o imaginário sendo transformado em real, fazendo parte do absurdo do quotidiano? Há que distinguir alhos de bugalhos, sem o que não pode existir diálogo civilizado, apenas o besteirol que nos impinge a televisão. Não estou preocupado em saber quem matou quem na novela das 8. Isso já é levar o imaginário longe demais...
sábado, setembro 08, 2007
Saiba separar as coisas
Por que não sabes separar o Real do Simbólico e este do Imaginário?
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imaginário,
real,
simbólico
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